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Em concordância com esta orientação, e de acordo com Martins (1995), numa primeira fase, as

assistentes sociais desenvolviam a sua actividade sobretudo no âmbito da política de assistência

social corporativa. Depois de 1945, o campo profissional amplia-se à área hospitalar,

dispensários de saúde, organismos tutelares educativos e prisionais, sendo o Estado o principal

empregador.

Os anos 60 marcam uma reorientação do Serviço Social em Portugal. No plano da formação, em

1956, procede-se a uma revisão da regulamentação pública da formação em Serviço Social que

passa a ter, oficialmente11

Inicia-se então uma reorientação paulatina da formação profissional, com uma progressiva

introdução em termos curriculares das disciplinas em Ciências Sociais e dos métodos em

Serviço Social (case work, group work e community work) sob a influência do Serviço Social

americano e à semelhança do que ocorria nos países desenvolvidos e democráticos.

, uma duração de 4 anos. Em 1961, o curso de Serviço Social é

reconhecido como curso superior. E no ano lectivo 1961/62 regista-se a admissão, no Instituto

de Lisboa, de alunos do sexo masculino.

No campo profissional, o Serviço Social seria fortemente influenciado pelas novas orientações

do desenvolvimento humano e social adoptadas no período pós-guerra sob a égide de

diferentes organismos internacionais. Em Portugal, assiste-se à criação do Serviço de Promoção

Social Comunitária e Cooperação Familiar e ao lançamento, em todo o país, de diversos

projectos de desenvolvimento local e comunitário. Esta orientação, estruturante e inovadora, de

sentido desenvolvimentista, coexistiria com os domínios tradicionais de exercício do Serviço

Social e mormente com o Serviço Social corporativo e do trabalho, que consubstancia a

orientação doutrinária e conservadora que se projecta da fase de institucionalização do Serviço

Social em Portugal (cf. Branco et al., 1992).

Como sustenta Martins (1995), este período foi particularmente importante para o

desenvolvimento da profissão, quer no plano científico-técnico, quer no que se refere à

expansão do corpo profissional, que conhece neste período um significativo alargamento12

11 O plano de estudos de 4 anos tinha já sido adoptado pelas escolas de formação desde os anos 40 (cf. Martins, 1995: 45).

.

12 Mais de 1000 assistentes sociais na década de 60, contra algumas dezenas nos anos 40 (cf. Martins, 1995: 46).