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situação de colocar a respectiva indústria nacional na necessidade de importar aquilo que possuímos no nosso solo, com prejuízo económico incalculável.

Mas há mais do que isso. Os preços fabulosos que a concorrência de comerciantes estrangeiros estabeleceu no nosso pais, fazem com-que seja quásiimpossível arranjar um metro cúbico de lenha para substituir outros combustíveis que, como V. Ex.a sabe, não existem em Portugal, nem há esperanças de vir a existir e a abundar.

Esta falta atinge não só a indústria, e comércio nacionais, em grande escala, mas também fere profundamente a economia doméstica e o desenvolvimento económico das pequenas indústrias, que também tem direito ao seu progresso.

E, assim, posso referir a V. Ex.a que hoje, em face da exportação que a madeira tem e das facilidades de que ela está cercada, apesar de tudo isto ser contrário àquilo que muito expressamente a lei determina, nós estamos na contingência de ficarmos privados deste combustível para fazer face às necessidades das nossas indústrias e comércio.

Apresento, pois,, a V. Ex.a a minha reclamação,, tanto mais que nos jornais de hoje vem a notícia de qne há cerca de um mês o pinho estava a 35$ a tonelada, e hoje custa perto de 90$, testemunhando este aumento de preço uma concorrência no mercado que a diferença de câmbio facilita ao estrangeiro'.,

Nos mesmos j.ornais. vem uma notícia chamando a atenção do Governo para a devastação dos pinhais em todo o país e para a fiscalização da aplicação da lei sobre a exportação de madeira- em toros, e serrada..

Mais adiante vem um anúncio duma casa de Huelva, Espanha, pedindo correspondentes, sócios,, etc., anunciando sucursais e. demais, facilidades para a aquisição de madeiras nacionais, que serão bem pagas.

Claro está que. o ágio do dinheiro espanhol sobre o dinheiro português lhes per mite as maiores liberalidade», em que se apoia a ganância do vendedor.

Chamo a atenção do Governo paira evi tar a continuação d

t)iário da Gamara dos Deputado»

Estando no uso da palavra, eu vou abordar outro assunto, para o qual peço a atenção do Governo:

Tenho recebido da província constantes cedidos para que soldados encorporados na guarda nacional republicana de Lis-joa, íazendo parte de contingentes vindos da província, voltem para as suas aldeias e povoados, onde, como V. Ex.a muito bem sabe, há uma grande falta de braços para os serviços agrícolas.

Em compensação, outros há que, por espírito de patriotismo, tendência especial, indolência, preguiça ou por qualquer outra circunstância, pretendem entrar para o serviço militar, julgando ver neste serviço condições mais apropriadas para a sua maneira de agir e faculdade de trabalho.

Pregnnto eu, Sr. Presidente: <_ que='que' à='à' no='no' razão='razão' trabalhar='trabalhar' embaraços='embaraços' tantos='tantos' meio='meio' dificuldades='dificuldades' opõem='opõem' provinciano='provinciano' p='p' por='por' se='se' agrícola='agrícola' falta='falta' troca='troca' um='um' destes='destes' tantas='tantas' quere='quere' dum='dum' faz='faz' porque='porque'>

Eu falo, Sr. Presidente, com conhecimento do causa, pois qne, por mais de' uma vez tenho sido instado para conseguir que determinado soldado incorporado à forca na guarda republicana, seja enviado para a sua terra natal, onde os serviços do campa exigem a sua presença, por virtude da falta de braços e grande elevação do preço dos salários.- e apesar da peregrinação que tenha feito dum lado para outra, nada tenho conseguido obter.

Pregunto, portanto, Sr. Presidente^ e espero que o Sr. Ministro da Guerra,, aqui presente, me possa prestar alguns esclarecimentos, se é ou não viável que, alguém que pretenda sev substituído na guarda republicana, dando até candidato no sen Iffgar, deve ser ou não atendido com a maior urgência, tanto mais que, isso traz benefício para determinada região do país, benefício que só quem pertença a essa região pode avaliar convenientemente.

,0 Sr. Ministro da Guerra (Estêvão Águas.): — Sr. Presidente: pedi a palavra para responder ao ilustre Deputado que acabou de falar.