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•Congresso decidiu que a Cemmlssio ouvisse todas os' Membros do Congresso na presetiça do emprezario ; •este declarou que não acceitaria mais nenhuma al-•teração ; em consequência do qua' elle diise nada •ha mais a fazer senão rejeitar, ou approvar o contracto.

O Sr. Leonel • — Eu não tenho íenvedio, visto que 'pretendo sustentar o contracto, senão ficar mal com ' muib gente a quem'quero servir: os habitantes da ' minha terra (de Coimbra) não querem ter uma bar-" leira entre Condeixa, e,Coimbra, e eu estou persuadido que elles a devem ter, não só-pôr justiça, mas por conveniência, e por isso eu hei de sustentar o 'contracto. A respeito desta barreira, alguns Srs. De

sempre direi maisalguma cousa aeste respeito. E'verdade que a farinha vem de Condeixa, mas comovem "ella? Conduzida ás costas de jumentos, porque a estrada não permitte outro transporte, e está em muito uiáo estado; isto também prova a necessidade da barreira, porque seni ella não pode haver a estrada, e quando os habitantes virem que podem fazer as suas conjiucções em carros, hão de ficar muito contentes, ,e ainda que agora fiquem muito mal comigo, tempo •virá em que fiquem bem. Como Gera justo que Coimbra não queira aquella barreira, quando esta estrada é aquella que mais despeza e trabalho dará á^empre-^,

za? Desde o-sitio chamado a volta de----.até Santa'

Clara é a maior inclinação que ha em toda a estrada;'e ou a empreza ha de fa/er a estrada por outra 'parte de novo, ou ha de desfazer aquella inclinação, em que tem de consumir grandes despezas; e então seria uma injustiça que tudo Jsto redundasse em beneficio

A respeito das expropriações, diz-se que devem ser feitas á custa da empreza ; isto é querer que o emprezario vá.comprar terras para delias fazer presente á Nação, e querer isto é querer muito, e nenhum de nós certamente se ia encarregar de fazer uma compra para.ficar sem o, objecto comprado; eu não sei a' quanto isto possa montar, porque já hontem ee disse que se não podia calcular, entre tanto não ha de-ser tanto como se receia, e em consequência parece-rrie que èsia nào é uma objecção.

Agora é preciso fazer algumas observações a rés-. peiio de outra iJéa. Disse-se que a estradi de Coimbra para Lisboa eslá excellenle, e que é uma das -melhores estradas da Europa. Eu já poiso, por experiência, dizer ao Sr. Deputado,.que se a estrada não «slá melhor do que estava no meu tempo, pouca com- j pá ração pode ter com as estradas da Europa; em algumas partes aonde esta. estrada é quasi horisontal pode estar menos arruinada, roas a menor despeza consiste em fazer o leito da estrada; a maior é ir cortar a pedra, e reduzi-la a pequeno tamanho para depois a lançar na estrada,. creio que em camadas de dezoito pollegadas. Ora, Sr. Presidente, estas despezas são muito maiores do que construir o leito; e se algumas partes da estrada estão muito arruinadas, como estarão outras? Ha occàsioes e.m que se não pôde passar, e é > preciso estabelecer pontes í é necessário • pois fazer alguns sacrifícios para que a final tenhamos estradas como as,de Inglaterra, que são as melhores ' Por consequência creio que não deve merecer consideração o dizer-se que aquella. estrada está boa, porque não o está. Também se lembrou que p artigo 6." da 3." secção .podia dar occasião a 'diflieuldades.: diz elle (leu). Disse alguém que se podia entender d'aqui que isto era um privilegio; mas uâo pode ter lagar

essa.intellig-encia porqBe a COQÍIHUSWO b remediou, e não haja receio nenhum. • •

