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Sessão de 12 de Dezembro de 1918 19

pleno direito de o supor habilitado à responder a todas e quaisquer considerações. De resto, eu não tinha obrigação de comunicar a S. Exa. o que ia dizer.

Se eu pedi a palavra depois do Sr. Secretário de Estado do Interior, é porque não concordei com S. Exa., e se pedi tambêm a palavra depois do repto da maioria acêrca da sessão secreta...

O Sr. Almeida Pires (interrompendo): - A primeira pessoa que falou em sessão secreta foi o Sr. António Cabral. Declarei então que a maioria não tomava a responsabilidade dessa sessão.

O Orador: - S. Exa. há-de permitir que eu lhe diga que as cousas são o que são, e não o que nós queremos que sejam.

E certo que o Sr. António Cabral falou em sessão secreta, e estava até na minha intenção, antes de S. Exa. falar, de propor ao Govêrno de duas, uma: ou sessão secreta ou demissão, como se fez em França.

Preguntou-se, porêm, do lado da maioria, para que servia a sessão secreta.

Pois então não se trata da honra dum colega nosso, do prestígio do Parlamento inteiro?! (Apoiados). O Sr. Secretário de Estado do Interior deve prestar--nos aqui todos os esclarecimentos; se não tem documentos, há-de ter alguma cousa em que se estribou para pedir a prisão dum representante da Nação. (Apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. António Cabral: - A maioria há pouco é que nos reptou a que requerêssemos uma sessão secreta. Disse-se daquele lado da Câmara que se tivéssemos coragem moral que a requerêssemos; nestes termos, não podíamos deixar de a requerer.

O orador não reviu.

O Sr. Almeida Dias: - Dêste lado da Câmara não partiu nenhum repto.

O orador não reviu.

O Sr. António Cabral: - Então V. Exas. disseram que se tivéssemos coragem moral para requerer uma sessão secreta, que a requerêssemos, e isto não é um repto?

O orador não reviu.

O Sr. Correia de Oliveira: - Pedi a palavra para preguntar a V. Exa., Sr. Presidente, se está ou não aprovado um requerimento para se não prosseguir na sessão sem a presença do Sr. Secretário de Estado do Interior.

O Sr. Presidente: - Está aprovado.

O Orador: - Então pregunto: como é que estamos discutindo o mesmo assunto?

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Lial: - Sr. Presidente: isto é o Reino da Babilónia. O que nós queremos saber é se há ou não sessão secreta, e, não a havendo, quais são os motivos porque ela se não pode realizar.

Então um assunto desta natureza pode ser desconhecido para os membros do Govêrno em todos os seus pormenores? Não pode. Para nós é que os Secretários de Estado trocam impressões.

Êste assunto devem todos conhecê-lo do princípio ao fim.

É criminoso deixar-se, não sei quantos dias, preso nm Deputado, dando-se ainda a circunstância de estar funcionando o Parlamento. Não pode ser. Com a presença do Sr. Secretário de Estado do Interior ou sem ela, devemos continuar a discutir o assunto.

O orador não reviu.

O Sr. Garcia Pulido (interrompendo): - Não é só há vinte dias que pesa essa acusação infamante sôbre o Sr. Teles de Vasconcelos; há muito tempo, por acusações feitas na imprensa, que êsse homem. ..

O orador não reviu.

O Sr. Rocha Martins: - Esse homem? Quem é êsse homem?

O orador não reviu.

Levantam-se protestos do lado da minoria monárquica.

O Sr. Presidente: - Peço ordem. Trocam-se apartes.

O Sr. Presidente: - Sôbre o caso Teles de Vasconcelos, segando determinação da Câmara, não pode prosseguir mais o debate.

S. Exa. não reviu.