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Sessão de 29-de-Junho'de 1920

sangram o nosso coração. A verdade, porôrn, é que este lugar, se não fosse de canseiras'e sacrifícios, se não exigisse de quem o ocupa uma soma enorme de desgostos e trabalho para dignificar a República, certamente não merecia a pena aceitá-lo e podíamos viver bem sem Governo. (Muitos apoiados}. O orador não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro:—Sr. Presidente: pedi a pala-vra simplesmente para fazer umas ligeiras observações às considerações que acabam de ser proferidas pelo Sr. Presidente do Ministério.

Eu esperava que S. Ex.a me respondesse concre-tamente;, que me dissesse sim-ou não.

Não. o fez S. Ex.a

Eu, Sr. Presidente, coloquei a questão sob um ponto concreto, e pregantci a V. Ex.a o que pensava a tal respeito; porém, V. Ex.a levantando-se e continuando a falar- em vários assuntos, não me respondeu a esse caso concreto.

O Sr. Presidente do Ministério e- Ministro das Finanças (António Maria da Silva):— O Sr. Ministro do Interior já teve necessidade de tomar conhecimento do assunto, e como homem de bem, que se preza- de ser, e que-é, há-de tomar as providências que o caso requere, dando assim satisfação aos seus desejos.

O Orador: — Sr. Presidente: o. que se> vê é que estão invertidos os- casos.

Não sou eu, Sr. Presidente, que tenho de responder, perante o País- pela ordem pública e pelo que diz,respeito às garantias individuais, mas sim o Governo.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (António Maria da Silva): — Eu devo declarar que me não considero na obrigação de responder a V. Ex.t

O Orador: — Sr. Presidente; eu, devo. declarar a V. Ex,a quo me encontro um^ pouco roaco, pelo que estou falando com dificuldade, e por isso lho rogo o obséquio de pedir ao Sr. Presidente do Ministério o favor de não me interromper, como ou o não interrompi quando S. Es.3'falou.

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Sr. Presidente: devo declarar, e com orgulho o digo, que -nunca nesta' Câmara proferi palavras' que pudessem manifestar menos consideração e menos respeito para com qualquer colega ou pessoa, que tenha assento >no Ministério.

Nunca o fiz, e agoraonuito menos o farei.

O que eu digo é que o Sr. Ministro - do Interior não falou comigo senão particularmente e mesmo na apresentação do Ministério S. Ex.a não tem de falar.

Sr. Presidente: aquilo que S. Ex.a me disse não são< afirmações 'que se possam trazer a púbLco, e as preguntas que fiz exigiram por parte do Sr. Presidente do Ministério, uma resposta, resposta essa. que S. Ex.a- tinha a obrigação de me dar. (Apoiados).

Teve V. Ex.a razão nó que disse relativamente ao que se passou quando estivemos no Ministério, sobre factos que rne--recerám a nossa profunda reprovação; porém, posteriormenten unca deixei de reprovar pelas minhas palavras actos semelhantes. (Apoiados).

Ainda, como membro do Directório do Partido Democrático, tendo' ao meu lado o Sr.. Nunes Loureiro e o Sr-.. João- Ki-cardo, só bem me!reeordo, lavrámos-em nome desse Directório, como seus membros, o protesto do Partido contra factos idênticos produzidos-em-Lisboa..

Não é estranho,, portanto, que eu hoje, separado do. Partido Democrático mas-tendo trazido, sem dúvida alguma', bons-princípios que-o Partido--Democrático...

Uma voz: — E'algumas responsabilida-de&.

O Orador:—Não as enjeito, porque as< que eu tenho bem posso com elas1. (Apoiados).

Desse Partido trouxe, pelo menos, esses sentimentos' de justiça que sei existem ainda lá porque, como dis.se; alguns membros desse* Partido vieram até; rninr apresentar os seusprotestos'enérgicos.(JL^om-dos).

Mas- infelizmente' dentro- desse Partido existem outros membros, que'longe de condenarem o que acabei de referir. . . (Não apoiados).

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