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14 DE NOVEMBRO DE 2019

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Da análise da Figura 6 pode concluir-se que houve flutuações do tempo de primeira intervenção ao longo

dos anos, embora os tempos de intervenção acima dos 20 minutos tenham sido sempre uma fração

relativamente pequena do total. Independentemente destas flutuações a heterogeneidade geográfica da

rapidez da primeira intervenção tem-se mantido.

4. A PRIMEIRA INTERVENÇÃO NO QUADRO DO ATAQUE INICIAL (ATI)

Conforme se pode verificar na Figura 7, a primeira intervenção está incluída na fase de Ataque Inicial (ATI)

que está devidamente estabelecida e doutrinada nos termos e conforme a diretiva operacional, DON 2-DECIR

2019 que refere o ATI é uma intervenção organizada e integrada, sustentada por um despacho inicial de meios

até 2 minutos depois de confirmada a localização do incêndio, de meios aéreos se disponíveis, e em

triangulação, de meios terrestres de combate a incêndios rurais.

Uma discussão detalhada do ATI foi já incluída no Relatório de «Avaliação do sistema nacional de proteção

civil no âmbito dos incêndios rurais» produzido por este Observatório em dezembro de 2018.

Figura 7. Diagrama temporal das fases do combate a um incêndio rural conforme estabelecido nas sucessivas diretivas operacionais.

A primeira intervenção é a efetuada pelo primeiro meio a chegar ao Teatro de Operações (TO). Neste

estudo o tempo da primeira intervenção foi estabelecido como o tempo que medeia entre o tempo de alerta e o

tempo em que o primeiro meio chega ao teatro de operações (TO), sejam meios terrestres ou aéreos, dos

Corpos de Bombeiros, das Equipas de Sapadores Florestais ou da Guarda Nacional Republicana. Outros

agentes, como a Força Especial Proteção Civil também participaram na primeira intervenção no período em

análise, mas estão atualmente vocacionados para o Ataque Ampliado. É este tempo da primeira intervenção

que pode ser determinado por análise dos registos do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios

Florestais (SGIF).

A partir da primeira intervenção, que pode ser efetuada por qualquer dos meios referidos, a doutrina

instituída é baseada no conceito de triangulação, ou seja o despacho de três veículos de combate a incêndios

(VFCI) dos três Corpos de Bombeiros mais próximos do local do incêndio, complementados pelo despacho de

um meio aéreo de ATI e respetiva equipa/brigada helitransportada. Releva-se deste conceito que a

triangulação, em bom rigor, refere-se aos três Corpos de Bombeiros mais próximos do local de incêndio, ainda

que para efeitos do estabelecido no ATI, seja suficiente que qualquer meio (aéreo ou terrestre) esteja em

combate até aos 20 minutos depois do alerta para que fique cumprido o critério da primeira intervenção. Pode

por isso acontecer que um dos meios cumpra o critério da primeira intervenção em 20 minutos e que os

demais possam demorar 30, 40 ou mais minutos até se consagrar em pleno o conceito da triangulação.

Define-se então, para além do tempo de primeira intervenção, de um tempo de triangulação como aquele que