O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

36

Bem mal temos,andado em tam pouco cuidar, da nossa África Oriental e da nossa África Ocidental.

A política tem seguido uma orientação bem diversa da cfae devia ser. Não podemos ficar sempre a contar com a benevolência, ó preciso também contar com a actividade do povo para modificar a nossa situação económica.

O que podemos nós fazomesta hora é um esforço 'para levantar a actividade colonial do forma a beneficiar - todo o país.

Precisamos não deixar ao estrangeiro a usurpação de todos os interesses. Deviam os capitais portugueses substituir os capitais alemães, que vão progredindo perante a, indiferença portuguesa. A maioria da África* do Sul e ingleses.

Ato agora tem sido pequeno o nosso esforço e bom será que depois de aprovado o Tratado nós possamos ter maiores garantias coloniais que anteriormente à guerra.

Si\ Presidente: lulauuo uOsta Câmara a propósito da aprovação do Tratado, eu não posso 4eixar de dizer algumas palavras d© saudade por todos aqueles que morreram combatendo contra as forças alemãs. A propósito direi que penso que esta guerra não será a última e que precisamos preparar-nos com elementos fortes e não eoiu teorias de filósofos.

Nós, que somos um povo colonizador, precisamos valorizar as -nossas colónias para as defender, no futuro, não só com o emprego da energia, mas tarnbôm com a nossa fé.

Tenho dito.

O orador não reviu.

. Foi lida e admitida na Mesa a proposta do Sr. Álvaro de Castro.

O Sr. Jaime de Sousa:— Sr. Presidente: Nesta altura do debate e a hora tam adiantada da noite vou ser muito breve. Na discussão deste momentoso assunto vários reparos se tem feito sobre -a demora na discussão do Traindo de Paz e algumas responsabilidados têm. vsido imputadas à comissão parlamentar encarregada de dar parecer sobre o mesmo Tratado-. • Como faço parte dessa comissão devo dizer a. V. Ex.a e à Câmara que a ela não cabe alguma responsabilidade nessa demora.

Diário da Câmara dos Deputados

O ilustre redactor do parecer há pouco frisou bem os motivos dessa demora donde resulta à evidência que a responsabilidade não é da comissão parlamentar do Tratado. .

Aproveito o ensejo para aqui produzir a informação do que o Governo Inglês aquiesceu à publicação do todos os documentos que podiam ter interesso no Livro Branco, sem excepção dum único.

Isto vem destruir a atoarda de que havia documentos cuja publicação os Governos seriam os primeiros a ter desejo de evitar.

Devo também acrescentar que, em grande parte, isso se devo ao esforço produzido pelo nosso Ministro em Londres, Sr. Teixeirar Gomes, que empregou todas as suas 'diligências nesse sentido, conforme as informações que tenho e que registo com todo o prazer.

Feita a devida justiça a quem de direito, eu não vou entrar, como desejava o como tencionava, na demonstração da declaração que faço de que o Trauiuo uu Paz, tal como no's ó apresentado, não nos causou uma absoluta estupefacção, mas sim um verdadeiro e profundo desgosto.

A crítica deste monstro está feita perfeitamente na frase do Sr. Afonso Costa, que disse que o considerava o níais formidável modelo de injustiça que os homens tinham produzido.

Efectivamente, como V. Ex.a sabe, o Tratado da Paz não agradou a ninguém. - Quando, após as reimiõqs secretas e constantes das principais potências, a que os ingleses chamavam areat five, as cinco grandes potências que se constituíram eni grupo depois da entrada dos americanos na guerra, apareceu o Tratado da Paz, todas as nações tiveram uma surpresa enorme, as'sim como as personagens mais em evidência, inclusivamente o próprio marechal Foch.

A ninguém contentou o Tratado da Paz; a Bélgica, que era cie todos os países o mais'contem piado, essa mesma não pôde resistir a deixar de manifestar o seu desgosto pela forma porque era tratada, tendo sido a que mais se sacrificou.