• FiíerijnVse também algumas observações sobra o transito òa,estrada-pelos $1(109 por que vai atravessar; e eu creio que isto é multo interessante \ 'porque vai por parles da nosso território as rnais iniportjiites, ao mesmo tempo, que outrot vão com isto ter .muita mais .fácil communicação. Um Sr. Deputado disse hontem que embora se não altaraste nada, peio que Au. respeito ás barreira».de Cçimbra, mas que ficasse o Governo authorisado a «torva r queellaa senão poaessem. Se isto assim Sor., eu não posso convir em tal principio ; porque dizer á empreza que faça as barreiras, e depois ao Governo que lh'o-estorve, não acho digno. Outro Sr. Deputado entendeu que entre Coimbra, e Condeixa se não devia estabelecer barreira, porque «rã contrario ao contracto ,. que diz assim (leu). Desta maneira, Sr. Presidente,: dando-lbe tal intelligencia, não se podem pôr barreiras senão naatbmosfera; mus neste mundo é impossível. Por todas «stas razoes eu apjirovo o contracto , e desejo que elle se ponha em prática ; e ainda mais por outra razão. Os Negociantes Inglezes em Lisboa argumentam muito contra o estabelecimento de pautas nas-Alfândega.!, e ditem que não havendo communicações internas, receiam um contrabando geral; elles .choram a nossa desgraça a respeito de uma cousa, & para que elles anão cho» rem a respeito de outra passemos a fazer estradas, e assim ficam os Negociantes Inglezes muito tranqmli-sados (Risa).

O Sr. Lopes de Moraes : — Sr. Presidente, en pedi a palavra sobre esta negocio de estradas, quando vi que a discussão se tornava mais complicada, que sup-ponho devia ser; eu suppunha, apesar de pouco ver-ssdo em contractos, que isto era muito simples, apesar de pouco usado entre nós e pelo Governo, mas é muito entre particulares, isto é o mesmo que entre particulares se chama obra de empreitada ; ainda que •pequeno proprietário tenha feito contractos desta natureza muitas vexes, quando tenho querido que ré me faça um muro etc.; neste caso passo a chamar um perito daquella obra quequero fazer, e tracto com elle, isto é o que fez o Governo, tractou em nome da Nação com esse emprezario para lhe fazer uma estrada; e isto que se nos apresenta é o contracto resultado

Ò Sr. Sampaio Araújo: — Sr. Presidente., eu horç-tem pedi a palavra quando eslava fallando o Sr. Deputado por Guimarães, Ferreira de Castro; ern primeiro logar para dar uma explicação, respeito ao que elle disse relativamente ao que eu tinha preferido: creio que não fui'bem percebido pelo Sr. Ferreira de Castro, talvei por r(ie não explicar bem; stippdz o

