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ser f u si lado quando não obedeça, mas um Official que diz, eu não posso, por este ou aquelle motivo, commandar aqui, e que este motivo e attendivel, todo o Ministro o deve dispensar; porque isto se não fez na Bahia, perdeo-se a Bahia; o Official que alli estava depois que se accumulou o Governo Civil ao Militar mandou dizer «eu não-posso, man* dem um Official que commandej inda que seja mais .moderno, que eu lhe obedeço; não se lhe mandou^ e a Bahia perdeo-se. Seguiu-se ao muito erudito Deputado por Aíeroquer, o Sr. Garrett, uma das pés- • soas com quem ha muito trate, não só cordialmen* te, mas com amisade, porque em todas as relações sociaes que podemos ter tido sempre n'elle encontrei benevolência: começou por justificar a posição que occupa n'esta Camará; não o censurarei eu por isso porque também sou tolerante; não censuro as opiniões de ninguém ; tenho dado d'isso continuados exemplos dentro e fora d'esta Sala (vozes—r é verdade) quando esta tolerância era um .pouco arriscada, foi d'aquelle Jogar que dei exemplos e provas de que tinha coragem para pugnar por essa tolerância. (Apoiados.) O Sr. Deputado começou'dizendo que a Administração nâò tinha feito um programam; sé o meu nobre amigo'entende um prograrnma" ápparatoso, cheio de llores, e de ornatos, a Administração não o fez, mas a Administração disse em si n gel-! à lingoàgem, uhica de que pôde. servir-se, que havia fazer cumprir, rigorosamente a Constituição, que havia distribuir justiça igual a todos os Pòrtu* guezes; e que havia concorrer para a feitura de todas as Leis que a experiência julgasse; necessárias:^ não e' um programma dourado, mas é a opinião simples r da. Administração, por tanto não houve programma, como o Sr. Deputado podia fazer^ um programma muito bonito, muito,benv combinado, mas houve uma expressão de ideas, e a essas ideas não ria de certamente a- Administração faltar (apoiados) rnas em quanto ao Sr. Deputado Garrèt só quero responder uma cousa, e vem a ser; quê o Sr. Deputado Garrett, que nas Cortes passadas fez uma moção, para que se mandasse uma Mensagem a r S. M. a Rainha, pedindo-lhe que pozesse termo quanto antes á guerra do Algarve (vozes==é verdade) recusa hoje ao Ministério um instrumento, um meio para acabar com a guerra do Algarve! !... (Apoiados.) Eu não me lisongeii^ que o Sr. Fontoura vá pôr termo á guerra do Algarve, já um Deputado mais experiente de que eu, e que fez a guerra 7 annos, disse que nem d'aqui a um anno ella se acabaria, mas entretanto é um dos meios que o Ministério entende deve empregar para acabar com aquella guerra; e o Sr. Deputado que ha 2'annos era tão zeloso pelo acabamento d'essas guerrilhas, nega hoje a esta pobre Administração, que ainda n-ão conhece, um Official destinado áquelle serviço! (Apoiados.) O Sr. Deputado não.eonfia na,Admi« riistraçâo; é possivel pela mesma razão que disse S. Ex.a o Sr. Fonseca Magalhães, a confiança não se incute, mas também não tem nenhum motivo para desconfiar (apoiados) e senão, assim como lêem pedido outras explicações, pecam-mas á este respeito, que eu responderei. Ç) Sr. Deputado que concorreo .comigo para a feitura da Constituição, condemnou muito o Artigo 52; a condemnação pode ser exacta, p'óde ser justa, mas porque não reclamou o Sr. Deputado contra aquelle .Artigo quando seTotpu?:==

( O Sr. Garrett: — 'reeldmei.) Mas foi vencido? Então respeite a Lei do Páiz. f/*bses^—muito bem, apoiados.) ~~

Sr. Presidente, fallou hoje n'esta matéria, com. o saber, com o°chiste. 4. (O Sr. Fonseca Magalhães:—'Chiste!) chiste, sim; S.Ex.a falia sempre com chiste; cousa que eu envejo muito; e não entendo com isso fazer-lhe injuria; com muito chiste, cousa que eu envejo, porque á solidez de suas razões reúne uma graça, que só Deos dá aos seus escolhidos (riso): disse que esta questão era simples, e muito simples; também eu assim julguei, e por fim ella tem-se complicado por tal modo, que já lá vão três dias de discussão, e não sei se está mais esclarecida.. ; não sei se está mais esclarecida.. .; porque entendo que quando á Camara^dos Srs. Deputados viesse uma Administração qualquer em nome do bem do Estado , pedir um Deputado, não para um Bispado, nem para um emprego de Fazenda, mas um.Deputado, um Oincial, para ir fazer a guerra ! um Official para ir commandar o seu corpo no Algarve, e alguns outros corpos, entendo eu, e torno à repelir, que não podia ser objecto de duvida, e^eu logo mostrarei como todos os. precedentes estão a meu favor, porque desde 1834 até hoje não tenho visto recusar senão a Commis-são dos cereaes ; e eu não tinha ainda a honra de ser Deputado, quando se tractou da questão do Sr. Marquez de Saldanha, mas certamente a opposição não foi tão renhida, nem tão continuada como tem sido esta. (Apoiados.) Veio também S. Ex.a o Sr. Fonseca Magalhães com o art. 51, e disse; que era claro, explicito, e positivo, é verdade; mas eu creio que tudo quanto está na Constituição, é claro, "positivo, e explicito, e que tanto se deve observar um artigo como os outros; o art; 51 da

.Constituição diz , que «os Senadores e Deputados, durante o. tempo sdas Sessões, ficam inhibidos do exercício de qualquer emprego ^ excepto do de Ministro e Secretario d'Estado » mas .o art. 52 diz «e salvo quando o exigir o bem do Estado»dá-se ou

, não esta condição no caso presente?, dá-se ; então á que vem esta opposição ? Se isto não é assim também dois e dois já não são quatro. S. Ex.a disse, ;que também conhecia a guerra, nem era possivel que deixasse de a'conhecer; porque, sete annos fez

,a guerra da Península; tem de mais a mais lido todos os livros militares, o que eu àccredito; mas S. Ex.a não havia achar em nenhum escriptor militar aquiilo que disse relativamente aos Francezes; os Francezes não tiveram práticos, e que lhe aconteceu? serem derrotados na Serra do Bussaco por não saberem a estrada por Poialvo ao Sardão ; não é verdade^ que _ ò General Massena não sabia essa estrada ?... (O Sr. Agostinho Albano : — Não é assim.) 'Não foi assim? O Sr. Deputado e' a primeira vez que aqui vem , não está certo na lingoa-gem parlamentar (sussurro) (O Sr. Agostinho *4l-bano : — Peço a palavra para uma explicação) s§ o Sr. Deputado tem documentos em contrario, que, os mostre, porque eu cedo ; mas a crença do Exercito Portuguez .é que o Marechal Massena perdeu á* batalha do Bussaco porque não conhecia a outra estrada, porque desde o m.ómento que teve conhecimento delia, flanqueou o Exercito Portuguez, e Inglez , e obrigou-o a retirar....

Continuou o mesmo nobre Deputado, dizendo",