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17 DE MARÇO DE 2025

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continente neutro em emissões de CO2. Contudo, havia ainda muito para fazer para se alcançar essas metas

nomeadamente no setor do transporte, que gerava demasiadas emissões, concretamente, no transporte

rodoviário. Nessa medida, com o propósito de melhor implementar o Pacto Ecológico Europeu, era necessário

alterar o setor do transporte sendo que a produção de carros elétricos poderia ajudar a União nesse processo.

Recordou que a importância económica do setor automóvel na Europa era muito relevante, sendo a UE era

um dos maiores produtores mundiais de veículos. Com efeito, referiu que a indústria automóvel na Europa

empregava muitas pessoas e que versava todo o território da União, de leste ao ocidente. No entanto,

mencionou que o crescimento do mercado de carros elétricos na UE não tinha crescido conforme o expetável,

tendo questionado sobre quais as razões para tão lento crescimento. Como possíveis respostas, referiu o facto

de o preço de aquisição dos carros elétricos ser ainda muito elevado, adiantando como possibilidade de

redução do preço a faculdade de se reciclar as baterias dos carros elétricos, e a importância de se promover,

com maior foco, a venda de carros elétricos. Concluiu referindo que os oradores apresentariam uma visão

sobre este mercado e que aguardava com expectativa o debate entre os parlamentares presentes.

De seguida, interveio o primeiro orador, Péter KADERJÁK, Diretor-Geral da Associação Húngara de

Baterias, referindo que esta associação tinha sido criada em 2021, anunciando que a Hungria tinha uma

imensa dependência exterior na obtenção de baterias, pelo que o país pretendia aumentar a sua capacidade

de produção em 20 % até 2030. Referiu que, no ano de 2024, a produção de carros elétricos tinha baixado,

havendo já fóruns que assumiam que a «bolha» deste mercado tinha rebentado. Por outro lado, sublinhou que

existia ainda o receio popular relativo ao alcance disponível dos carros elétricos, bem como o facto de estes

carros serem mais caros que os carros de combustão interna, o que não ajudava a estimular este mercado.

Contudo, salientou que a ideia dos carros elétricos era ainda positiva para a generalidade das pessoas na

Europa, avançando que era necessário tornar os carros elétricos acessíveis para todos e não apenas para as

classes mais privilegiadas. Para tal, questionou se a UE deveria promover a aquisição de carros elétricos

sendo que, na sua opinião, a aposta deveria ser essa, focando a possibilidade de os carros elétricos poderem

usar energia reutilizada. Destacou, de igual modo, que a política europeia e húngara, nesta área, estava

alinhada no sentido de eletrificar os meios transporte terrestres aditando, ainda, que havia estudos que

previam o aumento de carros elétricos, apesar de em 2024 ter havido um decrescimento deste mercado na

UE. Neste sentido, alertou que quem falhasse esta transição do mercado automóvel, ficaria para trás sendo

que a Coreia e a China tinham já uma década de avanço no mercado de carros elétricos, com o

desenvolvimento desta tecnologia a ser apoiada por subsídios estatais. Relativamente aos Estados Unidos da

América, referiu que estavam a reagir a esta questão com uma proteção do seu mercado interno, com

medidas protetivas como tarifas sobre importação de carros estrangeiros. Para a UE garantir a competitividade

neste mercado, sublinhou que era crucial avançar com esta transição, tal como referido no Relatório Draghi,

pois, se assim não fosse, seria um desastre para o mercado automóvel da União. Por conseguinte, salientou

que a Hungria tinha preparado uma lista de onze pontos para estimular o mercado dos carros elétricos,

realçando que um desses pontos prendia-se com a necessidade de reduzir o preço dos carros elétricos. Por

fim, quanto à matéria-prima, defendeu que se devia aumentar a sua produção no espaço europeu, devendo a

UE impedir que as matérias-primas críticas saíssem da EU, sensibilizando, ainda, que as mesmas fossem

recicladas.

Interveio, também, Máté LÓGA, Secretário de Estado da Estratégia Económica, Recursos Financeiros e

Análise Macroeconómica do Ministério da Economia Nacional da Hungria que destacou a utilidade de se

utilizar todas as plataformas previstas para discutir as prioridades europeias, como a sustentabilidade e a

competitividade. Referiu que, enquanto Presidente em exercício, tinha dirigido a reunião do Conselho da UE

na vertente da competitividade, salientando que tinham sido apresentados vários contributos para se promover

estes dois objetivos. Referiu, igualmente, que a sustentabilidade tinha sido muito referida nos relatórios do

Banco Central Europeu, sendo este um dos pontos mais relevantes no atual debate, defendendo que a UE

deveria manter a sua pretensão de ser um continente neutro em emissões de CO2 até 2050. Relativamente à

competitividade, sublinhou que se pretendia que a UE fosse mais competitiva para combater mercados como

os Estados Unidos da América e a China, sendo que, quanto a este último, era já o maior país a investir em

tecnologia verde. Neste contexto, avançou que a Hungria tinha sido um dos primeiros a alertar o atraso da UE

nas questões da conetividade, que se tinham evidenciado durante a crise pandémica causada pela COVID-19,

pelo que fincou a necessidade de se aproveitarem todas as oportunidades para a política europeia se adaptar

a esta evolução. Nessa medida, destacou que, para a UE alcançar os seus objetivos de sustentabilidade, seria

necessário apostar na produção de carros elétricos, recordando que a indústria automóvel era a maior