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falho de razão quando atacava esse Ministério, constituído por homens que davam todas as garantias de honorabilidade e excelentes intuitos de defesa da Repú-biba, • e também os melhores propósitos do acatamento às leis.

Muitos pontos da declaração ministerial são objecto de discussão. Para uni deles, quoro chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério. Diz V". Ex.a quo vai limitar o mais possível as despesas públicas, o ou pregunto. se tenciona instar com o Parlamento para quo se prorrogue o prazo df- validade da lei n.° 991, lei excelente e indispensável, embora tenha de ser retocada em alguns pontos para remediar a situação pletórica dos quadros.

S. Ex.a, mais do quo eu, está em condições do conhecer essa situação porque assistiu a determinados actos, entre os quais posso citar um que mais magoou a minha consciência e o meu espírito de republicano e da bom cidadão que me prezo de ser. Os quadros ficaram pejados de funcionários, e pior ainda: os quadros alôin de excessivamente alargados ficaram mal recrutados, tendo entrado pela janela muitos indivíduos que, embora tenham sido o sojam republicano c . . .

Uma voz : — Muitos nem isso ! . . .

O Orador: —... não dispõem das qualidades necessárias e dos elementos precisos para sobretudo, neste momento, serem alguma, cousa do útil para o país. Quando amanhã esta Câmara dotar V. Ex.a cora os meios bastantes para reduzir os quadros, faça-o com espírito de justiça, servindo, a Pátria e a República, sem atender aos interesses de indivíduos ou de partidários de quem quer que seja.

Há muito que fazer a esse respeito.

Debaixo da ponto de vista financeiro^ encontro na declaração uma passagem va-gai,, anódina ao momento que atravessamos.

Parecia que, estando, eomo está, à testa desse Ministério ,um ilustre republicano, e um distinto financeiro, o que se lê na de cl-aração devia corresponder à verdade dos factos, porém não são nítidas as ideas-que lá vêm. Estimaria saber o que S. Ex.a pensa a este respeito.

Julgo necessário, como fez o Ministério transacto, que seja. apresentada a esta Câ-

Diário da Câmara dos Deputados

mara nma proposta de lei sobre contribuição extraordinária industrial e predial.

Parece-me azado o momeudo-para isto, pois que há cinco ou seis anos esses contribuintes têm levado vida folgada.

Da parte dos comerciantes, proprietários, industriais e capitalistas não é de mais que se lhes peça um pouco, do que devem. (Apoiados). E indispensável que este ou outro Govôrno. tome este caminho, indo até ao imposto de rendimento.

Também mo parece que se devia fazer alguma cousa para a reforma aduaneira. Dizoin-me que sobre isso há trabalhos já muito adiantados. Se é assim, o ilustre Ministro das Finanças deve sabor o que há, e é de estranhar que mi declaração ministerial não haja qualquer referência a estes serviços.

Tenho informações, de que alguns homens têm empregado muito tempo na confecção, dôsto trabalho. Certamente que o Govôrno pensa nisto. Quando a sua proposta vier à Câmara, terei ocasião de mo referir a ela.

O' Sr. Aboim Inglês: — Não há ninguém que seja. competente para fazer csoa ro forma.

O Orador:—Ai de nós senão sopearmos as dificuldades era vez de as relegar para um plano secundário.

Sob o ponto de vista militar, chamo a atenção do Sr. Ministro da Guerra, para a proposta apresentada pelo antecessor de S. Ex.a, referente à situa-ção em que se encontram os militares reformados antes de 1919.

É uma proposta relativa aos mutilados de guerra e à reforma da taxa militar. O antecessor do V. Ex.a apresentou essas propostas, e eu muito folgarri do que V. Ex.a as perfilhe.