O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

-não seja essa a intenção, os estrangeiros poderio invocar esse jornal, como testemunho dado, pelos- próprios nacionais, de que existe no ultramar uni regime semelhante à escravatura, o. que seria uma .asserção caluniosa. (Apoiados).

Além disso, verifiquei que esse jornal tinha, em. relação à actual situação política, utaa linguagem propositadamente despejada que podia arrastar certos ele--mentos republicanos- contra o Governo e ou não queria que isso sucedesse, em virtude' c!as palavras despejadas da imprensa.

O Governo não praticaráex-cessos nçm •quore governar fora da lei, nem consentirá que ninguém o faça, mas o Governo fará-tudo pela dignificação, dos homens que o representam.

• Chamou ainda V. ux.a a minha aton-ção para o facto de se jogar no país...

O Sr. António Mantas: — No Porto foram apreendidos 300$ em prata que se destinavam a. casas de jogo.

- O Orador: — Agradeço a V. Ex.a a informação. O jogo é um eriino perante a no?«a, legislação, mas- tambôm um crime é o roubo e o homicídio e por isso não deixam de se pratiearv

0 que eu tenho a dizer é que procederei, o mais energicamente possível no sentido de reprimir, o jogo e aplicarei a lei com todo o.- rigor num ou. noutro caso que chegue ao, nreu. conhecimento.

Fique V. Ex.a- certo que procederei, sempre.

O orador não reviu.

O Sr. Ratfl Tãmagnihi: —-Sr. Presixíon-têvjáí Há tempa, nesta Câmara^ eu. tive a honra dê me- reierir a um facto que vou novamonter tratar,' vi s-to; estar Apresente o 9'n Ministro do Interior, d'è- quem cica-mo a atenção.

Eòi' o facto1, qiT0j magoou- profundamente a minha alma de português e republicano, dê assistir em Vâ-lènça- h passagem áiim cortejo áè ciroanças7 que frequentam uma escola de jesuítas, em Tui. . Pelo8-padiir«s;ptblieQs^ foramentão tb-maduar. emac con&M@Eaçfki. as minhas palavras ;. e:com espanto- vejo uma notícia: no Primeiv.a d#\ Jcaveirv, aonn;aídata;de 21, emi que- Sje>diz;q.ae o Goivôrncr permita a.

Diário da Câmara dos Deputados

frequência dessa- escola, o que eu considero um crime de lesa pátria.

O mais curioso é que se faz um insulto a um velho republicano, o major Seve-rino Soares, irmão do Sr. Bartolomeu Sevcrino, ex-Ministro do Trabalho e mou colega nesta Câmara, dizendo que foi ele que tal conseguiu.

Passados poucos dias, li num semanário local a confirmação desta notícia.

Desejava saber se, de facto, essa tolerância foi adoptada, como se diz, -simplesmente, até à conclusão dos estudos que essas crianças estavam fazendo, para se habilitarem ao exame de admissão aos liceus.

Mais pretendo saber se o Sr. Pres-i dente do Ministério e Ministro interino do Interior, velho republicano o amigo da sua Pátrio^ como tem demonstrado em vários lances da sua vida, está disposto a. permitir que, uma vez concluídos os trabalhos do ano lectivo; continuo seim> lhante abuso, que outra cousa não é, o irem as crianças portuguesas receber a sua educação nos colégios de Tui, que são, para todos os efeitos, colégios espanhóis.

Declaro quo, em quanto o facto se der e ou tenha assento nesta Câmara,- hei de levantar contra ele, indignadamente, a rainha ^7oz.

Ali não se ensina a língua portuguesa, ali não só ensina a amar a Eepóbiica e a Liberdade. Ensina-se, sim, a odiar, a Re-públics, ensina-se o erro o. a mentira.

Apelo para os sentimentos patrióticos de S. Ex.a, o Sr. Presidente da Ministério; para que dê as suas terminantes ordens, no sentido de ser posto um tormo ao abuso quo se está dando.

Tenho dito.

O ,Sr. Presidente do Ministério, Ministro da Agricultura e, interino, do Interior

(António Granjò): — Sr. Presidente: as considerações feitas pelo Sr. Raul Tama-gaini são absolutamente verdadeiras e tem Q facto, como sintoma, uma importância maior, talvez, do que aquela que S. Ex.a lhe imputa.

A defesa da República tem de se fazer, sobretudo, pelo prestígio dos homens qoe estão à frente do Gt3ver.no e pela acção absolutanieiite tepubticaina, em todo& os-sentidos-. desses- homeasi-