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lê districlo onde as ordena acenas chegam uma ou duas vezes por semana, e ás vexes com sete e oito dias de intervallo.

O Sr. /. M. Grande: — Sr. Presidente, vatnos entrar n'este vasto campo de discussão ; vamos a discutir todas as despezas que se pretendem appli-car aos diversissimos serviços do Ministério do Reino. Mal pôde marchar assim a discussão, porque os Deputados, que lêem de fallar sobre o assumpto, lêem de fallar simultaneamente sobre um se m numero de cousas, e não podem faae-lo certamente com melhodo e conveniência da mesma discussão; rnas em fim está decidido pela Camará, que marche assim, e eu respeito muito a sua deliberação; mas parecia-me que teríamos marchado mais lógica e melhodicamenle , se discutíssemos ao menos por capítulos, porque em fim em cada capitulo haja muitas secções e muitos artigos , que podiam ser objecto de discussão simultânea , sem que todavia tivéssemos de entrar em considerações tão vastas, tão complicadas e tão diversas como e' forçoso a um Deputado, que quiser demorar-se n'esta discussão. Sr. Presidente, não e' a opposição certamente aquella que ha de detnorar a discussão do orçamento, como se pretende fazer crer, porque um Deputado da opposição veio aqui pedir, que se não infringisse o regimento, traclando.se de uma questão tão grave e tão solemne, e que se demorasse esta discussão por 24 horas : a imprensa periódica do Governo diz — que a opposição não quer discutir o orçamento — mas a opposição quer discutir o orçamento, e quer discuti-lo grave e seriamente ; é por isso que esse Deputado pedia pelo menos três dias para considerar aquiilo que a cornmissão só linha podido considerar em quasi ires mezes ; mas não importa façamos todos os esforços possíveis por estudar e confrontar este volume infolio com o extenso parecer da commissâo ; façamos Iodos os esforços possi-veis por fazer isto n'eslas 24 ou 48 horas, porque o nosso dever e o de discutir, é o de nos prepararmos para as discussões, e n'uma palavra, a Camará quiz que se discutisse assim ; mas bem vê a Camará, que a discussão não pôde marchar melhodica, regular e gravemente, porque não é possível discutir assim em montão lantos e tão graves assumptos; mas eu subrneltendo-rne á deliberação da Camará, vou Iractar dos diversos assumptos que se contem n'este qapitulo, e sobre o qual pretendo fazer algumas considerações, e dirigir mesmo algumas perguntas a S. Ex.a o Sr. Ministro do Reino. Bem sei, Sr. Presidenle, que se. lem dito, e agora aqui o ouvi, que em França se discute o orçamento em três, quatro e cinco dias; mas, Sr. Presidente, os orçamentos em França não se apresentam , como se apresentam os nossos, muitas vezes ate' infeccionados de graves erros, de grandes inexactidões, feitos uns sobre os outros, apresentando como apresentam quasi sempre uma decepção ; e sobre tudo em França estão os quadros fixados : ordinariamente nos orçamentos não lia senão duas grandes questões , a dos fundos secretos, e a dos créditos sup-plementares ; e não é assim entre nós, nem pôde ser, porque desgraçadamente ainda não discutimos um orçamento ; se tivéssemos discutido um orçamento bem e convenientemente , então era possível discutir todos os outros com uma certa brevidade ; mas os quadros não estão deterojinados, ha VQI.. ;$."_ M *uço — 1B15.

por consequência mii cousas sobre que se devera fazer considerações e considerações importantes, e põem-nos na dura necessidade de as fazer simultaneamente, de deitarmos (consinta-se-me a expressão popular) os bofes pela bocca fora. Hontem o Sr. Deputado Ávila depois de ter fallado hora e meia ficou em estado de não poder continuar; linha dado a hora, pediu que se lhe conlinuasse a palavra para o dia de hoje; prorogou-te a sessão; S. Ex.a não pôde conlinuar e senlou-se ; fez muito bem, porque elle não lem obrigação de morrer senão pela sua pátria, e não se tractava aqui de morrer por ella ; (riso) porque por fim fossem quaes fossem as considerações que S. Ex.a fizesse, e muitas fez elle, a que se não respondeu; disse-se lhe que se responderia ern outro logar, porque e costume de alguns Deputados da maioria, quando se apresentam questões graves e importanles, dizerem

— esperem para outra epocha, vem depois essa discussão, e fecha-se ! . . . Nós queremos disculir o orçamento, oxalá que a maioria o queira tanto, como quer a opposição, e creio que ha de querer, porque se a opposição quer o bern do seu paiz , a maioria não pôde deixar de o querer; mas o illus-Ire Deputado lá está já com uma severidade espantosa olhando para mim ; valha-rne Deus, pois já quer apagar a discussão?... (riso)

Mas vamos á questão, e é necessário que a Camará reconheça, que em lodo& os paizes é para a discussão do orçamento que se trazem as mai.s impor-lantes questões de administração e política; e nesta occasião que se devem disculir essas grandes questões. Vamos á questão dos governos civis, e em primeiro logar tenho eu a dizer, que me parece que se pôde introduzir nestes estabelecimentos uma grande economia, se acaso se admittir, como convém que se admitia, no meu enlender, ern Iodos os governos civis uma lithografia ou uma pequena lypografia, como já existe no governo civil deSan-tarem, com a qual o estado não faz senão a insi-gnificanle despeza de 193^000 reis. Uma lithografia ou typografia evila ou pôde evitar um grande numero de Amanuenses, os quaes são necessários nestas repartições »ob;eludo para se fazerem as circulares, e corno se sabe todas-as ordens dos governos civis são circulares.... ( O Sr. Silva Cabral: