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•Sessão de ÍS de Abril de 192Q

Oxalá que não se repitam aqueles factos que se deram ao abrigo da lei de 13

Tenho dito.

O Sr. Ladíslau Batalha: — Sr. Presidente : antes de iniciar as considerações que tenciono fazer, eupregunto a Y. Ex.a de quanto tempo posso dispor para usar da palavra.

O Sr. Presidente: —Tem V. Ex.a 8 minutos, na sessão de hoje, para usar da palavra.

O Sr. Ladislau, Batalha: — Nesse espaço-•de tempo é-me impossível dizer o que tenciono e por isso talvez fosse preferível V. Ex.a reservar-me a, palavra para a sessão de amanha.

O Sr. Presidente:—Muito bem. Fica V'. Ex.a com a palavra reservada, e vou •concedê-la agora aos oradores que se encontram inscritos para

Antes de se encerrar & sessão

O Sr. António Francisco Perekar— Sr. Presidente: eausou desagradável surpresa no pública a notícia que a imp-rensa publicou de que ficaria proibido de trabalhar na Praça do Campo Pequeno o cavaleiro tauromáquico José Casimira, pois-se o povo de Lisboa, não simpatisa, politicamente, com as> ideas; diêste indivíduo, ostima-o, contudoy e aprecia-o bastante como artista e artista dos mais1 cotados no género.

O Sr. Presidente do Ministério, que garante & defenda a Mfoeidiad©; de trabalho, não pode, de forma alguma, proibir que um artista exerça a sua profissão.

Embora se trate dum indivíduo que não vê com agrado as instituições republicanas, a verdade é que não existe o direito de coarctar-lhe o exercício da sua carreira, o seu ganha pão.

Chamo, pois, para -este facto a atenção do Sr. Presidente do Ministério--e afirmo--Ihe que talvez fosse melhor pôr de parte íal resolução, que encontroa uma atmosfera bastante hostil no nosso público.

(António Maria Baptista): —

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Preguntou o Sr. António Francisco Pereira porque havia sido proibido de exercer a sua profissão o artista José Casi-miro.

Devo dizer qtt© esses espectáculos me são desagradáveis, talvez por ser forçado a ver o sangue dos bois e o das vítimas dos bolchevistas.

O que ô certo ô que & cavaleiro tauromáquico José Casimíro é um artista quo prepara espectáculos em que se faz a apologia da monarquia o com o fim. de fazer cair a Eepública e, estando nós num regime republicano, não.nos devemos sujeitar à vontade impertinente do Sr. José Casimiro.

0 Sr. José Casimiro vai para as praças exercer a srra profissão e fazer a apologia dos seus princípios políticos.

Ele- negou nos tribunais1 ter esses princípios, para obter a absolvição, voltando à sua negra missão.

Nestas circunstâncias o Governo republicano, com o fim de evitar perturbações que- causariam fatalmente a exibição do Sr. José Casimiro na arena, perante o povo republicano, não consente que ele vá tourear.

Não se atreve a dizer que sim na sua consciência.

Tambêu eu não. É por isso que o Governo diz que não, não e não.

01 Sr. Garcia da Costa: — Chamo para ás considerações que vou fazer a atenção dos Srs. Presidente do Ministério e Ministro da Justiça.

Tenho conhecimento de que S. Ex.as receberam de Portei um telegrama do Sr. Térrio Franco, queixando-se das pre-potências cometidas pelo juiz substituto. Sei também que ôsse juiz tem realizado uma política verdadeiramente infame sobre as reclamações eleitorais.