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nio Granjo não sabe se tem a confiança | da Câmara, ruas importa-se tara pouco com essa confiança, ou tem uma certeza tam grando e tam arreigada de que a Câmara lha dará, e nem assim se justificava o seu acto, que não só respondeu os Srs. Deputados que o interrogaram, como até anunciou que traria amanhã uma proposta de lei ao Parlamento.

Lamento, portanto, que S. Ex.a, que é um velho e ilustre parlamentar, tivesse com esse acto posto de parte uma boa praxe parlamentar.

Iniciando agora. Sr. Presidente, propriamente as minhas considerações sobre a declaração ministerial em discussão, eu vou ter a honra de mandar para a Mesa uma moção do desconfiança ao Governo, mas devo dizer a \T. Ex.a e à Câmara que o faço em meu nome pessoal, sem nenhuma responsabilidade para o meu partido, cujo leadcr, o meu querido e eminente amigo Sr. Júlio Martins, declarou várias vezes nesta Câmara, embora não calculasse que viesse ainda a ser Presidente do Ministério o Sr. António Granjo, que não poria nunca no Parlamento moções do desconfiança.

Todavia .eu, que não tenho responsabi-lidades políticas c que procuro apenas cumprir aquilo que julgo o meu dever de republicano, não hesito um só momento em mandar para a Mesa a minha moção, e, se há uma pessoa nesta Câmara que não tom o direito de estranhar a minha atitude, essa pessoa é o Sr. Presidente do Ministério, que quando se apresentou no Parlamento o Governo do ilustre republicano António Maria da Silva, que era composto de lídimos republicanos, que, peia sua constituição e pelas figuras que o constituíam, dava ao País e aos republicanos as suas sólidas garantias, S. Ex.% pensando já decerto que poderia ser, que deveria ser, necessariamente, o sucessor do Sr. António Maria da Silva,' não evitou, numa hora dessas, em pôr a moção de confiança e, de resto, com todas as rpsponsabilidad.es da sua alta situação de leader dum partido. (Apoiados].

Sussurro,

•Sr. Presidente: lamento que os adoradores do Sr. Presidente do Ministério não deixem que as minhas palavras cheguem até S. Ex-.a, não porque elas tenham al-

Diàrio da Câmara dos Deputados

guin peso, mas porque são pronunciadas do meu fauteuil de Deputado da Nação e porque tenho, por isso, o direito do que* rer ser ouvido por S. Ex.u

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro da Agricultura e, interino, do Interior

(António Granjo): —Estou ouvindo Y* Ex.a!...

O Orador: — Sr. Presidente: se antes do entrar nesta Câmara, hoje, roo tivesse-cruzado lá fora com o Sr. António Granjo, eu ter-lhe-ia dito: «meu querido amigo e-querido correligionário no velho e saudoso Partido Evokicionista, não o felicito; fazô-lo, seria, uma hipocrisia, c eu sou um homem liai; V. Ex.a não prestou nenhum serviço à República».

Teria dito isto singelamente ao Sr. António Granjo e estou absolutamente convencido de que S. Ex.a, porque me conhece, não duvidaria da minha lealdade.

S. Ex.a, pessoalmente e como republicano, ó para mini uma figura muito sim pática. Habituei-me há muito tempo a ter por S. Ex.a uma grando consideração, porque eu vejo sempre nele, mer.mo quando, 6le toma, como neste momento,, uma atitude política com a qual eu estou em absoluta discordância, visto que entendo que não é aquela que mais convêm à República nesta hora; eu habituei-me-sempre a ver em S. Ex.a o combatente heróico da FJandrcs-, o marechal da República que não evita, em todas as horas-de perigo, combater por ela nas ruas, coma qualquer homem, do povo. (Apoiados). . Assim, S. Ex.a partiu para a guerra como voluntário para pôr os seus actos-de harmonia com as suas palavras, coerente com a sua atitude de intervencionista. (Apoiados).

S. Ex.a foi aquele grande cidadão republicano, <_3om a='a' suas='suas' apoiados.='apoiados.' em='em' todas='todas' contado='contado' o='o' p='p' horas='horas' as='as' de-angústia.='de-angústia.' sempre='sempre' qual='qual' tem='tem' república='república'>

j Este ó o Sr. António Granjo, que eu respeito e estimo!