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linha visto que um Jornal que alli se chama o Nacional fallara deste discurso de um modo desabrido e inconveniente, mal diria eu, digo, que lançando a minha mão direita sobre outro Jornal desla Capital havia dc achar seguida por elle a meu respeito o syslema que seguira o Nacional de França a respeito de Mr. Guizot! ... Não e' porque me queira comparar nem remotamente com uma Illustração que dá honra á França que cu menciono esle caso; mas é porque quero fazer notar que as Opposições são em Ioda aparto a mesma cousa, venham ellas d'onde vierem. Sr. Presidente, vou lêr o artigo a que faço referencia, para que a Camara haja de vêr por si mesma e ajuisar se por ventura é ou não exacto áquillo que s-3 escreveu nesle Jornal. (Léu o artigo do Jornal— a Carla).
Sr. Presidente, esle Jornal chama-se a Carla (Sentimento de admiração na Camara'?) e basta... Não traclarei de commentar as primeiras observações que se fazem —sobre ornais ou menos bem alinhado das idéas — mas não deixarei de fazer sentir á Camara o pensamento que tem toda a Colligação com esse proposilo constante de lançar sobre os contrários o vicio e defeito do inlolerantismo, quando todos devem notar que as suas columnas veem empregnadas conslantemenle desse inlolerantismo. E aproveitarei esta occasião para dizer em explicação a algumas frazes que hontem empreguei; que eu não levantei a suspeita em syslema — não foram essas minhas intenções, não são' esses meos principios — sei o que se lem escriplo a sitnilhanle respeito, e lenho bastante, a sufficienle reflexão para escolher o melhor — o que eu disse bem clara, e teiminantemenle é que não estávamos em tempos do confiar somente cm palavras, e que por isso aguardava pelos factos. —Eis-aqui o que ainda hoje repilo, isto lodo o homem tem direito de fazer, isto não éduvidar de maneira alguma da rectidão das intenções de pessoa alguma. En sei muilo bem a respeito desse systema de suspeita o que lêem escriplo os Lamarlincs e Thiers.-Ese bem que nem sempre as doutrinas dessa Politica sejam admissíveis, com ludo eu concordarei nesle ponto absolutamente com as daquelles Sábios.
Depois de ler dado esta explicação, eu vou enlrar na questão, encarando-a corno perinit tirem as minhas forças debaixo de lodos os pontos de vista, poique foi combalido o Projeclo pelos illuslres adversários que se senlam na extremidade opposla. (Olhando para a extremidade do centro esquerdo).
Sr. Presidenle, eu linha dito que a queslão que se envolve no Projecto, tem duas partes: que a primeira parle diz relação a legalisacão do perlenlo, quero dizer, tende a legislar os Batalhões já creados: que a segunda parte contem a auctorisação para o futuro pedindo a faculdade para a creação de novos Batalhões. Disse que a primeira proposição envolve uma idéa complexa, eque esta idéa consiste—primeiro em se reconhecer que os Ministros que tinham excedido as suas atlribuições usurpando as do Corpo Legislativo não linham responsabilidade criminal, visto que obraram pelo principio da necessidade; assim como estabeleci segundo, que não somente elles eram dignos de ser relevados, mas igualmente de serem ap-provudas as medidas que linham estabelecido sobre esle ponto. Accrescentei que taes e tão graudes eram os serviços prestados pelos Batalhões, que acreditava que mereciam um grande testemunho de gratidão Sbssâo N.° 12.
da parle da Camara Legislativa; e ao mesmo tempo accrescentei que estando em igualdade de serviços não somente o Exercito mas o corpo da Guarda Municipal, e seu digno Commandante, este se tornava igualmente digno de que a Camara lhe prestasse um igual testemunho. Foi exactamente neslesenlido que euennunciei a primeira parle do que linha a dizer sobre os Batalhões. Mas não passarei á segunda parle que ésem queslão amais importante, sem que eu me .congratule com a Camara e com o paiz inteiro, por ver por uma maneira Iam glosiosa, e unanime resolvida uma queslão importante.
Sr. Presidenle, os Batalhões, como todos sabem, não somente foram alvo das maiores injurias, mas lambem a respeito delles, e da illegalidade da sua conservação s'enviaram representações a um Tribunal que nós não podemos reconhecer. (Apoiados numerosos) Em laes circumstancias não podia deixar dc se combater a maneira porque se procedeu; e o partido Cartista inteiro affirmou que não podia de maneira nenhuma deixar de se julgar em seu vigor o principio, porque tinham sido creados os Batalhões; porque os motivos para serem creados eram os mesmos em essência que reclamavam a sua conservação, e em segundo logar instou-se que qualquer que fosse o ponto ou inlelligencia do Direito Constitucional nenhum outro Governo, que o Governo do paiz era o Juiz competente para decidir esla queslão. (Apoiados) Sr. Presidente, o que vemos nós na discussão do Projeclo que se nos apresenta? Vemos d'aquelle lado, (o daOpposição) reconhecendo o mesmo principio de justiça, com que nós pedimos a conservação dos Batalhões, porque se concorda ainda agora na necessidade da conservação. Logo a própria Opposição veio reconhecer a illegalidade de tudo o que em contrario assevera a Imprensa, e seguira o parlido, que falsamente se diz liberal. Escuso de citar agora a represenlação que neste sentido se dirigio a uma certa Notabilidade: fique a gloria dessa vergonhosa marcha a quem tam pouco aprecia os foros da nacionalidade, mas congralule-mo-nos nós em ver recebida, e julgada provada pelo único Juiz competente a Nação inteira, a nossa excepção—de notória incompetência. (Apoiados numerosos) E um justo brazão de que deve timbrar o Parlido da Rainha. ( Apoiados)
Vamos agora á segunda queslão que se ventila, é a auctorisação para a creação de novos Batalhões. Os illustres Depulados dirigiram o fogo de todas as suas baterias contra esla parle do Projecto, e ata-caram-na de differentes maneiras. Primeiramente disseram que o Projecto era neste sentido inconstitucional, e disseram que era inconstitucional, primeira-meate porque atacava alguns artigos da Carla Constitucional ; em segundo lugar porque envolvia um voto de confiança, o qual era uma delegação do Poder Legislativo, delegação que nós nâo podíamos de forma alguma conceder.