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O Sr. ,/. M. Grande:—-Sr. Presidente, eu hei- quer que venham cá homens que tenham! u«na cerla

de responder ao primeiro e ultimo Srs. Deputados posição independente: e embora considere somente

que combateram a minha proposta, porque argu- o seu rendimento, lodavia é o necessário pa-ralviver

mentaram ; não hei-de responder ao segunda Ora- com independência.

dor que a combateu, porque quiz entrar nas mi- Mas por ventura, nos outros poJzes con-stitueio» nhãs intenções; mas que, entrando nas minhas in- naes em que os Deputados não recebam subsidio, tenções decerto as preverteu e apresentou não co- deixa de apparecer o verdadeiro i«erilo? Por ven-mo ellas são. lura o sysleira representativo íem ahi corrido risco Sr. Presidente, esta opinião não e minha de ago- por senão approvar que os Deputados tenha«v sub-ra, esta opinião e minha de ha muito tempo. Qoan- sidio? Por ventvira na Inglaterra e na França aon-do o Sr. Deputado Pilta de Castro (e sinto que es- de os Deputados não são subsidiados, deixa de lia-te Sr. não esteja presente, que poderia testemunhar ver Deputados independentes e dignos de se assen-istò mesmo) apresentou nesta Casa um projecto pá- 'tarem no Parlamento?

rã se reduzir o subsidio aos Deputados, eu pedi Mas diz-se •=. « argumenta-se com a França c

para o assignar, e se não o assignei, e' porque me Inglaterra e não ha paridade alguma entre estas

não achava na Camará quando foi mandado para nações e Portugal » — Talvez não haja paridade

a Mesa ; mas esta mesma opinião tinha tenção de entre a riqueza da França coro a do nosso Paiz ;

n apresentar, quando da Commissào viesse um parecer sobre este objecto.

Por tanto, Sr* Presidente^ não e para lisonjear ninguém, nem para s-egftír progíarmnas eleitoraes que hoje stnlenlo esta mesma opinião.

mas certamente ha uma grande paridade entre a das classes contribuintes de França, e mesmo d*In-glaterra, e as do nosso Paiz: e a relação na pró-priedade é objecto muito importante, que deve me-recer toda a attehção , e que a tem merecido dos

E nem acho

decoroso, ò lançar o-diosas intenções sobre o carac- Não e pof tanto para mover a popularidade; não

ler de um Deputado, que poderá ser tudo o que se e' para fazer echo com certos prograrnmas que se fa-

quizer, mas que não lern praticado a menor cousa zern lá fora, que eu apresentei este objecto. A Ca-

poronde mereça que se lhe lanctí um tal stygma — mara sabe que estas eram as minhas ide'as lia mui-

«Que a minha voz é o écho de certos programmas to tempo, e ha muito tempo que eu failei com mui-

que »âo apparecendo em alguns dislrictos» Eu não tos Srs. Deputados a este respeito; se senão discu-

a levantaria agora se se tivesse apresentado um pá- tiu o projecto a que já me referi, não e culpa mi-

recer da Conunissâo sobre o. objecto, o mesmo que nhã; eu desejava que se discutisse.

pretendia combater um dos caracteres mais hones- Mas disse-se, — « ? os que tendes tal subsidio, per-

los quê se senta nesta Casa, e que se tem querido tendeis diminui-lo para os vossos successores : e is-

á força insultar. (OSr. .4 -vi Ia : — 'Apoiado.) O Ora- (o não parece generoso, não parece justo, (ou

flor : — Ainda bem que esse caracter honesto e hon- quer que seja»). Porem não fazemos nós- o que cif-

rado apoia o que acabo de dizer.

clara a Carta? Não determina ella que a legisla-

Sr. Presidente, quasi que sinto ter mandado pá- tora pretérita fixe o subsidio para a legislatura que

rã o Mesa a minha proposta; não por considerar ha-de vir? Por consequência nós estamos no nosso

que não a podia defender, mas porque realmente direito em marcar o subsidio para a legislatura qu«

já di?so me proveio um dos maiores desgostos que ha-de vir, assim como esta o estará marcando-o

tenho soífrido desde que me assento nesta Carnara. (O Sr. Rebello Cabral: — Foi em argumento.) O Orador; — Argumentos não injuriam.

u Por ventura, disse um illustre Deputado, e'o

para a futura. Alérn de que houve vontade, e muita vonta

subsidio que tira a dignidade a quem aqui se as- eu propuz que o subsidio fosse redusido, não e' por

senta?»—Porventura, perguntarei eu, será o sub- economia. Que triste e miserável economia! Seria

sidio que dá também a dignidade ao Deputado? O essa uma economia que nada havia de produsir,

subsidio e' uma cousa muito insignificante para a não foi essa miserável idea a que me guiou ; foi

conservação da dignidade, e quem tiver essa digni- uma outra ide'a , uma outra consideração moral,

dade não ha de sustentar que a recebe do subsidio.

Eu não olho a questão pelo lado da economia ,

mais elevada, muito mais elevada do que essa pequena economra que dahi podia ou devia resultar. E bello certamente o campo em que -o Sr. Ro-

eu olho-a pelo lado da moralidade, pelo lado dos drigo da Fonseca Magalhães muito habilmente, co-principios. Se eu estivesse preocupado do mesmo mo costuma, collocou a questão, e confesso que es-receio do Sr. Fonccca Magalhães, de que urna vez tremeci quando ouvi dizer a S. Ex.a — K Pois que-admittidn a minha proposta, não vinha a esta Ca- reis fechar as portas ao mérito desvalido? » Não, mara o mérito desvalido, eu seria o primeiro a ré- Sr. Presidente, eu não quero fechar as portas ao

tira-la. Mas

Sr. Presidente, a Carta Constitucional envia a esta Camará quem tem o rendimento de 400^ reis. — Pobres não vem aqui sentar-se: a Carla não lho permitte. Por consequência o que eu proponho

poderá ser pouco para viver com grandeza, n/as e Presidente, ponliamo-nos na altura em que nos de-o sufficienle para viver com frugalidade ; e a fru- vemos collocar: estes trabalhos que deserapenha-

merito desvalido; mas todos os indivíduos que tiverem esse mérito, e que estiverem nas circumslan-cias da Carla, podem aqui vir, embora o s«b?idio se redusa.

« Mas é preciso remunerar estes trabalhos « Sr.

galidade lambem é uma virtude. Quem não tiver que comer, não vem cá. Quem não tiver que comer,

mós aqui, não se remuneram, não se podem retnu-rar por meio de um subsidio. Ai de nós se eiles não