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18 Diário da câmara dos Deputados

aliados, que representa o triunfo assinalado dos meus ideais.

Ninguém com justiça poderá esquecer que aos radicais se deve a propaganda da nossa participação na guerra.

Por último eu curvo-me reverente perante a memória daqueles que pereceram na guerra e perante os dirigentes de iodas as nações e exércitos aliados.

Honra às nações aliadas!

Disse.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Fazenda: - Sr. Presidente: Abstenho me de justificar a minha proposta visto que me parece que está no ânimo de toda a Câmara.

Leu.

Visto o seu carácter urgente peço dispensa para ela.

O Sr. Malheiro Reimão: - Sendo a primeira vez que uso da palavra, cumpro o dever de saudar V. Exa. Associo-me de todo o coração às saudações aqui votadas.

A hora já vai adiantada, e unicamente pedi a palavra para mandar para a Mesa um projecto de lei, consignando determinada regalia aos militares que tomaram parte na guerra.

Restrinjo a minha consideração, dizendo simplesmente que os soldados portugueses que lá fora combateram ao lado dos exércitos aliados merecem de nós todos que lhe paguemos uma dívida de gratidão, que contraímos para com êles, que aumentaram mais uma página à história de Portugal.

Êste projecto está assinado por vários Deputados. Para êle peço a urgência e dispensa do Regimento. Espero que a Câmara o aprovará, compensando de algum modo os trabalhos duríssimos que os soldados portugueses passaram lá fora.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O projecto foi lido na Mesa.

O Sr. Moreira de Almeida: - Pedi a palavra para fazer uma aclaração em nome dêste lado da Câmara. Nós sabemos, que os intuitos do projecto constituem uma homenagem muito justa e muito merecida por quem tanto honrou o nome português.

Porém, o projecto é bastante complexo; contêm dez artigos, que nós apenas ouvimos ler na Mesa.

Algumas dessas disposições afectam direitos criados. Ora isto não pode ser votado assim de repente pela Câmara.

Não sei o que o Govêrno pensa dêste projecto.

Não é intenção dêste lado da Câmara protelar a sua discussão. Mas nós entendemos que êle devia ser enviado com urgência à comissão de guerra, que daria o seu parecer e assim melhor o poderíamos discutir. A minoria monárquica entende que êsse projecto encerra uma alta intenção patriótica, mas entende, tambêm, que melhor seria estudá-lo e discuti-lo depois dêsse estudo, o que de certo era bom para todos.

O orador não reviu.

O projecto vai adiante por extracto.

O Sr. Egas Moniz: (Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros): - O Govêrno aceita com entusiasmo o projecto do Deputado Sr. Malheiro Reimão, Mas atendendo às considerações apresentadas pelo Deputado Sr. Moreira de Almeida, considera-as judiciosas. Como aliás o deputado proponente nos disse, a urgência não queria significar que seja votado imediatamente, mas foi requerida somente para não ter de ir para o Diário do Govêrno, etc.

Nestas condições parece-me estar de acôrdo toda a Câmara, e o Govêrno sente-se muito satisfeito por estar assim tudo de harmonia neste assunto.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Marcolino Pires: - Sr. Presidente: pedi a palavra, para declarar a V. Exa. e à Câmara que a maioria vê com toda a simpatia o projecto apresentado pelo Sr. Deputado Malheiro Reimão, mas o facto dêste lado da Câmara votar a dispensa do Regimento, não quere por forma nenhuma significar que o projecto entre em imediata discussão e se vote tambêm desde já.

A votação dêste lado da Câmara apenas quis evitar a publicação do projecto no Diário do Govêrno, mas não que êle não fôsse submetido a um ponderado es-