O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

empregou; porque, Sr. Presidente, não nos devemos illudir, a Opposiçào só pelos seiís meios empregados pelos seus contrários, parecendo dar tissiiu a entender que ella esperou com os braços cruzados a sentença do paiz: não foi assim, Sr. Presidente, a Opposiçào trabalhou e trabalhou muito; se oGo« verno teve empregados que o auxiliaram, outros hos-tilisararn o Governo e trabalharam a favor da Op-posição, e pesados os recursos d'»m e d'outro lado não sei paia qual dos dous se inclinaria o fiel da balança.

FaUoo-se aqui em circulares do Governo sobre o objecto das» eleições : eu, Sr. Presidente, posso asse* verar a esl.i Assembléa que não recebi documento algum official do Governo a tal respeito. Fallou-ae •também em promessas de graças eempregos, eu declaro muito francamente

O que sei., Sr. Presidente, e que como já disse, -«s recursos fórum iguaes de parle >a parte ; os amigos do Cioverno reuniram-se, formaram Cormnis-soes, o partido da Opposiçào fez o mesmo, e se em alguns Concelhos onde tmimphou alista do Governo, houveram desordens também as houveram ern outros onde vingou a lista da Opposiçào, e citarei para exemplo Oliveira do Bairro, onde os votantes no próprio acto da eleição foram espancados pelos Secretaòos do candidato da Opposiçào que assim conseguis faser vingar a sua eleição.

A imprensa do Gove.no, e a imprensa da Op-posiçâo não estiveram ociosas, e não houve ca* lucnnia ne*n aleive que esta não levantasse aos seus contrários; nern isto admira, Sr. Presidente, cada época eleitoral tem a sua nota favorita, em 1810 era a venda de Portugal aos fnglezes, em 1842 foram as milícias e forae^, mas a Nação já sabe a conta em que deve ter estas cousas, e tanto n'urna como n'oulra época o Governo obteve uma considerável maioria.

Concluirei, Sr. Presidente, dizendo que o Governo não interessaria nas eleições senão por meios honestos e decentes, que eu como Aucloridade também não interessaria , e só empregaria os meios lê-gaes para manter a ordem e a liberdade no acto da votação; corno particular trabalhei naseleiçòe>, mas não usei de meios que aqui geralmente se tem reprovado: não houveram fal ilicaçòes, o que entrou na urna foi o que deila sahiu, nem eu jamais concorrerei para taes falsidades: os meus princípios a este respeito são bem fixos e invariáveis; antes das eleições é licito a cada partido trabalhar por levar

á urna os nomes dos seus candidatos, finas depois os nomes que entraram na urna são os que delia devem sã -h U1.

Se o iílustre Deputado me podesse provar o contrario, teria então empregado um forte argumento contra rniin, e contra a liberdade das eleições, mais as generalidades de violências e attentados que não existiram, bem mostra que nada ha a dizer, e isso tomo eu e deve tomar a Assemblea como «rn desabafo que outra cousa não é do iílustre Deputado ressentido de ter pela primeira veíí visto perdida a eleição em Aveiro, baluarte que o nobre Deputado .julgava inexpugnável.

Ò Sr. Marfa Coelho: — Sr. Presidente, eu re-queiro que se prorogue a Sessão até se votar este parecer; pois entendo que ainda não passou o tempo que o Regimento marca para a duração da Sés»-são. O Regimento diz: que se abrirá a Sessão ás nove horas, e se feche as duas : por tanto tendo-se aberto hoje a Sessão ás on^e horas, não deve fechar-se senão ás quatro para haver as cinco bofas de trabalho conforme o Regimento. Km consequência peço a V. Ex.a e á Camará tome em consideração o meu requerimento, a fim de se fazer alguma cousa; pois não sei o que parece estarmos aqui já á tantos dias sem se achar ainda a Camará constituída.

O Sr. Presidente: — O seu requerimento não se pode pôr a votação; porque não ha numero na Sala.

O Sr. Marh Coelho:—-Mas eu peço aos Srs* Tachygraphos-, que queiram tomar nota do mca requerimento, pana que os *aeu£ constituintes sai-bani que fiz o ineu dever.

O Sr. D. João:—Sr. Presidente, eu estou inteiramente conforme com o requerimento que o Sr. Deputado acaba de fazer, e corno não vi que alguém impugnasse o pareôer, julgo que seria bom por-se á votação para aproveitar tempo: eu estou persuadido em minha consciência, que ninguém impugnou o parecer; de futuro pode ser, mas do passado não.

O Sr. Silva Sanches:— Ainda ha quem queira impugnar.

O Sr. D. João: —Repito, requeiro que se ponha o parecer á votação.

O Sr. Presidente: — Não ha numero. A ordem do dia para amanhã, e' a continuação da discussão sobre o parecer das eleições. Está levantada a Sea-sào. — Eram mais de três horas da tarder

O 1.° REDACTOR,