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Diário da Gamara dot Deputado»

se levanta na atmosfera desta cidade, e por mais que a muitos, cause engulhos, hei-de sempre assegurar que nela vibra e palpita a alma republicana (Apoiados), como uma criatura que enriqueceu durante a guerra e ainda actualmente anda entregue a importantes operações mercantis.

O Sr. Américo Olavo (interrompendo]: — Eu tenho' a certeza de que o Sr. Álvaro de Lacerda é pobre.

O Sr. Ladislau Batalha (aparte}: — Então houve'engano! (Risos).

O Orador:— Sou sempre meticuloso nas minhas afirmações que envolvam pessoas o factos.

E tam cauteloso íurno momento presente, que me limitei a reproduzir uma informação colhida da tradição oral; mas a pessoas idóneas, que até agora não declinei, igualmente o ouvi e estou certo de que tomarão a inteira responsabilidade.

Mas o que a princípio relatei acerca do Sr. Álvaro de Lacerda, que não conheço e cuja existência ignorava, foi o que recolhi da opinião públina.

O Sr. Eduardo de Sausa: — Da opinião pública da brasileira.

O Sr. Garios Olavo:—*&O que compreende V. Ex.a por opinião pública?

*

O'Orador:—Estranho e admiro a interrupção e a pregunta.

Tudo isso se ensina na escola primária e não me sinto com paciência bastante para professor.

No emtanto por mercê singular, e se V. Ex.a necessita ou deseja aprender, terá o incómodo de me procurar em toda a parte, menos no Parlamento!

Trocam-se apartes. i

O Orador: — Já disse e repito, com a segurança e franqueza que me caracterizam,, o que a tal respeito devia, sem nada mais acrescentar, mas é preciso que se frize e assinale, não é lícito a ninguém interpretar forçada e erroneamente as minhas palavras ou desvirtuar a sinceridade das minhas intenções-.

Se alguém pudesse íicar confundido com o aparte do Sr. Eduardo de Sousa, só

poderia ser S. Ex.a que, pela sua costumada frequência, pertence igualmente à opinião da «Brasileira».

O Sr. Eduardo de Sousa:—O que eu disse foi que V. Ex.â não falava por conhecimento próprio, mas sim pelo que ouvira dizer na «Brasileira».

O Orador: — Seja então assim, mas o que posso garantir em resposta é que aprecio deveras as opiniões dos cidadãos honestos que frequentam esse «centro».

É aí que se reúnem os corações generosos que batem forte e sinceramente pelo ideal que procuramos servir com dedicação afectiva; é aí que se propaga a verdadeira doutrina republicana, é aí emfim que as instituições têm dos seus melhores e mais intransigentes defensores. (Apoiados).

Sussurro*.

O Orador: —Mas desfeito este ligeiro incidente, êsíe leve borrifo que não molhou ninguém, vou prosseguir nas minhas considerações.

Dizia eu, Sr. Presidente, que a forma, como se solucionou a crise é mais uma demonstração de que não medimos a gravidade do actual momento histórico e que não sabemos ver o que nos rodeia de trágico e de avassalador sob os pontos de vista económico e financeiro, dando-me a impressão de que os figurantes da nossa scena política se entretém, num completo desconhecimento do perigo, a dansar sobre, a cratera iuceridiada dum vulcão.

É agora a altura de acudir à exigência dum ilustre Deputado da maioria...

O Sr. Carlos Olavo : —Perdão ! Eu não exigi nada!

O Orador:—V. Ex.a está sempre a pedir que o ilucide.

Ainda desta vez o vou fazer.

Reclamou no decurso do debate, de mim a explicação da falta do concurso de todas as correntes políticas no presente Governo.