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79 | II Série GOPOE - Número: 003 | 13 de Fevereiro de 2010

envolvam, quiçá, empresas ou os próprios cidadãos.
Há vários modelos. Temos de ser criativos e encontrar forma de tornar possível este sonho, se lhe quisermos chamar assim» Quanto a saber se no Museu Berardo, no próximo ano, vão haver entradas gratuitas ou não, isso seria uma ingerência do Ministério da Cultura que não podemos fazer; isso compete ao Conselho de Administração, razão pela qual os conselhos de administração são designados, numa determinada proporção, pela tutela — e, neste caso, pelo Comendador Berardo. O novo Conselho de Administração, que tomou posse agora, começa a funcionar no início de 2010, tomando as medidas que entender necessárias relativamente a essa matéria.
Espero que o Museu Berardo encontre uma solução que continue a granjear o sucesso e o número de visitantes que tem tido, mas, simultaneamente, que a fonte de receitas se alargue e não seja exclusivamente do Ministério da Cultura e, neste caso, também do Turismo.
Quanto ao Museu do Côa, Sr. Deputado, concordo inteiramente consigo: este é um caso muito particular, e até atípico, no panorama dos nossos museus. É um parque, no seu todo. É um museu que é mais, sobretudo, um centro interpretativo daquele espaço. É, de facto, um espaço, no seu todo, muito estimulante, em termos de criatividade, no sentido de o tornar atractivo e de tornar todas estas valências conjugadas para um projecto cultural, este sim, plenamente transversal.
Quanto ao modelo de gestão, já temos assegurados financiamentos do Ministério do Ambiente e do Turismo, obviamente. Do Ministério da Cultura temos 1 milhão de euros separado no orçamento para esta matéria e vamos envolver também — como é óbvio e o Sr. Deputado muito bem disse — os municípios locais.
Esse modelo de gestão vai ser tornado público, provavelmente, em Maio, data que estamos a apontar para a inauguração daquele espaço. Desde já lhe digo que queremos que seja um modelo com gestão financeira autónoma e que tenha uma participação maioritária do Estado, participação maioritária pública e, portanto, será ou uma SA, ou uma fundação.
Quanto ao modelo definitivo, confesso-lhe que ainda não tomámos a decisão final, mas muito em breve será tomada — é uma questão de um ou dois meses. Será certamente uma conjugação de esforços, quer do Estado quer dos municípios, e, tal como também já fui adiantando na outra reunião com a Comissão de Ética, onde tive ocasião de explanar, com um pouco mais de tempo, questões que tinham a ver mais com estratégia.
Nessa ocasião, chamei a atenção para o interesse do Ministério da Cultura em alargar aquele espaço, ao nível tanto da sua gestão como da sua fruição, do lado de lá da fronteira, isto é, encontrar aqui sinergias com os dois países, naquela zona, o que poderá potenciar bastante mais a sua fruição e alargar os públicos e a sua capacidade de chegar a mais população.
Não posso deixar de fazer aqui um pequeno comentário sobre a imagem negativa que Portugal tem no mundo. Sr.ª Deputada, ainda não viajei muito, pois estou há 3 meses no lugar, mas devo dizer-lhe que, de facto, Portugal não tem uma imagem negativa, muito menos do ponto de vista cultural. Tem uma imagem de grande dignidade e respeitabilidade e, portanto, a imagem negativa de Portugal infelizmente acontece quando há certas intervenções, nomeadamente no Parlamento Europeu, que mancham a imagem de Portugal» Temos, de facto, do ponto de vista da cultura uma respeitabilidade e uma dignidade que muito nos orgulham.
Ainda recentemente, em Istambul, tive ocasião de constatar o quanto, por exemplo, naquela parte do mundo, somos respeitados pela nossa cultura. Queremos estreitar muito mais os laços internacionais e optimizar este património, que já existe, de respeitabilidade e a imagem positiva de Portugal no mundo.
Para o turismo e a cultura, como já aqui foi dito bastamente, temos uma estratégica absolutamente incontornável, por todas as razões: porque queremos um turismo mais rico, no sentido do seu objectivo, um turismo cultural, que pretenda conhecer a nossa identidade e a nossa cultura — e isso só se faz com uma oferta cultural, com características particulares, também para atrair turismo, oferecendo melhores condições e melhor capacidade de fruição.
Também foi aqui abordada a questão de «Guimarães — Capital Europeia da Cultura 2012», com a qual temos, de facto, um compromisso. O Ministério da Cultura, nestes 4 anos, irá alocar 20 milhões de euros a este projecto, sendo também uma afirmação da nossa cultura, do nosso País — por via da cidade de Guimarães — na Europa e no mundo.
Sobre as questões do protocolo com o Patriarcado de Lisboa, da Rede de Museus, do património e das direcções regionais da cultura, o Sr. Secretário de Estado irá pronunciar-se.