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12 Diário da câmara dos Deputados

tiveram de alma e coração ao lado dos aliados.

De entre essas nações destaca o Brasil (Apoiados) que merece a maior das nossas simpatias e uma saudação muito especial, porque o Brasil, que é a obra mais brilhante da nossa civilização, colocou-se devotadamente no lado dos aliados.

Vou terminar, mas antes, quero repetir que, com esta consagração dos aliados, fazemos tambêm a consagração da lialdade com que soubemos cumprir os nossos pactos internacionais.

Devemos tambêm lembrar os mortos, que caíram no campo de batalha ou que ficaram sepultados nos mares. tendo contribuído para a vitória com o seu heroísmo.

Disso Le Bon, no seu livro Hier et demain, que a batalha do Marne foi ganha, principalmente, pelos mortos.

E se, como afirma Le Bon, nessa batalha estivaram os mortos de Tolbiac, de Bouvines, do Marengo e de todas as glórias passadas da França, tambêm os mortos da nossa galeria tantas vezes secular do glórias estiveram a animar o heroísmo dos nossos soldados em muitos feitos gloriosos desta guerra.

Também muitos soldados nossos regaram com o seu sangue as torras mártires donde surgiu o clarão esplêndido da vitória. Devemos saudá-los aqui com um carinho especial, devemos elevar a nossa Mima numa saudação muito recolhida, cheia de enternecimento e de admiração para com êsses que morreram pela Pátria, e saudando, com todo o acolhimento do que as nossas almas sejam capazes, êsses que pela Pátria morreram, devemos partir dêsse instante de recolhimento, de meditação para pensarmos serenamente em todas as necessidades desta Pátria e procurar solvê-las o melhor que nos seja possível.

Tenho dito.

O Sr. Celorico Gil: - Sr. Presidente: no jornal O Dia, de 27 de Fevereiro de 1912, vinha o seguinte telegrama:

"Faro, 25. - No hotel, o Sr. Deputado Gil brindou à Inglaterra, afirmando que o poro português a venerava e odiava a Alemanha".

Comentário dêste mesmo jornal:

"Haverá de certo êrro nesta informação: um Deputado não poderia para saudar Sir Arthur Harding e a Inglaterra, deixar de dizer que o povo português... odiava a Alemanha"!

Sr. Presidente: o que eu disse num jantar para que tire a honra de ser convidado pelo Sr. Ministro inglês, Sr. Arthur Harding, foi que na hora do perigo, na hora grave para a Inglaterra, seria Portugal a única nação da Europa que estaria no seu pôsto ao lado da sua velha aliada, e assim foi, Sr. Presidente, que nas horas mais difíceis, nas horas mais amargas dessa luta tremenda que acabo de terminar, Portugal se pôs incondicionalmente ao lado da Inglaterra, nas, horas trágicas de Verdun.

Em 1913, ao discutir-se nesta casa o orçamento do Ministério da Marinha, eu disse ao Sr. Presidente do Ministério, de então, que empenhasse tudo quanto quisesse para armar 400:000 homens, para que no momento próprio, e que não leria longe, fossem auxiliar a Inglaterra.

O que ou desde logo garanti, é que êsses 300:000 ou 400:000 homens, eram soldados de primeira ordem.

Sr. Presidente: quem assim só mostrou desde logo amigo dos aliados, não podia deixar de levantar a voz nesta sessão, como o estão fazendo na homenagem à nossa velha aliada, a Inglaterra.

Sr. Presidente: vejo nuvens pesadas no horizonte do nosso país, vejo sombras terríveis a pairarem sôbre a nossa pátria digna de melhor sorte.

Preguuto, porque razão os comandantes dos navios de guerra surtos no Tejo, sobretudo o comandante do couraçado inglês Active, cumprimentou Portugal e o Govêrno português e não foi a Belém cumprimentar o Chefe do Estado?

Isto é imensamente grave!

Vêm comandantes de navios de guerra das três poderosas nações aliadas e os respectivos comandantes vão cumprimentar o Chefe de Estado e apenas um mandou o seu secretário deixar um cartão ao Sr. Ministro da Marinha.

Sr. Presidente: num jantar oficial dos comandantes dêsses navios brindou-se Portugal, o povo português e o nossa