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Diário da Câmara do»

V. Ex.a, entregando-lhe as suas reclamações, levaram ao Conselho de Administração uma cópia, sendo por eles mesmo dito que S. Ex.a o Ministro tinha recebido as suas reclamações directamente.

O Sr. Júlio Martins:—V. Ex.a dá-me licença. Desejava que V. Ex.a me dissesse se tinha sido pedida a Opinião do Conselho de Administração.

O Orador: — No decurso das minhas considerações eu satisfarei o desejo de V. Ex.a

O Sr. Ministro do Comércio, antecessor do actual, mandou as reclamações ao conselho cora este despacho: «Para o conselho informar*.

A comissão executiva enviou imediatamente para as duas direcções, Minho e Douro e Sul e Sueste, as reclamações dos ferroviários, para que dissessem o que pensavam sobre o assunto, e em quanto importavam as despesas resultan-tes da satisfação dessas reclamações.

Esto trabalho, ó claro, demorou algum tempo, e, exactamente nesse meio tempo, deu-se a crise do Governo da presidência do Sr. Sá Cardoso.

Chegada ao conselho a informação das direcções, o conselho reuniu e deu o seu parecer para S. Ex.a o Ministro, havendo até,o compromisso do Sr. Presidente do Ministério de que, logo que estivesse feito o levaria pessoalmente ao Sr. Ministro do Comércio.

Assim sucedeu; levou-o no próprio dia em que "a comissão de melhoramentos dos ferroviários ia pedir que sustasse o envio desse parecer, porque lhe constava que o Sr. Ministro do Comércio demissionário não resolveria o assunto, para o entregar ao Ministro do Comércio de qualquer Q-ovôrno que se formasse.

Por fim o parecer voltou para a comissão executiva do Conselho de Administração e sem modificação alguma passou para o novo Governo.

Eu tenho 58 anos, e sei quantos documentos se perdem neste momento- de confusão, de cumprimentos, etc.

Levou-se ao Sr. Ministro do Comércio o parecer bordado sobre informações das duas direcções.

Eu, pessoalmente, como já disse, desejaria que a estructura da proposta de lei fô&sê diversa.

Sr. Presidente: eu tive o prazer de comunicar os meus desejos aos próprios ferroviários, mas eles argumentaram que há muitos meses que esperavam e que em qualquer momento qualquer revisão de tabelas levaria muito tempo que a classe não podia comportar pela miséria em que a sua maioria estava vivendo.

Por mim, e como membro do Conselho de Administração e entendendo que o projecto devia ter outra estrutura, eu todavia não tenho diívida em o aprovar, pois eu entendo que os ferroviários pedem com muita razão e muita justiça.

Não admira que a proposta tenha sido combatida, mas nenhum dos argumentos aduzidos modificou a minha opinião . . .

O Sr. Vérgílio Costa: — É que V. Ex.a não ouviu todos.

Orador: — Vamos a ver se eu, não tendo ouvido todos, sou capaz de responder até aqueles que não ouvi.

Eu sei que alguns Deputados entendem que ela não vem acompanhada dos elementos de informação que devia trazer.

O argumento colheria, se a Administração dos Caminhos de Ferro do Estado não fosse uma administração autónoma e, quando lhe pedissem contas, não pudesse responder perante o Parlamento sobre o que pensa em relação à influência no país, sob o ponto de vista econó-mio, das redes ferroviária do Estado, e aproveito desde já o ensejo para responder a algumas considerações dos Srs. João Canloesas e Virgílio Costa; com respeito ao primeiro sobre a hipótese de que votaria, esta proposta, se ela tendesse a beneficiar o desenvolvimento ferroviário, e, relativamente ao segundo, no que diz respeito à subvenção.