O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 II SÉRIE-C — OE — NÚMERO 12

Em relação ao pedido de informação sobre a execução do PIDDAC até ao final de Outubro de 2006, tenho já comigo a informação que solicitou, que já tem o despacho da Sr.ª Presidente e, por isso, será distribuída de imediato aos Srs. Deputados.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Arrancada a ferros!... É sempre arrancada a ferros!

O Orador: — Em relação às outras questões que o Sr. Deputado levantou, direi que hoje estamos a discutir os assuntos na especialidade, mas, de qualquer das maneiras, o Sr. Deputado Honório Novo aproveitou para fazer considerações de generalidade. Então, se os Srs. Deputados mo permitirem, comentarei essas questões de generalidade, embora, julgue que elas fogem um pouco à ordem de trabalhos.
Em relação às previsões de investimento, o Sr. Deputado deverá saber, tão bem como eu, que, dentro das componentes do produto interno bruto, a variável investimento é a mais volátil.
Por exemplo, em relação ao consumo privado, os dados estatísticos apontam para uma volatilidade superior a cinco vezes a volatilidade do consumo privado.

O Sr. Honório Novo (PCP): — E as exportações?!

O Orador: — O que é que isto quer dizer? Quer dizer que o intervalo de confiança desta variável tem de ser muito superior, por exemplo, à previsão em relação ao consumo privado.

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — O real é sempre para baixo!

O Orador: — E é natural que os erros de previsão nesta matéria sejam proporcionais ao desvio-padrão, à volatilidade da variável.

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — A vossa previsão é sempre para cima!

O Orador: — O Sr. Deputado Eugénio Rosa, que é economista, sabe tão bem como eu que isso é mesmo assim, e, portanto, o erro de previsão tem de ser necessariamente superior.
Mas ao que o Sr. Deputado quer chegar não é a esta questão técnica mas, sim saber porque é que, numa situação em que o investimento total — privado e público — não demonstra a vitalidade que todos nós desejaríamos, o Estado não investe mais? É esta a questão de fundo que o Sr. Deputado está a colocar.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Exactamente! Ainda bem que percebeu! Chegou lá!

O Orador: — Ora, o Sr. Deputado sabe por que é que não investimos mais. O Sr. Deputado sabe que a nossa política orçamental, nas õltimas dçcadas,»

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Foi de afundamento!

O Orador: — » não seguiu, efectivamente, a orientação mais adequada para fazer face a situações de menos crescimento na economia.
Se hoje tivéssemos uma folga, como acontece com alguns parceiros europeus, que anteriormente conseguiram colocar as suas finanças públicas numa base sólida e sustentável, podíamos usar a chamada política orçamental para ocorrer a situações mais débeis da economia. Ora, como não há essa folga, primeiro temos de a construir, de construir essa situação de equilíbrio, para podermos usar efectivamente a política orçamental como incentivadora da economia.
Assim, enquanto não tivermos essa folga não estamos em condições de usar a política orçamental e, se o fizermos, estamos a pôr em sério risco aquilo que pretendemos obter como objectivo, que é o crescimento sustentável da economia.