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91 | II Série GOPOE - Número: 010 | 18 de Novembro de 2011

prosseguidas na Irlanda, foi com o sector financeiro, que teve opções absolutamente discutíveis, lamentáveis, com uma ganância financeira, que, realmente, é de lamentar. Sem dúvida! Mas esta é a realidade!

O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Mais: a evolução económica da Irlanda, nessa altura, foi, a todos os títulos, notável. Mas, Sr. Deputado, para perceber melhor aquilo que se passa vou terminar com uma deixa que o Financial Times publicou há umas semanas, quando caracterizou, sumariamente, o que se passava nestes quatro países da periferia europeia, quanto aos seus problemas financeiros, e dizia o Financial Times, com uns termos mais vernáculos, que não vou utilizar aqui,»

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Ainda bem!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — » que na Irlanda, em Espanha e na Grçcia foi a sociedade que tramou o Estado, mas, em Portugal, foi o Estado que tramou a sociedade.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo Cabrita.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr. Presidente, não vou perder tempo com aquilo que é a alegação de defesa do desastre irlandês, que representa aquilo que é o pior da direita liberal portuguesa. O que caracteriza é a diferença profunda de situações e é esta a preocupação dos portugueses hoje e não a defesa do desastre do sistema financeiro irlandês.
O Financial Times, que o Sr. Deputado aqui citou, dizia há duas semanas que Portugal tinha razão para estar magoado, porque Portugal não tinha feito falsificação estatística como a Grécia, nem tinha o sistema financeiro em colapso como a Irlanda,»

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Muito bem!

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — » e, por isso, não havia razão para ser tratado pelos mercados financeiros da mesma maneira. Por isso é que, desde que o Governo apresentou o Orçamento do Estado, nós divergimos e temos hoje taxas de financiamento, no mercado secundário, 1,5% abaixo às que estão a ser exigidas à sua querida Irlanda.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Hortense Martins.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado: É importante que neste debate fiquem claras as opções tomadas e se havia, ou não, outras alternativas.
Assim, há dois aspectos que considero fundamentais: o financiamento da nossa economia e a necessidade de continuar as reformas estruturais já iniciadas na anterior Legislatura e que têm de prosseguir, sendo de lembrar que, no passado, o Governo já deu provas de ter conseguido atingir os exigentes objectivos do défice.
O crescimento da economia, verificado em 2010, parece que surpreendeu algumas pessoas, provavelmente mais afastadas da economia real, mas foi, há que realçá-lo, baseado no sector exportador e mostra bem que as empresas estão a inovar, a aumentar a sua competitividade e a lutar pela conquista de novos mercados, e aqui, necessariamente, cabe ao Governo apoiar na diminuição de custos de contexto — aliás, realço a recente abertura de novos sistemas para a inovação e internacionalização, com destaque para as empresas exportadoras. Ainda tenho referir a necessidade de continuar a apostar em novos mercados, como o Brasil e a China.
Mas, Sr. Ministro, teríamos alguma alternativa séria e com real impacto a este Orçamento do Estado? Julgo que ficou claro que não! As alternativas seriam as soluções adoptadas, por exemplo, pela França ou pelo