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nas áreas do desporto, da juventude, da sociedade de informação não é tanto em termos de apoios às instituições ou de investimento, é, principalmente, uma redução no funcionamento, o que, obviamente, é importante que se saliente.
Em relação à Sociedade da Informação, e esta questão tem a ver com um projecto de resolução que aqui irei apresentar, enquanto Deputado da Juventude Popular, tem a ver com o exercício do direito de voto. Penso que, hoje em dia, na relação entre os cidadãos, a Administração Pública e o Estado, o exercício do direito de voto é uma das realidades mais burocráticas: é preciso estarmos no sítio certo, à hora exacta, para conseguirmos, de quatro em quatro anos, eleger os nossos representantes.
Ora, penso que Portugal poderia dar um passo bastante importante no sentido de modernizar o exercício do direito de voto. Fomos pioneiros em algumas áreas que têm a ver exactamente com esta modernização, seja o caso da Via Verde, seja o caso da eficácia na nossa rede Multibanco e nos serviços que essa rede presta, pelo que não seria mau, antes pelo contrário, que fôssemos também pioneiros no desenvolvimento de um sistema informático que permitisse o exercício do direito de voto de uma forma mais simplificada. Gostaria, pois, de saber se há abertura para estudar esta hipótese.
Em relação à área da juventude, agrada-nos, aliás, é importantíssimo para nós, a racionalização do investimento. Sempre fomos contra o apoio às despesas de funcionamento e às associações em si, sempre fomos a favor de uma política que apoiasse iniciativas. E, nessa medida, esta política, traduzida no Orçamento do Estado, é uma das coisas que era fundamental fazer em termos de política de juventude.
O apoio às iniciativas permite, obviamente, que haja um muito melhor aproveitamento daqueles que são os recursos escassos do Estado, neste momento de contenção ou mesmo num momento em que haja mais dinheiro. É sempre importante que haja um destino concreto e claro para o dinheiro que é de todos os portugueses. E, quando o dinheiro é atribuído às associações ou aos vários organismos, sabemos que as coisas não se passam dessa forma.
Em relação, por exemplo, ao IPJ, gostava também de saber se este orçamento permite avançar com a sua reestruturação. O IPJ tem uma estrutura pesadíssima, perfeitamente escusada, em termos de proporção e de número de funcionários, pelo que gostava de saber se se vai poder avançar com essa reestruturação e também com um melhor funcionamento.
Uma questão que já foi aqui suscitada mas que quero também realçar tem a ver com o Conselho Nacional de Juventude. Este organismo está a fazer um esforço interno e externo de credibilização e de abrangência: de credibilização, por um lado, para ser uma estrutura representativa dos vários organismos que intervêm ao nível da política de juventude, seja em termos associativos, seja em termos políticos, seja em quaisquer outros termos, e de abrangência, em termos internos, no sentido de envolver, tanto quanto possível, todos esses organismos representativos da juventude. Trata-se de um trabalho que, obviamente, deve merecer, da parte do Governo, um apoio e uma sensibilidade para com esta instituição que o Sr. Secretário de Estado referiu, nesta discussão, que o Governo tem.
Para finalizar, quero dizer que nas discussões do orçamento é muito fácil propor que se aumente a despesa, por exemplo, quando se reclama mais verba para o investimento desportivo, e, simultaneamente, propor que se reduza a receita, quando se fala dos impostos dos profissionais do futebol. Obviamente, são aspectos inconciliáveis, sendo que a oposição nunca explica como se conseguiria fazer uma coisa e outra.
Governar é fazer escolhas. Durante muito tempo tivemos governos que não eram capazes de fazer estas escolhas, portanto, introduziam uns e outros aspectos e, depois, arranjavam "raspadinhas"…

O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Sr. Deputado, está no limite do tempo de que dispõe.

O Orador: - Sr. Presidente, estou já a terminar a minha intervenção.
Como estava a dizer, durante muito tempo tivemos governos que não eram capazes de fazer estas escolhas, portanto, introduziam uns e outros aspectos e, depois, arranjavam "raspadinhas" que resolviam o problema em termos de orçamento mas não o resolviam em termos de País, pelo contrário, agravavam-no.
Quero também salientar que esta é uma área em que não se faz só contenção, e é importante que assim seja. Devo referir que se trata de uma área em que se faz também corte, e esse corte é aquele que já referi, ou seja, nas despesas de funcionamento que não fazia qualquer sentido que estas áreas tivessem, o que, obviamente, permite libertar verbas, essas sim, para investimento e para apoio às áreas tuteladas por este Ministério e por esta Secretaria de Estado.

O Sr. Presidente (António da Silva Preto): - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro.

O Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado João Pinho de Almeida, muito obrigado pelas perguntas que colocou e pela forma clara como o fez, o que me permite, mais uma vez, esclarecer esta Câmara quanto a determinados assuntos de relevância estruturante nesta área.
Relativamente à questão do desporto e das despesas do EURO 2004 gostaria de salientar, porque penso que muita gente ainda não percebeu esta situação, que dos 587 milhões de euros previstos, em termos de orçamento global dos 10 estádios, a participação do Estado é de 106 milhões de euros, cabendo uma participação de 481 milhões de euros às entidades promotoras. Muitas delas são autarquias, são elementos do Estado, portanto, também é financiamento do Estado mas, em todo o caso, do Orçamento do Estado sai a verba que referi.
É importante ter a noção de quanto custa e de quem paga o quê. Aliás, este aspecto vai ser clarificado com o relatório da auditoria, o qual será apresentado nesta semana e que será entregue a esta Câmara em primeira-mão. Este relatório apresentará ao Governo todos os dados e permitirá avaliar quem é a entidade promotora, quem é a entidade fiscalizadora, o que está a ser feito, quanto se está a gastar, quanto se prevê gastar, quanto está executado.
Posso dizer-lhe, Sr. Deputado, que, neste momento, a percentagem dos trabalhos adjudicados, relativamente ao valor total estimado, está na casa dos 80% (estes são dados de hoje) e que a percentagem de trabalhos realizados, relativamente ao total estimado, está na casa dos 30%. Esta