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Sessão de 20 de Julho de 1920

nem precisava haver, porque cotitáva, segundo suponho, com a maioria da * Câmara. Mas só, infelizmente, as circunstâncias de ocasião não permitiram que ês-se Governo tivesse a maioria que necessitava para governar', ditfso não tenho «culpa.

V. Ex.a sabe a opinião (jue- então tinha e ainda hoje possuo,—pois! niío tive razões lógicas para as mudar — de que estando S. Ex.a o Sr: Presidente da República inabilitado de dar á dissolução, em virtude de ainda não estarem aprovados1 os orçamentos, como solução lógica da crise política, e que não havendo uma maioria" que assentasse cm três ou quatro pontos essenciais para resolver a) questão» financeira, era necessário promover esse acordo dentro das fórmulas dos1 governos «de concentração.

Levado por estas razoes o Partido Reconstituinte deu a sua colaboração a este Governo, e porque sabia que a sua recfusa impossibilitava a organização dum Ministério que tivesse maioria neste Parlamento.

Nós fomos ao encontro do sentimento do povo português- quo deseja que nas cadeiras do Poder estejam esses republicano s.

. Vofcès: — Apoiados.

O S'r. Raul Tamagmrii (interrompendo):— ó V. Ex.a não sabe que m* Porto já se deram manifestações na rua contra o Governo?

O Sr. Presidente do Ministério, Minis* tro da Agricultura e, interino, do Interior

(António Granjo) (interrompendo): — Eu fui prevenido de que- se- queria fazer no Porto uma manifestação contra o Governo, e do Ministério do Interior dei ordem não só para que se consentisse" essa manifestação, mas que se procurasse, por iodas as formas, que ela não fosse perturbada.

O Orador-: — Sr. Presidente : estou convencido de que este Governo corresponde .a uiiia necessidade que, aliás, já era conhecida do todos o's portugueses, e, como eu disse, os homens1 qu® o compõem são, como republicanos que sempr© foram, & garantia de que elo saberá governar absolutamente com a opinião pública, saíisá»

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fazendo as necessidades da República1, não sendo capazes pelos seus actos, riem pela sua indiferença, eín reláçSÍo tfõs1 factos- que possam"- ser praticados, de1' qualquer atentado contra á Repúbliòa quê, de resto, todos sabem defender, porque já, em muitas horas difíceis', á- defenderam. (Apoiados).

Quanto ao seu programa, que acaba de ser lido na Cârufara, eu- constato com prazer que três: ou quatro ideás que aqui defendi, como representando a orientação do partido a que pertenço,1 foram nele incluídas-, o que é natural, como, porventura, foram nele incluídas idea's' doutros agrupamentos políticos* que faz^m parte do Governo, pois que havia necessidade de organizar uma plataforma em que os três partidos se entendessem, em pontos de vista restritos, para realizar a curta-obra qiíe este Governo está destinado a' realizar.

E a? ideas" anteriores de qualquer dos homens' que se sentam'nas cadeiras desse Ministério, não'me habilitam a julgar que a sua obra não vai s'er útil para;a- República, porque ôssès actos anteriores não estão'em desarmonia'^ còni ó- que entendo necessário eí útil fazer neste- hora pelds' vérios' Ministérios- para o progresso da República, e porque a sua vida tariibêm é o seguro penhor de qtíe serão integralmente cumpridos os* vários1 pontos realizáveis do seu-'programa de Governo.

O Sr. Quilhai Liai-: — V. Ex.a dá-me licença ?

^ Eu desejava que V. Ex.a explicasse à Camará, pára" ela pcfder ap're'cia'r, as res-ponsàbUidãdès dê'V. Ex.a ria1 c'ò'ò'pèràção deste Governo, quais são os três'-oú'qua-tro pontos do programa do Governo que estão' de harmonia com as- ideas que Y. Ex.a aqui tem sustentado?