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II SÉRIE-D — NÚMERO 48

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Acreditamos que a Europa, e o mundo, tem mostrado capacidade de reação, estando do lado certo da

história. Em apoio à Ucrânia, numa resposta coesa e unida, amplamente compreendida pelos cidadãos.

Com reações concertadas, sobretudo reações curtas, decorrentes da crise alimentar, da crise energética e

do aumento generalizado do custo de vida.

No longo prazo, é ainda mais complexo, dados os impactos ainda a serem determinados e o desafio do meio

ambiente e da inflação.

As sanções contra a Rússia, e a ajuda à Ucrânia, devem ser mantidas, a abertura ao acolhimento de

refugiados, com políticas de solidariedade dirigidas aos atingidos pela violência e assegurando um papel da

Europa na resolução deste conflito, bem como na cooperação posterior que será necessária, sobretudo devido

à esperada integração da Ucrânia na União Europeia.

Cabe à Assembleia Parlamentar da OSCE manter os espaços de diálogo, para encontrar, com a Ucrânia, as

condições necessárias ao restabelecimento da paz.

Termino lembrando: «A paz como única forma de se sentir verdadeiramente humano».

Slava Ukraina.

Comissão Permanente

Esta reunião está reservada ao Chefe de Delegação ou ao seu representante, pelo que participou a Deputada

Paula Cardoso.

A Presidente da APOSCE, Margareta Cederfelt, apresentou o seu relatório de atividades.

Seguiu-se um discurso da convidada especial, Sviatlana Tsikhanouskaya:

Cara Presidente Margareta Cederfelt,

Prezado Secretário-Geral Roberto Montella,

Excelências, caros amigos,

É uma honra e um privilégio dirigir-me a vocês hoje, em nome do povo bielorrusso que continua a lutar sem

medo pela liberdade e pelos valores democráticos. É importante que a voz da Bielorrússia seja ouvida.

Partilhamos os valores da Assembleia Parlamentar da OSCE e estou certa, que muito em breve, os

representantes de um parlamento democraticamente eleito da Bielorrússia também estarão presentes aqui, e

tenho a certeza – eles não se sentarão nas cadeiras traseiras desta sala.

Hoje, ao marcar um ano desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, quero deixar a minha mensagem a todos

os ucranianos. A Bielorrússia está com vocês. O mundo inteiro está com vocês. Lutem por cada centímetro da

vossa terra. Lutem pela dignidade, justiça e pela vossa nação. Todos nós admiramos a vossa bravura e união.

Como vocês sabem, a Rússia será derrotada.

Os destinos da Bielorrússia e da Ucrânia estão interligados. Lutamos contra o mesmo mal. Lutamos contra

a tirania e a agressão imperial do Kremlin – não vêm a Bielorrússia e a Ucrânia como nações independentes.

Querem escravizar o nosso povo também. Mas vão falhar.

A vitória da Ucrânia ajudará a nossa luta, mas também vice-versa. A mudança democrática na Bielorrússia

será a melhor ajuda para a Ucrânia. E uma Bielorrússia livre será a proteção mais forte contra Putin.

O regime de Lukashenko tornou-se cúmplice de Putin nesta guerra. Sem a sua ajuda, as atrocidades em

Bucha ou Irpin nunca teriam acontecido. Sem a sua ajuda, milhares de pessoas não teriam morrido. Ele deve

assumir total responsabilidade e deve ser levado à justiça por crimes de guerra e por crimes contra a

humanidade.