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6 Diário da Câmara dos Deputados

Devo dizer a V. Exa. que estou perfeitamente sentido. Há três meses seguramente que enviei à Mesa um requerimento pedindo diversos esclarecimentos a propósito da sindicância feita aos empregados do Congresso, e até hoje não me foram remetidos êstes esclarecimentos, o que sinto profundamente.

Em fins de Outubro enviei à Mesa uma nota de interpelação ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros. Segundo ouço dizer e vejo nos j ornais, existe uma crise ministerial, e eu entendo que é preciso que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros não abandone as cadeiras do poder Bem essa interpolação se realizar.

Chamo a atenção do V. Exa. para o seguinte facto que me parece muito importante. Foi aprovada há pouco no Parlamento a lei que era referente à sindicância aos diversos Ministérios. Não sei a razão por que essa lei não foi ainda publicada no Diário do Govêrno. Consta-me que já esteve na Imprensa Nacional e que foi retirada dali.

Parece-me que essa lei devia ter sido publicaria imediatamente.

O orador não reviu.

O Sr. Mem Verdial: - Comunico que se constituiu a comissão de ensino especial e técnico, que nomeou presidente o Sr. Aboim Inglês, e a mim para secretário.

O Sr. Domingos Cruz: - Peço a V. Exa. que me reserve a palavra para quando esteja presente o Sr. Ministro da Marinha.

O Sr. Hermano de Medeiros: - Como desejo dirigir-me ao Sr. Ministro da Instrução ou ao Sr. Ministro do Comércio e como V. Exa. me concede a palavra, eu vejo-me na necessidade, visto a ausência daqueles Srs. Ministros, de pedir a V. Exa. a fineza de solicitar a presença do S. Exas. nesta Câmara antes da ordem do dia.

Espero que S. Exas. não deixarão de comparecer, visto que as considerações que tenho a fazer são interessantes, e referem-se a assunto que demanda, talvez; uma resolução imediata.

O orador não reviu.

O Sr. Jorge Nunes: - Desisto agora da palavra, visto que desejo a presença de qualquer Sr. Ministro.

O Sr. Viriato da Fonseca: - E a primeira vez que tenho a honra de falar nesta Câmara e assim começo, cumprindo o meu dever, por dirigir a minha respeitosa saudação a V. Exa. à Câmara. Nesta minha saudação envolvo tambêm a colónia que eu aqui represento, e as colónias restantes e todo o povo português representado aqui por V. Exas. todos.

Eu apresento-mo nesta Câmara como Deputado regionalista independente. Não tenho nenhuma facção política.

Pretendo conservar-m tam sómente a dentro do campo que me está naturalmente indicado por aquela minha situação. Pugnarei sempre por tudo que seja para bem da nossa Pátria, afastado das contendas políticas que, sobretudo, nesta hora grave para a nossa Pátria, nunca trazem cousa boa.

Empregarei toda a minha boa vontade, toda a minha energia, no sentido do me manter neste âmbito que julgo ser ornais proveitoso neste momento em que todos nós, que estamos nesta sala, temos uma grande responsabilidade perante o País o perante a história. Todos nós temos o indiclinável dever de levantar bem alta a nossa querida Pátria que está atravessando uma terrível crise económica, financeira e social. Eu quereria que todos os portugueses de mãos dadas, num esfôrço único e solene, dispensassem a sua mais valiosa acção o seu mais profícuo trabalho, para o bem do País. Dar-me-hei por feliz se puder com o meu esfôrço intelectual, com a minha grande vontade de acertar, acompanhar S. Exas. nessa obra alevantadamente moral de que tanto carece o nosso Portugal.

Se assim suceder, sairei daqui contente e irei beijar os meus filhos com aquela alegria que é própria dum homem honrado que cumpre o seu dever.

Na minha qualidade de militar, permita-me V. Exa. que eu satisfaça um desejo que ainda não tive ocasião de realizar em assemblea tam brilhante como esta, qual é o de significar o meu grande respeito e admiração pelos meus valentes camaradas que nos campos da França e em África, se bateram em prol da honra, da