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eu também queria deixar uma nota. V. Ex.ª veio dizer que "mais vale tarde que nunca" e eu queria dizer que nem foi tarde, nem foi nunca, foi sempre. A Acta de que V. Ex.ª falou como sendo do dia 13, foi do dia 11. Estive aqui na Câmara, e V. Ex.ª poderá confirmar pelas Actas. Tenho-a aqui, se V. Ex.ª quiser poderei fazer-lha chegar. Portanto, a questão foi analisada antes de aqui estar, foi no dia 11…

Protestos da Deputada do PS Jamila Madeira.

Sr. Deputada Jamila Madeira, já lá vamos! Uma coisa de cada vez, senão torna-se tudo mais difícil. Penso que o Sr. Deputado Bruno Dias não está a necessitar de ajuda, nem a pediu, antes pelo contrário, penso que ele é que terá de a ajudar a si daqui a nada! Portanto, deixe-me responder a cada questão de sua vez. Talvez a pergunta do Sr. Deputado Bruno Dias lhe tenha causado alguma preocupação, mas essa é uma outra questão que trataremos fora daqui, ela não é deste foro.
Quanto aos juros bonificados, Sr. Deputado, é tão fácil falar de juros bonificados como o Sr. Deputado fala… Era fácil fazer essa reposição e essa é uma questão que V. Ex.ª colocou no âmbito da Assembleia, mas temos a nossa opção e está tomada. Se a questão que se coloca for da Assembleia, quem sou eu para estar aqui hoje a substituir-me à Assembleia?! É uma questão que será analisada pela Assembleia, e sê-lo-á a seu tempo.
Quanto às acções de financiamento do IPJ, há aqui duas coisas que quero dizer-lhe. É evidente que a nossa preocupação está essencialmente no investimento que estamos a fazer, e esse, sim, é um investimento estruturante e para ter, digamos, repercussões a médio prazo, sobretudo a nível geracional. É que nós estamos a apostar, isso sim, de forma séria e estruturante nas infra-estruturas e nos equipamentos das associações juvenis, estamos a apostar no acesso, na integração dos jovens na sociedade da informação e vamos apostar muito - e quando digo muito é porque vai ser muito -, fazendo um grande esforço, no voluntariado e oportunamente, ainda este ano, VV. Ex.as verão qual é a ambição e qual é o esforço que está a ser feito no âmbito dos problemas do voluntariado.
Quanto às restantes questões, penso que o Sr. Secretário de Estado da Juventude e Desportos poderia agora prestar o seu contributo para o esclarecimento do Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Presidente (António Silva Preto): - Para prestar esclarecimentos, tem a palavra Sr. Secretário de Estado da Juventude e Desportos.

O Sr. Secretário de Estado da Juventude e Desportos (Hermínio Loureiro): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, relativamente à questão do CNJ que colocou, queria dizer-lhe que o Governo o considera igualmente uma plataforma importante de discussão e de intercâmbio com o Governo e com o mundo associativo.
Já tivemos vários contactos com o CNJ e o que posso dizer-lhe é que há um caminho comum a ser a percorrido, que passa, em primeiro lugar, pela sua revitalização.
Como o Sr. Deputado Bruno Dias sabe, porque o conhece bem, o CNJ passou por momentos difíceis. Neste momento, está a recuperar; até tem havido diálogo com as juventudes partidárias e a sua presidente anunciou-me que poderá estar para breve a adesão de outras forças de juventude, por isso reconheço o trabalho que o CNJ está a fazer.
Aquilo que queremos que o CNJ seja é, obviamente, um parceiro activo na elaboração e execução das políticas de juventude.
Aquilo que foi dito ao CNJ - e o compromisso também tinha de ser da parte do CNJ e foi assumido pelos seus representantes - foi que havia a necessidade de reduzir as despesas estruturais e de passar a apoiar projectos e iniciativas concretas.
O Sr. Deputado Bruno Dias falou-me da questão da ONU. Na mesma hora em que me falaram dessa questão, pedi à Sr.ª Presidente do CNJ que me apresentasse um projecto concreto, objectivo, de custos, que indicasse o que o nosso país precisava de pagar para a realização desse grande evento. Nesse como noutros eventos, queremos apoiar projectos e iniciativas e não despesas de estrutura ou aumentos de despesas de funcionamento. E quero dizer-lhe que nenhuma iniciativa válida do CNJ ficará por fazer, em Portugal, por falta de comparticipação financeira por parte do Estado.
Além dessa iniciativa com a ONU, falámos, por exemplo, de um programa que o CNJ está a realizar para a instalação de uma biblioteca em Timor e disponibilizámos imediatamente apoio para essa iniciativa. Aliás, reforçámos esse mesmo apoio através de muitos livros, para além de incentivarmos a troca de relações com os países da CPLP, nomeadamente com Timor, porque consideramos extremamente importante esse mesmo apoio.
Sr. Deputado Bruno Dias, a mesma coisa posso dizer-lhe, por exemplo, relativamente à Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ).
Temos mantido contactos muito regulares, mesmo permanentes, com estas organizações. Queremos que elas sejam parceiros activos, obviamente críticos, construtivos, estamos abertos a isso, não queremos que estejam sempre de acordo connosco, aliás, não é essa a nossa intenção, mas queremos que sejam colaborantes e o que posso dizer-lhe é que a relação com o CNJ e a FNAJ, por exemplo, tem sido extremamente construtiva.
Contudo, não vamos apoiar políticas de aumento de estrutura, porque não as consideramos positivas nesta altura, tendo em conta as dificuldades que o País atravessa, nem queremos propostas avulsas ou casuísticas, mas, sim, iniciativas concretas. Nós cá estamos, obviamente, para as apoiar, e é isso que o Sr. Deputado Bruno Dias vai ver que vai acontecer ao longo do tempo.

O Sr. Presidente (António Silva Preto): - Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Nuno Sá.

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro, Sr. Secretário de Estado da Juventude e Desportos, reforçando aqui aquilo que já foi a nossa posição aquando da discussão do Orçamento do Estado, na generalidade, e para que não fique qualquer dúvida sobre esta matéria, voltamos a dizer que os orçamentos desejáveis são sempre superiores aos que temos na realidade, mas este orçamento, para além do que é o desejável, é o que é possível.
Ao contrário de alguma demagogia introduzida por algumas intervenções e perguntas anteriores, nomeadamente no que respeita a questionarem se este orçamento não poderia ter menos cortes ou ser mais favorável, todos têm a noção clara da situação em que se encontra o País, ou