O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 19 de Dezembro de 1919 19

verdadeira lista restauradora, que não quere dizer do restaurante, apresentada para ordem da noite. O meu requerimento foi para que entrasse na ordem da noite o orçamento do Ministério da Guerra; requeri nesse sentido e mantenho o meu requerimento, esperando que seja votado.

O Sr. António Granjo: - Sr. Presidente: isto não passa duma tempestade num copo de água. A questão resume se na seguinte: dois Deputados fizeram requerimentos, (Muitos àpartes), e o Sr. Presidente não cumpriu o Regimento.

(Muitos àpartes).

O Sr. Afonso de Macedo: - Isto é um espectáculo triste!

(Muitos àpartes).

O Orador: - Não falo emquanto V. Exas. não se calarem...

Estou certo de que o Sr. Presidente não teve o propósito de maguar a minoria liberal ou qualquer grupo do Parlamento, mas o facto é que ficou prejudicada a minoria liberal.

Sr. Presidente: o Regimento não foi cumprido, e não foi cumprido contra a minoria liberal.

O Sr. Presidente: - Não foi contra a minoria liberal, foi contra a maioria democrática; visto que o primeiro requerimento era do Sr. Estêvão Águas.

O Orador: - O acto de V. Exa. é arbitrário, está fora do Regimento! Mas não convêm insistir sôbre um caso dêstes.

Parece-me que a Câmara liquida a questão pondo-se à votação o requerimento do Sr. Eduardo de Sousa e, depois, o do Sr. António Fonseca.

É o que se devo fazer.

O Sr. Cunha Lial (para explicações): - Propositadamente, o Grupo Parlamentar Popular conservou-se exterior até êste momento ao incidente. Tambêm o caso não era para outra cousa.

Se alguêm aqui apresentar um requerimento pedindo que a Torre dos Clérigos seja transferida para êste lugar, êsse obrigar-me-ia a rir.

Trata-se, agora, duma questão de lana caprina, que concorre para o descrédito do Parlamento. (Apoiados. Não apoiados) O que o meu Grupo tem a fazer é simples: juntar as suas instâncias à de toda a Câmara pedindo ao Sr. Eduardo de Sousa que retire o seu requerimento.

O orador não reviu.

O Sr. Eduardo de Sousa: - Isso é que eu não retiro!

O Orador: - Ainda eu achava perfeitamente legítimo que o Sr. Eduardo de Sousa requeresse que não houvesse férias parlamentares a fim de ser discutido o orçamento; agora para se discutir e votar esta noite o orçamento do Ministério da Guerra, é caso picaresco!

Contra o seu requerimento lavramos o nosso protesto. (Apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Creio interpretar o pensamento da Câmara, para não se estar a protelar inutilmente os trabalhos, e demonstrado que de nenhum lado da Câmara houve intuito de melindrar quem quer que fôsse, propondo que se dê como não votado o requerimento do Sr. António Fonseca, continuando-se a votação dos requerimentos que faltam.

Foi rejeitado o requerimento do Sr. Estêvão Águas.

O Sr. Estêvão Águas: - Requeiro a contraprova.

Fez-se a contraprova. Confirmada a votação anterior.

Seguidamente foram lidos na Mesa, e rejeitados pela Câmara, os requerimentos dos Srs. Domingos Cruz e Eduardo de Sousa.

O Sr. Presidente: - Vou dar a palavra aos Srs. Deputados que o pediram para antes de se encerrar a sessão.

O Sr. Ministro de Instrução Pública (Joaquim de Oliveira): - Pedi a palavra, para solicitar de V. Exa. o favor de submeter à deliberação da Câmara o requerimento que fiz nesta sessão quando a ela presidia o Sr. Domingos Pereira, para entrar em discussão a proposta de lei n.° 221 para pagamento a professores e demais pessoal...