O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

fundamentais e os direitos humanos e proteger a segurança económica e ambiental.

A primeira sessão, dedicada a uma discussão sobre os impactos da guerra na própria OSCE, o

Vice-Presidente da APOSCE Pascal Allizard (França) destacou como prioridade para a

Organização a necessidade de aumentar a preparação numa variedade de questões,

nomeadamente na segurança alimentar e energia.

“A situação é terrível”, disse Pascal Allizard. “Estamos a testemunhar diariamente a destruição

de infraestruturas vitais, comunidades isoladas e enorme sofrimento humano não apenas nas

linhas de frente, mas em ambos os lados das linhas e nos territórios que mudaram de mãos.”

Observou que, para aqueles que prestam assistência humanitária, os desafios são muito

significativos. O número crescente de pessoas que precisam de apoio para salvar vidas,

combinado com a vasta área geográfica a ser coberta e as dificuldades no setor de transporte,

tornam a ajuda cada vez mais difícil. Para superar esses desafios, é necessário compromisso

político a todos os níveis, bem como posicionamento estratégico.

O painel da sessão incluiu intervenções da chefe da Delegação da Polónia, Barbara Bartus, do

enviado especial do Presidente em exercício da OSCE, Artur Dmochowski, e do ex-coordenador

de crises das Nações Unidas para a Ucrânia, Amin Awad.

A Senhora Deputada Paula Cardoso fez a seguinte intervenção:

Senhora Presidente, Excelências, Caros colegas

Obrigada por me dar a palavra

O dia 24 de fevereiro de 2022 ficará na História como uma data

vergonhosa.

Neste dia, a Rússia, com o envolvimento da Bielorrússia, lançou

um ataque não provocado, uma guerra injustificada e de brutal

agressão contra um vizinho pacífico.

A invasão russa da Ucrânia é a crise de segurança mais grave que a região da OSCE já conheceu.

Mudou totalmente o mundo, como o conhecíamos.

Esta guerra é inaceitável. Constitui a violação mais flagrante do direito internacional, d a Carta

das Nações Unidas e dos princípios e compromissos da OSCE desde a Ata Final de Helsínquia.

Condenamos veementemente a agressão militar lançada pela Federação Russa contra a Ucrânia

e reafirmarmos o nosso apoio à soberania da Ucrânia e à sua integridade territorial.

As consequências das ações da Federação Russa são múltiplas: uma terrível crise humanitária,

cuja verdadeira dimensão ainda nos é ocultada; a fuga maciça de pessoas; relatórios consistentes

de crimes de guerra cometidos pela Rússia contra a população ucraniana, a sistemática violação

dos direitos humanos pela Rússia tanto contra os ucranianos como contra os seus próprios

cidadãos; a destruição do património cultural na Ucrânia; e repercussões em muitos outros

domínios à escala global, nomeadamente a segurança alimentar.

Senhora Presidente,

Os atos russos de agressão e desestabilização contra a Ucrânia são os resultados de um processo

iniciado há vários anos. Neste momento, permita-me chamar a atenção para o impacto negativo

II SÉRIE-D — NÚMERO 31 _____________________________________________________________________________________________________________

4