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mós tomar uma colher de açúcar ao aprová--lo, precisamos antes tomar o compromisso de, com dedicação, coni boa vontade e com fé, trabalharmos para o restabelecimento da normalidade financeira, pelo desenvolvimento das nossas colónias e pelo alargamento da nossa economia, pelo futuro, emfim, de Portugal respeitado e engrandecido.

Devemos tornar, finalmente,* aqueles compromissos a que aludiu no termo do sen discurso notável o grande homem público da França chamado Viviani: os de nos conservarmos sempre à altura do testamento de nobreza humana que foi escrito nos campos da batalha com o sangue dos mártires.

. Vozes: — j Muito bem! Muito bem!

O discurso na integra, revisto pelo orador, será publicado quando forem devolvidas as notas taquigráfècas.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Xavier da Silva): — E chegado o momento do Portugal só pronunciar definitivamente, por intermédio dos seus representantes no Parlamento, sobre o Tra--tado de Paz, ultimando" assim uma grande obra internacional a que está intimamente ligado o seu futuro.

O .Governo, convocando extraordinariamente o Congresso da República para a discussão da proposta de aprovação desse Tratado, fê-lo convencido de que se- não podia protelá-la por mais tempo sem ocasionar graves e, porventura, irremediáveis prejuízos ao País. Se não fosse esta imperiosa razão, o Governo teria esperado pela publicação do Livro Branco e aguardaria o relatório da nossa delegação à Conferência da Paz, a fim de que o Congresso se pronunciasse, com pleno conhecimento, de todos os dados que sobre o. assunto pudessem esclarecer.

Feita, assim,, essa convocação por iniciativa do Governo, a esto compete explicar ao Parlamento as razões de tal procedimento.

Julga-se, no emtanto, dispensado de o fazer desde que o ilustre relator da comissão, Sr. Barbosa de Magalhães, tam brilhantemente as apontou já a esta Câmara.

Acerca da demora na publicação do Livro Branco, creio que a Câmara está

Diário da Câmara dos Deputados

já suficientemente esclarecida. O seu primeiro volume está composto na Imprensa Nacional. Há, porém, alterações mínimas, de importância secundária, a introduzir--Ihe e que têm de ser elaboradas de harmonia com elementos que já deviam ter chegado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, e que, se ainda não estão em meu poder, é isso, naturalmente, devido à 'greve dos correios, porquanto no dia 2 mo foram enviados em carta registada. - Quanto à apresentação do relatório da nossa Delegação, como já tive ocasião de dizer, a sua demora provem de que, não não tendo terminado os seus trabalhos, pois está ainda, actualmente, ocupada em assuntos da maior importância, o seu presidente aguarda que esses trabalhos se concluam para então deles apresentar um. relatório desenvolvido e completo. ..

Devo, porém, dizer que no Ministério dos Negóciog Estrangeiros estiveram sempre à disposição das comissões todos os documentos de que elas pudessem carecer jjíiici uuuscieiiciosamerite apreciar o trabalho dos nossos delegados à Conferência da Paz.

O Governo não tem o menor empenho em ocultar seja o que for relativamente às circunstâncias da nossa intervenção na guerra ou aos trabalhos da nossa Delegação ; está, mesmo, profundamente convencido de quo a publicação do Livro Branco será a consagração eloquente da nossa política intervencionista, assim como de que o relatório que, a seu tempo, o Sr. Afonso Costa apresentará dos trabalhos realizados sob a sua presidência, dará a todos que o lerem a segura convicção de que os interesses de Portugal foram defendidos com superior inteligência e inexcedível patriotismo.

Tomei nota das observações do Sr. Brito Camacho para a elas responder, mas, como o Sr. Barbosa de Magalhães a mim se antecipou, julgo desnecessário fazê-lo, pois iria repetir, aproximadamente, as considerações 'produzidas por S. Ex.a ' •

O Sr. Brito Camacho: —Se V. Ex.a não quiser rectificá-las.