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de 23- de Janeiro de 1980

2.a Está o Governo na disposição de cumprir e fazer cumprir a lei que proíbe o jogo?

3.u

São estas as proguntas que desejo fazer ao Sr. Presidente do Ministério.

Esta declaração, Sr. Presidente, foi bem ponderada, se mio por todos os membros que compõem a minoria socialista, porque alguns não estavam presentes, estou todavia autorizado a falar em seu nome.

Relativamente à entrada do Sr. Ramada Curto para o actual Governo, estamos convencidos de que S. Ex.a cumprirá com o que foi dito na sua apresentação e se o não fizer sairá do Partido Socialista.

Mantemo-nos, portanto, na espectativa.

O orador não reviu.

O Sr. Manuel José da Silva (Porto): — Sr. Presidente: sintetizando a minha maneira de ver eu mando para a Mesa um documento e desisto da palavra.

Foi lida na Mesa a declaração 'do Sr. Manuel José da Silva (Porto}.

É o segusnte:

Declaração

A declaração apresentada à Câmara quando da apresentação do Governo Sá Cardoso encerra doutrina e a tática que julgamos dever seguir perante o Governo que acaba de se apresentar presidido pelo Sr. Domingos Pereira.

Não regateamos o nosso apoio às ideas o medidas que o Governo propuser, como não lho oferecemos, não obstante estar no Governo um Ministro socialista.

A nossa atitude parte do princípio da não cooperação do partido no poder, e os que entendem e praticam em contrário não é que estão em dissidência; não nós, que nós temos a imensa maioria da opinião parti* lária e das massas operárias em geral. Para nós está no Governo um socialista, que consideramos e respeitamos, mas não um representante da vontade do nosso partido.

E fazemos votos porque o Goyêrno seja feliz no desempenho da sua importante missão. — Manuel José da Silva — António Francisco Pereira.

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O Sr. Sá Cardoso : — Sr. Presidente: as declarações feitas pelo leader do partido a que tenho a honra de pertencer dispensavam-me naturalmente de falar a propósito da apresentação do novo Gabinete, mas mal pareceria que, cabendo-me a palavra nesta altura, não saudasse, em meu nome individual, esse Governo, e mal ficaria com a minha consciôncia se não rendesse a homenagem do respeito e consideração devidos aos homens que ora ocupam as cadeiras do poder, meus amigos pessoais, alguns de infância, companheiros de cárcere nos tempos ominosos do sidonismo, correligionários de altíssimo valor, destacando a figura insinuante do Sr. Dr. Domingos Pereira, a quem me ligam indissolúveis laços de amizade.

Mais porem do que tudo isso, constitui razão para a minha saudação o facto de pertencerem a esse Governo dois queridos colegas do Gabinete a que presidi, os Srs. Melo Barreto e Helder Ribeiro. Apresento deste modo a minha saudação ao novo Governo, e individualmente lhe ofereço o meu incondicional apoio. .

Falo, incidentalmente, nesta ocasião, obrigado pelas palavras proferidas anteontem nesta casa pelo Sr. António Granjo. E antes de entrar propriamente no assunto, cumpre-me agradecer a S. Ex.a a fornia gentil como se houve na discussão, não me querendo melindrar, embora, aliás, eu desde logo o convidasse a pôr-se à vontade, para tratar o assunto como melhor entendesse.

O Sr. António Granjo tratou da constituição dos Ministérios Fernandes Costa e Barro s Queiroz, bordando considerações especiais sobre cada um deles.

Afastar-me hei por completo de fazer considerações políticas, mas não me esquivarei a elas se tal for necessário.

Vou apenas relatar sucintamente, e o melhor que possa e saiba, tudo quanto só passou, não só para elucidação da Câmara, mas do país iutoj.ro, que precisa saber bem como os factos se desenrolaram para formar um juízo seguro.