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Sestão de 24 de Fevereiro de 1920

cacos! Estou numa escala zoológica muito acima!...

O Orador : — Á escala que S. Ex.a pertence pertencemos todos nós.

Vou agora ler à Câmara uns dados que tenho em meu poder sobre o quanto é onerada a mercadoria transportada nas linhas do Estado. Devo dizer que reclamação efectiva é única e exclusivamente a que deriva da execução do artigo 1.° da proposta do Sr. Jorge Nunes, e a qual importa em 1:890 contos, visto que a subvenção é temporária, que pode amanha substituir-se, eliminar-se, modificar--se, diminuir-se ou continuar.

Ás tarifas que o Ministro tem de aplicar, não só para satisfação das reclamações dos ferroviários, mas para cobrir o déficit da exploração, onera a mercadoria da forma por que eu vou ter a honra de ler à Câmara. E à imprensa que me ouve, que está nosta casa para transmitir lá fora a verdade do que aqui se passa, eu peço encarecidamente que tome conta destes números, para que, dada a hipótese dalgum mau português — não quero fazer outra classificação—fazer repercutir, numa ambição desmedida de gozo, aquilo que eu vou dizer, seja prevenido o público em quanto ele pode ser de facto onerado, para se não deixar roubar com os excessos apregoados pelos ambiciosos, sob o pretexto do aumento das tarifas.

Peço, por um bocadinho só que seja, a atenção da Câmara.

Adubos transportados do Barreiro a Beja, o aumenta resultante por quilograma é de...

O Sr. Vergilio Costa (interrompendo)1.— £ Sobre passageiros V. Ex.a pode-me dizer se também, pagam por quilograma ?

O Orador:—Se isso constitui uma esperteza, não lhe respondo.

t O Sr. Vergilio Costa: — Não ó esperteza, é simplesmente porque V. Ex.a não falou em passageiros.

O Orador:—Não admito a V. Ex.aque me faça preguntas dessa natureza, porque eu não era capaz de as fazer a V. Ex.a

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Quando a um homem que, como eu, prima em ser correcto na sua argumentação e não melindrar ninguém, se faz uma pregunta como esta, se um passageiro paga por quilograma, se não ó brincadeira, tem outro nome que não quero aqui dizer.

Sr. Presidente, quando se apregoa que se discutem aqui as cousas com pundonor e se interrompem os homens da forma como acabo de ser interrompido, dá vontade a uma pessoa de se calar e é o que eu faço.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe fo~ ram enviadas.

Os apartes não foram revistos pelo oradores que os fizeram.

O Sr. Vergilio Costa (para .explicações) : — Sr. Presidente: depreendi que o Sr. Aresta Branco terminou as suas considerações por uma pregunta que lhe fiz. Não vejo razão para tal.

Como S. Ex.a falou sobre tarifas a aplicar a diversas mercadorias e não falou em passageiros, preguntei qual o critério a seguir para cam os passageiros, visto que para estes se não pode seguir o mesmo critério de cálculo por quilograma.

O que preguntei a.S. Ex.a foi o que pensava sobre tarifas para passageiros; parece-me portanto, e » Câmara apreciará, que nesta minha pregunta não houve razão de ofensa para S. Ex.a

Parece-me Sr. Presidente, que na minha pregunta não houve nenhama razão para S. Ex.a se considerar ofendido, nem motivo para que S. Ex.a terminasse as suas considerações.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: eu não desejo usar da palavra nesta altura, tanto mais que entendo que já era tempo de ouvirmos o Sr. Ministro do Comércio sobre o assunto que se ventila e que está em discussão.

O orador não reviu.