O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-E — NÚMERO 4

8

medeia entre o tempo de alerta e aquele em que aqueles três meios terrestres e o meio aéreo se reúnem no

combate, isto é, em que se consagra em pleno o conceito da triangulação. A análise do tempo de triangulação

é apenas possível a partir dos registos de entrada dos diversos meios no teatro de operações que consta no

sistema de apoio à decisão (SADO) que será objeto de próximo estudo técnico.

O Ataque Inicial termina no momento em que o incêndio for considerado dominado (em resolução) pelo

Comandante de Operações de Socorro (COS). No entanto, caso não seja considerado dominado até 90

minutos (tempo associado à autonomia do meio aéreo ligeiro), o incêndio passa automaticamente de Ataque

Inicial à fase de Ataque Ampliado (ATA). Assim, apesar de não ser indicador oficial, tem-se considerado como

medida do sucesso do ataque inicial a percentagem de ocorrências em que o tempo de resolução (tempo

entre o alerta e o momento em que o incêndio é considerado dominado) é inferior a 90 minutos (Figura 8).

Figura 8. Percentagem de ocorrências com tempo de resolução inferior a 90 minutos de 2008 a 2019 (dados SGIF).

O Ataque Inicial foi melhorado a partir de 2006 com o despacho automático de meios aéreos e com o

aperfeiçoamento do conceito de triangulação, tendo a informação sobre o tempo de resolução começado a ser

melhor registada a partir de 2008. A melhoria do sistema justifica que cerca de 90% das ocorrências tenha tido

um tempo de resolução inferior a 90 minutos.

De forma equivalente aos valores globais para a rapidez de intervenção, também os valores do tempo de

resolução mostram a mesma variabilidade geográfica, sendo que os 10% de ocorrências em que o tempo de

resolução excede os 90 minutos se localizam naturalmente nas áreas em que os tempos de primeira

intervenção são mais longos e por isso também mais associados aos maiores incêndios.

A heterogeneidade geográfica da rapidez da primeira intervenção e do tempo de resolução deve-se, por um

lado, à geografia das ocorrências, mas também, em grande medida, à distribuição geográfica dos meios

disponíveis, tema que abordaremos na próxima secção.

5. OS MEIOS DISPONÍVEIS PARA A PRIMEIRA INTERVENÇÃO

Os meios disponíveis para a primeira intervenção são também aqueles que estão referidos nas sucessivas

diretivas operacionais como incluídos na fase de Ataque Inicial (ATI). Neste estudo incluímos os meios

disponíveis mais significativos, incluindo meios terrestres e aéreos, dos Corpos de Bombeiros, dos Sapadores

Florestais e da GNR.