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Eu tinha tenção de explicai1 o meu voto a respeito da matéria de eleições em gera! : escolhi esta porque todas sãoiguaes; mas é-me- irnposivel faze-lo hoje, porque estou suinmamente incommodado. Ern consequência mando para a Mesa urna representação de 17 Eleitores do Collegio eleitoral do Algarve , em que notam as illegalidades d'esta eleição. Quando eu houver de fallar geralmente sobre as eleições, o que será em breve$ terei occasiâp de desenvolver o que sei a respeito d'esta : a Carnara m'o permitlirá com aquelle direito com que todos os dias aqui se fazem divagações.

O Sr. Presidente: — Não sei que destino a Junta quer que se de a esta representação, se quer que se lea.

O Sr. José JJstevão:— Eu espero tirar o trabalho da leitura ao Sr. Secretario, porque heide recitar o conteúdo d'esse requerimento quando me chegar a palavra; a hora está adiantada, falta-lhe um quarto de hora ( fbxes:— Já deu.) Em todo o caso, ou se dispense a leitura, ,ou não, peço que vá á Commissâo, porque quando a Carnara estiver constituída, hei de exigir do Governo a& informações necessárias a respeito d'esses factos. Eu entendo todavia em minha consciência, em boa doutrina constitucional, e apoiado pela boa pratica, que sem tal constituição estava no direito de pedir essas informações, apesar da doutrina absurda que em sentido contrario tenho visto sustentar d'aque!le lado.

Decidiu-se que a representação fosse á Commissâo.

O Sr. José Estevão: —-Sr. Presidente , se eu julgasse que podia influir alguma cousa sobre a reso-

lução da Camará o que tenho a dizer sobre Á eleição do Algarve, pediria á Camará que não votasse sobre elía sem me ouvir, ou tentaria um esforço só* bre a fraqueza da minha saúde para fallar; mas sei perfeitamente o que são estas discussões: o que quero é deixar na chronicá clássica d'este systema a historia d'e*tès acontecimentos , e então faltarei n'outra occasião.

O Sf. J. M. Grande: — A' vista do que disse o Sr. Deputado que linha reflexões a fazer sobre às eleições do Algarve, a Camará poderia deixar este Parecer para amanhã, passando ao i m medi alo. ( fo%es : — Não, não).

O Sr. José Estevão : — Eu sinto muito and ir dê algum modo a minha pessoa involvida nesta questão; a Camará não poupa nada, não pouca tempo de certo, em se votar já o Parecer, ou não; porque o que etí tenho a dizer sobre as eleições do Algarve hei dê dize-lo n*outra qualquer occasião.

O Sr. J. M. Grande:-^*A' vista da declaração» do illuslfe Deputado eleito pela Estremadura , parece-me que se pôde votar o Parecer, pára não perdermos'mais tempo com as eleições do Algarve.

Foi approvado o Parecer, e em separado a parte, relatioa ao Sr. Deputado eleito , Jtísé Manoel íld-telho.

O S/. Presidente: — A ordérn do dia para amanha 6 a continuação dos Pareceres das Cóminis-soes. Está levantada a Sessão. — Eram três hora» da tarde.

O 1.° REDACTOR j

3. B. CASTÃO.

N.° 12. Swsão preparatória em 22 te 3ulljo 1842.

Presidência do Sr. F. C. de Mendonça (Decano.)

C,,

hamada —'•Presentes 72 Srs. Deputados eleitos.

Abertura —A-, 11 horas e meia.

Ac\a — A pprovada.

O Sr. César de Pasconcellos: -^- Eu pedi a palavra antes da ordem do dia para ponderar que a experiência destes dias tem mostrado que, apesar da decisão que a Camará tomou de se abrir a Sessão ás dez horas, nunca foi possível abrir-se senão ás onze e meia , ou meio dia. Portanto vê-se que a maior parle dos Srs. Deputados têertr difficuldade cm comparecer nesta Safa antes desla hoía; e t1 n-" tão para que havemos de insistir em que' á Sessão só aura ás dez? O mal e só para aquelles Srs. que comparecem á hora marcada , e que andam duas horas a passear pelos corredores desta Casa sem proveito nenhum do Serviço Publico, nem das nossas eommodidades particulares. Desejava pois. que V.. iíx.", e a Camará attendcs-em a e.-4a circums-tancia, <_ que='que' de='de' comparecera='comparecera' vendo='vendo' tuas='tuas' hora='hora' uma='uma' ex.a='ex.a' ainda='ainda' senão='senão' srs.='srs.' meio='meio' mais='mais' torno='torno' experiência='experiência' francamente='francamente' se='se' essa='essa' então='então' para='para' declaro='declaro' não='não' mudasse='mudasse' vir='vir' _='_' a='a' os='os' ou='ou' aqui='aqui' vez='vez' ao='ao' aqueila='aqueila' p='p' farei='farei' deputados='deputados' v.='v.' dia='dia' uiai-3='uiai-3' goatum='goatum' srs..='srs..'>

O Sr. Silva dibraê: — Acho muito rasoayel o que YOL. 1.° —JULHO— 1813.

acaba de dizer o Sf. Deputado: è* \erdade, e lõdoa nós temos presenciado que apesar de ser apoiada geralmente a hora das dez para a abertura da'Sessão , não se tem reunido esta Junta Preparatória se hão ás onze e um quarto. .Mas agora pergunto: se se determinar que a hora da entrada seja ás onze, ou ao meio dia, quando nos reuniremos nós effècti-vairiente? Na Sessão passada vi eu que em primeiro lagar se marcou a hora das dez, depois as onze, depois o meio dia ; e quando aconteceu marcar-se esta ultima hora os Deputados vinham á uma ou duas. O que a experiência mostra é que apesar de se marcar uma 'hora áquelles que são exactos no cumprimento cios seus deveres tern sempre que passar por aquelíe inconveniente , que notou o Sár. Deputado; mas qual será o remédio para isto? Será marcar as onze? Marque-se, mas então vêr-se-ha, que só vem ao meio dia ... O mal não está ahi; e' preciso que cada um de nós conheça o seu dever, e que por consequência nos apresentemos aqui á hora marcada por es>t.a Junta (Apoiados}.

O Sr. Baptista Lopes: — Pedi a palavra para fazer um Requerimento que porá termo a este inconveniente , « por isso escuso de o motivar.