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76 | II Série GOPOE - Número: 003 | 13 de Fevereiro de 2010

A Sr.ª Teresa Venda (PS): — Sr. Presidente, começo por cumprimentar a Sr.ª Ministra da Cultura e o Sr.
Secretário de Estado.
Sr.ª Ministra, na sua intervenção de há pouco, registei a forma como valorizou o contributo da cultura com o turismo. De facto, o turismo é hoje, reconhecidamente, um excelente veículo de transmissão dos nossos valores culturais, os quais assumem importância para a competitividade do próprio sector.
Portanto, conscientes deste valor acrescentado que estes dois sectores económicos têm para o desenvolvimento da economia do País, a Subcomissão de Turismo, na passada Legislatura, concretamente em Maio de 2009, promoveu uma conferência subordinada ao tema «Economia do Turismo e da Cultura».
Tivemos, aliás, o prazer de contar com a presença do Sr. Secretário de Estado, na altura como Presidente do IGESPAR, que, precisamente, nos veio ajudar a reflectir sobre a importância do património no desenvolvimento do turismo local e regional.
Neste enquadramento, gostava que a Sr.ª Ministra, se pudesse, desenvolvesse melhor os dois programas que vêm mencionados a págs. 213 do Relatório do Orçamento do Estado, que falam da implementação da Rede de Cidades e Mosteiros Portugueses, cujo timing é 2009-2012, e do protocolo de colaboração com a Conferência Episcopal Portuguesa na Rota das Catedrais Portugueses.
Espero, pela consideração que tenho pelo Sr. Deputado João Oliveira, que não tenha sido a este protocolo que, há pouco, se referiu depreciativamente como «o acordo das paróquias».

O Sr. João Oliveira (PCP): — O quê?! Eu não falei em paróquias!

A Sr.ª Teresa Venda (PS): — Falou, falou! Não sei se foi sobre isto, mas»

O Sr. João Oliveira (PCP): — Falei em parcerias com paróquias!

A Sr.ª Teresa Venda (PS): — Pergunto, Sr.ª Ministra, se nos pode dar, então, uma informação mais pormenorizada destes programas.
Invoco, nomeadamente, o projecto, que será o grande tema de 2012, «Guimarães — Capital Europeia da Cultura 2012», porque penso que estas redes, se estiverem estruturadas, serão, de facto, uma valorização do nosso património cultural, como veículo de transmissão, na publicidade que vai ser dada ao nosso território no ano deste grande evento.
Gostava também de registar que, do ponto de vista quer do turismo quer da cultura, consideramos a importância da valorização do factor patrimonial e da transmissão dos nossos valores como um factor positivo de desenvolvimento do nosso território mais profundo e a nível de toda a mancha territorial, potenciando, assim, o afastamento daquelas regiões tradicionais — Algarve, Lisboa e Madeira — e a criação de novos pontos de interesse turístico em Portugal. E, neste aspecto, turismo e cultura têm, de facto, de entrosar-se.

O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada Raquel Coelho.

A Sr.ª Raquel Coelho (PSD): — Sr. Presidente, a Sr.ª Ministra da Cultura disse que o sonho é quando se concebe uma situação ideal. De facto, disse o poeta: «Pelo sonho é que vamos». E é grave quando não deixamos de realizar aquilo que sonhamos mas quando deixamos de sonhar aquilo que podemos realizar.
Nesta medida, permita-me, Sr.ª Ministra, que a felicite pelo seu espírito optimista e criativo, próprio de uma mulher das artes, para que, com tão parco orçamento, possa, de facto, fazer, executar,»

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — É preciso sonhar muito!

A Sr.ª Raquel Coelho (PSD): — » apesar de, nas palavras do Sr. Secretário de Estado, não ter um orçamento «gordo» ou «engordurado».
A Grécia é conhecida pelos maus motivos, mas tem um homem que a consagra a nível mundial, que V.
Ex.ª conhecerá muito melhor do que eu: Lambis Vassiliadis. Espero que a Sr.ª Ministra, protagonista desta pasta tão nobre, seja capaz de inverter a imagem negativa que Portugal tem vindo a consubstanciar no