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II SÉRIE-E — NÚMERO 4

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Quadro 4. Área ardida em 2018 nos concelhos de Cascais-Sintra. É indicada a valoração de cada Unidade

de Paisagem (escala 1-10).

Valoração da Unidade de Paisagem

Área ardida (ha) % área ardida 0 1-3 4-5 6-7 8-9

Área total ardida 428,5 99,9

Concelho de Cascais 428,0 99,9

Concelho de Sintra 0,5 0,1

Unidade de Paisagem do Concelho de Cascais

Serra de Sintra 182,5 42,6 3,5 2,5 176,5

Subunidade Serra de Sintra

102,6 21

Subunidade Litoral da Serra

79,9 16,7

Abano-Penha Longa 226,1 52,8 2,9 223,2

Costa do Sol 19,4 4,1

Subunidade Dunas Cascais-Guincho

19,4 4,5 1 18,4

O Plano de Ação em causa foi delineado para a zona da Peninha, a mais de 400 m de altitude, na serra de

Sintra, até à área do sistema dunar do Guincho e da Cresmina, incluindo 12 habitats prioritários e 14

endemismos de flora, igualmente prioritários para conservação. Em termos de comunidades vegetais

referimos sinteticamente que as zonas mais elevadas (Peninha-Malveira da Serra) são dominadas por

carvalho-negral (com núcleos de sobreiro), enquanto as zonas de menor altitude refletem uma comunidade

climática dominada pelo zambujeiro com formações arbustivas de tojo-durázio, um endemismo lusitânico, e

outras formações de tojais e urzais-tojais, surgindo ainda medronheiros e loureiros. Na área do Abano surgem

também sabinais e carrascais. Mais especificamente, nas dunas e paleodunas de Cresmina-Guincho

encontram-se os sabinais litorais termomediterrânicos e vegetação camefítica e esclerófila. Mas não nos

podemos esquecer que metade da área afetada por este incêndio estava já ocupada por vegetação exótica

invasora, nomeadamente acácia-das-espigas, acácia-austrália, acácia-mimosa ou acácia-negra e, ainda,

háquea-picante e háquea-de-folhas-de-salgueiro, as quais beneficiam direta e indiretamente da ocorrência do

fogo. Observavam-se também núcleos de outras invasoras como canaviais e figueira-da-índia, existindo ainda

alguns eucaliptais dispersos. No Abano, ao longo de vales encaixados, está também presente o Pinheiro-de-

Alepo, o qual apesar de alienígena é considerada uma espécie pioneira com capacidade de proteção e de

colonização de áreas degradadas.

Foram delimitadas três unidades homogéneas territoriais para intervir, com a definição de medidas de

recuperação adequadas a cada uma delas: Peninha-Almoinhas Velhas (setor 1), Almoinhas Velhas-Abano

(setor 2) e Abano-Cresmina (setor 3). Em cada uma foram identificadas as zonas de intervenção prioritária,

tendo sido selecionadas as que apresentavam declives compreendidos entre 15 e 35% (considerando-se que

o acesso era problemático para valores superiores). Procedeu-se ainda a um levantamento das manchas de

material lenhoso fogueado existentes no terreno, que poderiam servir como fonte de matéria-prima para a

implementação de medidas mitigadoras do risco de erosão. Estas manchas foram cruzadas com a carta de