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14 DE NOVEMBRO DE 2019

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declives, excluindo-se as áreas inacessíveis. As intervenções preconizadas serão desenvolvidas tendo por

base os caminhos florestais ou zonas com possibilidade de acesso, coincidentes com as zonas identificadas

como de intervenção prioritária (Quadro 5).

Quadro 5. Tipologia de intervenção de emergência na área de Peninha-Cresmina

Procedimento Objetivo

Controle da erosão nas vertentes

Sementeiras de gramíneas anuais (densidade de sementeira aprox. 300 Kg/m2) em faixas em áreas de declive de 15-35% ou em manchas se o declive for superior

Assegurar uma cobertura do solo temporária enquanto a vegetação natural não regenera

Mulching com estilha de madeira (madeira de pinho

não tratada) em 30 a 40% de cobertura do solo

Pretende-se a cobertura e incorporação de fibra e matéria orgânica no solo para aumentar a rapidez de recuperação da vegetação natural

Barreiras de ramos difusos com material lenhoso fogueado existente no local, o qual depois de cortado, é arrumado manualmente e colocado em linha ao longo das curvas de nível. Altura máxima de 40-50 cm e espaçadas 10 a 20 m

Redução do processo de erosão, nomeadamente através da fixação das partículas finas do solo, bem como amortecimento do escoamento superficial. Funcionam ainda como ponto de fixação de sementes

Controle da erosão fluvial

Instalação de gabiões cilíndricos enrocados colocados transversalmente nas linhas de água, os quais são escorados nas margens (distanciamento 50-250 m)

Correção torrencial e retenção de sedimentos nas linhas de água.

Deposição de fardos de palha na linha de escorrência (2-3 fardos fixados com estacaria)

Redução do processo erosivo e contribuição com material orgânico e sementes para a regeneração

Controle das espécies invasoras

Corte de espécies exóticas invasoras com desvitalização dos cepos por pincelagem com glifosato a 50% ou arranque manual. Prevê-se o arranque mecânico, com recurso a retroescavadora no caso de aglomerados de rizomas mais extensos (ex. canavial) e quando não exista risco erosivo. Estilhaçamento dos sobrantes ou traçagem e colocação em fiadas paralelas às curvas de nível. Remoção total junto à rede viária numa faixa de 10 m

Combate à invasão biológica

Recuperação de caminhos florestais

Criação de caminhos de saibro compactado (0,05m espessura), assente sobre terreno natural nivelado

(sem camada de base) com 3m largura

Facilitar o o acesso a todas as manchas ardidas e em áreas arborizadas para permitir o combate a novos focos e incêndio

1.1. INCÊNDIO DE MONCHIQUE

O OTI elaborou anteriormente um Relatório sobre o incêndio iniciado a 3 de agosto de 2018 no sítio de

Perna da Negra, na freguesia e concelho de Monchique, distrito de Faro, vindo a atingir o concelho de Silves,

afetando uma área de 27 154 hectares, tendo sido dado como extinto no dia 10 de agosto. Todavia, não

poderíamos deixar de mencionar este evento neste documento, dado ter sido o mais grave ocorrido no ano de

2018. No referido Relatório elaborado pelo Observatório foram já referenciadas sinteticamente as medidas

tomadas em termos da estabilização de emergência (Avaliação do Incêndio de Monchique, OTI, maio 2019).