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nobr* Deputado c|uí eti lanha eíigidw do èmpreztmo a obrigação de comcçit a estradi simultaneamente «m diferentes pontos, e que se tne havia respondido que,isso não era conveniente porque importaria dea-pezas maiores para a -fiscahsaçâo, sem interesses par» a companhia; todavia e» não dissa isso, c porque me não expliquei bem que o Sr. Deputado nau compte-bemjeu a minha exigência. A garantia que eti exibia era, que. todas as vezes que o emprezario suspendesse os trabalhos na forma consignada neste contracto , o Governo lhe suspendesse a recepção dos direitos de barreira i parece-me que isto era unia clausula muito justa, a não íiavendo.razão.plausível parasar rejeitada,' sendo ocon* tracto feito em boa"fé, ella devia subsistir; mas como o emprezario ,ã não a acceita assim , e a substitue por ^sla. outra de— se lhe suspendessem,ros direitos d« barreira findos os três ânuos, e que elie se obriga pot este contracto não estando concluída a obra, e sendo ,161o mais alguma garantia, pôde ser que pelo progresso da discussão eu me esclareça, e ainda vote pala contracto, visto que o meu voto uào está compromet-tido. • Em segundo logar tinha a fazer uma declara* çfio. respeito a nm additamento, que offereci ao artigo 2 ° da Secção 5.", aonde se, acha a palavra operários accrescerttana Nacionaes. A' primeira vista pareci» que eu era contradictorio, porque ao mesmo tempo qua disse votava contra o contracto fazia-lhe um addiia-mento; mas não. é assim : é possível que fossa abraçada a minha idéa pela maioria, e que eu votando " com a minoria, quanto ao contracto, ficava vencido ' quanto a essa votação da rejeição do contracto, mas «encedor'qtianto ao additamento. Ora respeito desta additamento, de serem Nacionaes os operários , um Sr. Deputado que se senta na extrema esquerda, im-i pugnou-o, e disse que não era preciso, porque o emprezario precisa de mestres que saibam construir es- . trarfas da forma que elle se obriga, e além disso qua ficasse ao Governo o direito de combinar com o emprezario a tal respeito quanto aos mestres que Iba convenham para dirigir os trabalhos, concordo que possam ser estrangeiros, quanto aos outros nào; eu mesmo passei a conferenciar com o empre^aiiio, e elle de bom grado se offereceu a admiltir o meu addita-; mento de sereia • 03 operários Portuguezes, só com a exclusão das pessoas que lhe sejam necessaras para dirigir os trabalhos, e tenho para isso na mão uma carta por elle escripta, a qual vou mandar para a Mesa (-leu ). Quero agora justificar a neces^idAde do meu additamento de que se declarasse que fossem Na-cionaes- os operários, e que nlo era bastante confiar isso ao Governo; peço licença a V. Exc " e ao Congresso , e que tenha paciência, e me permitia que eu aponte um exemplo. Em 1£47 faz-se uma lei de papel Sellado, e como 'se nào poz por condição que o-Governo faria sellar papel Nacional, o quê acoute- " céu íoi, que o papel qu« te sellou er* o estrangeiro, que foi oífender a industria o deixar na mizeria ao» fabricantes Nacionaes, e ao mesmo tempo facilitar a* íntroducção do papel sellado falso; por que eu creio» que a maior parte deste, vem de fora do Remo ; e este inconveniente nào aconteceria se por ventura ficasse prevenido na lei, que o Governo nào podesse sellar senão papel Nacional. Ora devo .dizer aqui, que por forma alguma quero censurar a.Administração.aciuaU são as Administrações transactas que assim RB comportaram; a Administração actual em'logar'de'cdntmuar desta forma , mandou estampar o sello em papel Nacional ; ora como eu tenho feito alguma opposiçâo ao contracto, isto é, Dalguns de seus pontos, o como o parecer que está sobre a Mesa, diz que não é senão1 par^ se approvar 011 reprovar, e que o emprezario'não1 admitte mais modificações, eu quero demonstrar que o parecer não é exacto, nào quero com isto fazer censura aos Srs. da Commissão, quero justificação ; ma3 o que vou'a dizer serve não só de justificação amim, mas aos Srs. Deputados que tem faltado no mesmo* sentido.

No primeiro dia da discussão disse-se, que não lia-» via senào approvar, ou reprovar; voltou o negocio á-Commissão, e appareceu uma modificação; apresen* tou-se o parecer, e repetiu-se a mesma linguagem; na1 Sessão de honlem , mas no decurso da discussão, S.' Exc., o Sr. Ministro do Reino apresentou uma mo-> d i fi cação ; foi outra apresentada pelo Sr. Ferreira de-Castro, e outra por mim; aqui estão" as vantagens que se tiram da opposiçâo rasoavel e justa, filha daconvic-1 cão dos Deputados, e da boa íê; ao menos da minha' parte o é, e acredito que o é também da. de todos os os outros Srs.; isto não é opposiçâo para que o con-> tracto se não approve; "porque eu creio que todos os Portuguezes tem desejos de que se faça esta estrada; estes desejos são tão fortes que não sei,qual será maior; a cujo respeito icspbnclo com Horacio=a=ma/a scabiei occupet extremum.