O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

de 28 de Janeiro de Í930

que dele fizessem parte bons e autênticos republicanos. Mas se no Governo entrasse alguém que pelo povo fosse tomado como afecto ao movimento sidonista, então já não podia garantir a fidelidade da guarda republicana, porque dentro desta havia muitos oficiais e sargentos que tinham sofrido cruelmente os martírios infligidos pelos sidonistas. (Muitos apoiados). E embora isto fosse contra os princípios militares, era humano que soltasse para fora da farda essa explosão de raiva, se vissem voltar ao Poder homens que os tinham feito sofrer e a suas famílias. (Apoiados).

Então o Sr. Barros Queiroz teria respondido naturalmente o seguinte:

Que não aceitava a forma de ver do Sr. general Mendonça e Matos, visto que representava uma condicionalidade. Queria que a guarda republicana estivesse ao lado de qualquer Governo, e jamais aceitaria em submeter os nomes dos seus Ministros à sanção da guarda republicana. Por consequência, desde que lhe não era garantida a incondicionalidade da guarda, declinaria o encargo de formar Ministério, por só reconhecer ao Sr. Presidente da República o direito de os nomear.

Não há dúvida que a resposta do Sr. Barros Queiroz encerrava uma sã doutrina. Pena foi que S. Ex.a, de princípio não começasse por não consultar o comandante da guarda republicana. A resposta foi boa, mas não foi adequada ao momento, porque o Sr. general Mendonça <_3 também.='também.' restrição='restrição' de='de' bastante='bastante' saber='saber' do='do' apenas='apenas' ameaça='ameaça' declaro='declaro' fez='fez' consciência='consciência' barros='barros' em='em' fizessem='fizessem' exército='exército' sr.='sr.' ao='ao' republicanismo.='republicanismo.' eu='eu' eram='eram' novos='novos' guarda='guarda' prolongados='prolongados' que='que' fé='fé' tinha='tinha' prova='prova' unia='unia' fazer='fazer' uma='uma' ministros.='ministros.' queiroz.='queiroz.' pejo='pejo' general='general' essa='essa' muitos='muitos' mondonoa='mondonoa' mendonça='mendonça' disso='disso' queria='queria' não='não' oficiais='oficiais' fidelidade='fidelidade' à='à' a='a' os='os' e='e' apoiados.='apoiados.' afervorado='afervorado' português='português' estimaria='estimaria' matos='matos' o='o' p='p' condicionalidade='condicionalidade' representava='representava' republicana='republicana' quem='quem' minha='minha' todos='todos' da='da' quanto='quanto'>

Havia pouco tempo ainda que tinham sido feitas as perseguições pelos carrascos sidonistas.

Como admirar, então, que as vítimas vendo alguém, apodado, embora injusta-

mente, de ter sido conivente nos actos sidonistas, ascender às cadeiras do Poder} não quisessem protestar?! (Apoiados).

Se o Sr. Barros Queiroz ine tivesse feito a mesma pregunta que fizera ao Sr. general Mendonça e Matos, ter-lhe-ia respondido da mesma forma! (Vibrantes apoiados).

Quando o Sr. Barros Queiroz disse ao Sr. comandante da guarda republicana que ia renunciar a formar gabinete, o Sr. general Mendonça e Matos observou-lhe que sentia profundamente esse facto, tanto mais quanto era certo que S. Ex.a lhe merecia toda a consideração e os nomes escolhidos para gerir as diversas pastas eram, com certeza, o de homens republicanos da sua confiança.-

Se as afirmações que acabo de expor são a absoluta expressão da verdade, o caso fica completamente esclarecido.

O Sr. Barros Queiroz há-de ser hoje o primeiro a reconhecer que interpretou mal as palavras do Sr. general comandante da guarda republicana.

O Sr. Barros Queiroz não conhece, certamente o Sr. Mendonça e Matos.

Conheço-o- eu, porém, desde o tempo da infância.

Apreciei-o bem a seguir ao ultimatum da Inglaterra.

Foi meu companheiro de conspirações até a proclamação da República.

Não possue ele temperamento combativo, mas dentro da sua esfera de acção deu sempre alento aos conspiradores pela causa republicana.

Conservou-se sempre alheado das partidos e foi exactamente por isso que, com sacrifício próprio, assumiu o comando da guarda republicana.

O Sr. general Mendonça e Matos, sendo comandai?te da divisão no tempo do deêftmbrismo, não acatou uma ordem das juntas, declarando altivamente que não conhecia juntas, e só Governos.

Não são homens desta natureza que fazem afirmações levianas ou apresentam condicionalismos disfarçados em ameaças. (Apoiados).

Sobre isto se bordaram várias atoardas, a que o Sr. Deputado António Granjo disse que não dava crédito, como a de que a guarda republicana |tinha um Ministério seu.