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25 DE JULHO DE 2024

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multilateralismo e na diplomacia para garantir a paz, a segurança e o primado do direito internacional e dos

Direitos Humanos e, acima de tudo, para fazer com que os políticos trabalhem em conjunto.

Nenhum país, por maior ou mais forte que seja, pode enfrentar sozinho os desafios atuais. A cooperação é

o caminho mais seguro para um mundo mais pacífico e justo.

Será que podemos resolver o problema da segurança, seja na Ucrânia, na Palestina ou no Corno de África,

isoladamente?

Poderemos fazer a transição energética e adaptar os nossos modelos de desenvolvimento às alterações

climáticas, sem empobrecer a classe média e sem deixar ninguém para trás, isoladamente?

Podemos assegurar o respeito dos direitos humanos, combater o tráfico de droga, o tráfico de seres

humanos e a violência contra as mulheres e as crianças, isoladamente?

Caros Colegas, não, não podemos!

Precisamos de um novo espírito de cooperação global para reconstruir a confiança e sarar as divisões.

Os políticos, em particular os Deputados como nós, são criadores de compromissos.

Para criar compromissos, precisamos de compreender o que move cada parte.

A compreensão e a empatia só são possíveis quando se faz trabalho no terreno, quando trabalhamos em

conjunto.

Gostaria de dar o exemplo da decisão da Presidente Pia Kauma de criar a Equipa de Apoio Parlamentar

para a Ucrânia.

Vários de nós tivemos a oportunidade de estar em Kiev, de estar ao lado dos nossos colegas ucranianos,

de nos reunirmos com o Governo, de acompanhar as investigações sobre crimes de guerra, sobre crianças

desaparecidas, e de acompanhar as necessidades sociais, militares e económicas do povo ucraniano. Com

esta informação, podemos exercer pressão sobre os nossos Governos nacionais para que continuem a apoiar

a Ucrânia, porque a sua luta é a nossa luta.

Mas esta iniciativa deve ser replicada noutros palcos e noutros temas.

Mais trabalho no terreno deve ser uma prioridade.

Estar próximo, ver, ouvir, fazer perguntas e trabalhar para nos compreendermos mutuamente é o caminho

para encontrar boas soluções políticas:

– Para a guerra na Ucrânia, mas também na Palestina.

– Para a migração, que está a transformar o Mediterrâneo num cemitério.

– Para as alterações climáticas, com o avanço do deserto e da fome, especialmente em África.

O cumprimento dos direitos humanos, das liberdades individuais, políticas e religiosas, especialmente no

que respeita às mulheres, que, para nossa vergonha, continuam a ser tratadas de forma desigual, deve ser

sempre a nossa prioridade.

Mais trabalho no terreno e mais atenção aos pequenos conflitos. Acompanhar e atuar antes que estes

pequenos litígios se transformem em grandes conflitos. Esta deve ser também a regra e a prioridade da AP da

OSCE.

Acredito, por isso, que a capacidade de diálogo, de construir pontes e de empatia com o outro são

absolutamente fundamentais para compreendermos as nossas diferenças e podermos construir um caminho

comum em direção à paz, à liberdade e à democracia.

Caros Colegas, há demasiados conflitos, demasiadas guerras e divisões, precisamos de juntar as pessoas.

Comecemos por erguer as nossas vozes:

Pela paz e pelo diálogo!

Para a paz e o diálogo!

Pela paz e pela liberdade!

Pela paz e pela justiça!

Acima de tudo, façamos desta Assembleia Parlamentar um farol de democracia e uma fonte de esperança

para as pessoas livres de todo o mundo.