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Sessão de 3 de Dezembro de 1918 9

e à suprema encarnação da sua alma heróica.

Sinceramente eu exclamava então: - Creio na vitória dos aliados, como creio em Deus! E a minha esperança, Sr. Presidente, não foi abalada, como nunca foi abalada a minha confiança.

Venceram as nações aliadas, e, com elas nós vencemos tambêm. Nesta hora saùdemo-las com unção e fé, curvando-nos perante a causa do direito e da justiça triunfantes.

Podemos ufanar-nos de termos servido a causa da civilização, da cultura da raça latina, a causa suprema da pátria.

Que orgulho deve ser o nosso de nos batermos ao lado da Inglaterra invencível, alma mater das liberdades públicas, nossa velha aliada, ao lado da qual obtivemos a vitória!

Com que profundo afecto o sangue português se derramou por essa pátria, que tem sido o maior guia do caminho progressivo dos povos.

Não posso deixar de saudar a América do Norte, com a qual estivemos em comunhão do ideais êsse admirável país, que tam rapidamente improvisou um exército para o trazer à guerra da Europa!

Prestemos homenagem à Itália, como é da nossa obrigação, falando da Itália e de Roma, não devemos esquecer que o espectáculo singular, que é o de todas as nações da Europa, mesmo aquelas que mais desafectas se mostravam à Igreja, só acercarem do Sumo Pontífice, que não tinha torça material, mostrando assim que a primeira fôrça do mundo residisse num homem, de cuja boca saíram as primeiras palavras de paz, e cuja justíssima indignação fulminou todas as misérias morais.

Não podemos nem devemos esquecer tambêm o Brasil, nossa irmã, cujas alegrias são as nossas e cujos dores são partilhadas por nós igualmente (Apoiados).

Não devemos esquecer igualmente a Bélgica (Apoiados). Não há nação, cuja lição seja mais proveitosa, cujo exército seja mais valente e heróico. O exemplo da Bélgica mostra que não há povos pequenos. O povo belga provou neste transe que é mais glorioso de todos os povos, o que uma nação não vale pela população que acumula, mas sim pelas virtudes que a enobrecem (Muitos aplausos).

Pregunto: o qne seria dos países pequenos sem o sacrifício da Bélgica, e o que seria do mundo sem o seu sacrifício?

A consciência universal não podia ser indiferente que êsse país marrasse; mas êle triunfou, felizmente.

Ao esfôrço dele jantemos o nosso, e deve dizer-se que, relativamente aos nossos minguados recursos, êsse esforço foi supremo.

Entramos aia guerra um pouco aventureiramente, sacrificando-nos com uma generosidade e com uma alegria que iguala o valor da nossa raça.

Combatemos nas trincheiras até morrer. Os nossos soldados conquistaram simpatias pela sua bravura e pela sua bondade. Sacrificamo-nos com os aliados, mas triunfamos com êles. Em Lille entramos vitoriosos como pioneiros da justiça, e estabelecemos a continuação histórica de espalhar pela terra as ideas cristãs que Wilson apregoa na sua famosa mensagem, fazendo curvar perante Deus todas as bandeiras dos aliados numa manifestação de fé nunca vista. Glorifiquemos essa fé do homem que é o representante duma Nação das mais poderosas do mundo, a mesma fé que tomou heróicos tantos dos nossos irmãos e que torna suave a memória da morte de dantes deles.

Devemos evocá-los, e êles que venham para nos inspirar, para nos ensinar que devemos sacrificar-nos pelos interesses nacionais nestas lutas políticas; êles que venham insuflar o seu espírito para resolvermos os tremendos problemas da Guerra.

Sr. Presidente: feito êste silencio que sucedeu ao troar dos canhões e ao fragor do maior conflito do mundo, é preciso que nos concentremos para aproveitarmos das lições da guerra. Pouco enxerga quem vê nesta guerra apenas uma simples luta económica.

A humanidade não caminha apenas a par dos interessas materiais; são a fé e a crença que iluminam a sua marcha.

Verificou-se que o homem tinha errado pondo de parte o passado, pois que um povo só caminha guiando-se pelas suas tradições e pelo seu pensamento religioso:

Se a democracia venceu deve declarar que o radicalismo falia.

Todo o mundo tinha os olhos fitos em Foch, êsse homem "que as fichas, radicais tinham pôsto em segundo plano; e êsse