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car ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que, há dois ou três dias apenas, recebi do Sr. chefe do Bureau Internacional do Trabalho, que funciona em Londres anexo à Sociedade das Cações, a comunicação de que eu tinha sido nomeado seu corresppndente em Portugal.

Tenho dito.

'O discurso será publicado, revisto pelo oradar, quando restituir, revistas, as notas, taguigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Barbosa de Magalhães: — Começa por pedir desculpa à Câmara de novamente usar da palavra visto que muito tempo já lhe roubou na sessão da tarde. Será o mais breve possível, ainda porque se está a uma hora adiantada da noite.

Não podia deixar de usar de novo da palavra porque sobre ele, orador, impendem responsabilidadcs grandes como relator do parecer em discussão e ainda porque na sessão da tarde lho foi impossível responder a todas as considerações de ordem gerai e de política lulernaeio-nal que foram feitas por vários oradores, a começar no Sr. Brito Camacho.

RcspondeXi ponto por ponto a todas as observações que S. Ex.a fez sobre o Tratado. Demorou-se aí porque entendou qne devia dar-lhe todas as explicações precisas e a-todos ôsses pontes devia refe-rir-sp.

Mas não quero deixar passar som quaisquer -palavras da sua parte as apreciações que o Sr. Brito Camacho o outros Srs. Deputados fizeram de uma maneira geral sobre o Tratado.

Disse o Sr. Brito Camacho e foi repetido por outros Deputados que o Tratado não tinha ouvido a voz das pequenas nações, já ele, orador, tinha dito, por outras palavras, a mesma cousa no seu re-.latório. E certo que, nesse Tratado, as pequenas nações não tiveram perfeito reconhecimento dos sous direitos, isto é, não tiveram todas as compensações que bem mereciam pelo pesado sacrifício que fizeram, pelo heróico esforço que com os seus soldados praticaram.

Mas, deve dizer-se, porque é também uni íacto, que não foram todas as grandes nações que ficaram bem tratadas neste documento, e que algumas houve, a começar pela própria França, que não viu nele todas as garantias, todos os seus in-

t Diário da Câmara dos Deputados

terêsses reconhecidos, e bem assim, a sua segurança para o futuro.

Isto resulta de circunstâncias de vária ordem que seriam longo enumerar aqui, mas que om parto u crivam da propaganda que durante muito tempo, desde o armistício, se começou fazendo, relativamente à natureza das condições que deviam ser impostas à Alemanha atentas as circunstâncias daquele país.

Deve declarar com toda a sinceridade h Câmara, que sente que essas considerações a favor "da Alemanha pudessem ter tido, embora com outro intuito, um eco no Parlamento, porque a verdade 16 que ao mesmo tempo que se lastima quo as pequenas nações não tivessem sido devidamente compensadas, por outro lado se ataca o Tratado, por ele 1or imposto condições violentas à Alemanha, por ele não ter feito aquela paz, há mtvito preconizada e de que foi principal, campeão o Presidente da República dos Estados Unidos da América.

Ao espírito d file. orador, representa uma contradição, o dizer só que houve uma paz violenta para a Alemanha, que se lho exigiu mais do que seria lícito exigir-lhe em relação às suae posses, ô dizer--se que o Tratado é uma obra violenta, pois quo ataca também os direitos das pequenas nações.

O Sr. Brito Camacho disse também que, em seu entender,- no Tratado tinha havido o erro de querer eliminar a Alemanha. Ora a S. Ex.a, repetirá neste momento o que já disse no seu relatório, isto é, que o-erro foi o ter-se reconhecido a unidade da Alemanha, foi não procurar imediatamente- fazer que ela cumprisse todas as obrigações e cláusulas resultantes das res-ponsabilidadês que lhe advinham- do ter sido a única e exclusiva causadora, da conflagração europeia.