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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

Sessão de 18 de agosto, pag. 249, col. 2.ª

O sr. Dias Ferreira (na tribuna): — Hontem tinha eu apontado á assembléa dois factos, ambos significativos de attentados contra a liberdade da urna, no circulo de Arganil, por parte dos delegados do governo. Esses pontos eram: a oppressão causada pela prisão de cabos de policia, retidos na cadeia durante muitas horas e até dias ás ordens da auctoridade administrativa; e os movimentos de tropas, sem motivo nem sequer pretexto plausivel que as podesse explicar. E conclui contando á camara o facto da subtracção do recenseamento feita pelo administrador da Pampilhosa, que, se tivesse tido logar dois ou tres dias antes, teria produzido o resultado infallivel de inutilisar a eleição.

Na occasião em que o administrador do concelho chegava á Pampilhosa, no dia 3 ou 4 de julho, prevalecendo-se da circumstancia de ser o secretario da administração o secretario da commissão do recenseamento, pedia-lhe o recenseamento original, suppondo que ainda não estavam tiradas as copias por onde se havia de fazer a eleição no domingo, e não o restituia senão posteriormente á eleição. Dizem-no as actas e dizem-no os delegados do governo.

Seguindo eu, como v. ex.ª sabe, o inalteravel systema de invocar contra o governo, alem de documentos authenticos, unicamente os officios, e as correspondencias dos seus delegados, invoco ainda n'este ponto os officios do delegado do governo, do substituto do administrador do concelho da Pampilhosa, porque o administrador effectivo feita a eleição, foi-se embora, como já disse.

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