O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

JSí&aão de 21 de Julho de 1020

13

Bepública, mas o que ó facto ó que S. Ex.a meteu-se numa camisa de onze varas, porque o Governo caiu, S. Ex.a não •estava habilitado a formar gabinete, e foi .necessário entrar em negociações com outros partidos para poder formar Governo.

S. Ex.a não tinha maioria parlamentar, não podia governar constitucionalmcnto, o quem o foi ajudar foi ainda aquele partido de perturbadores que tanta vez o Sr. António Granjo teve ocasião de vergastar.

Sr. Presidente: eu tenho a maior confiança no republicanismo do Sr. António Granjo, inas há uma cousa sintomática. 8. Ex.!l foi para o Poder e logo apareceram uns pnpulinhos, não só distribuídos no Porto, como cm Lisboa, em que os si-•donistas o apoiam! Nfio ó caso para felicitar o Governo por este apoio dos partidários «do grande morto»,

A id.ea de^se dissolverem os grupos republicanos, segundo certo jornal, já se tentou pôr em prática durante o dezem-br-ismo, ma's, não "os dissolvendo, o dczcm-brismo meteu os republicanos na cadeia. Simplesmente, quando foi necessário defender a República, foram ainda esses desgraçados que estavam presos que se chamaram para fazer a escalada do Monsanto o fazer Ministros muitos que nunca tinham pensado sequer em ser regedores de aldeia. (Apoiados).

O mesmo jornal, Sr. Presidente, diz que assim se fará a pacificação da família portuguesa. Ora eu já sei quando é que, no entender dolos, está pacificada a família portuguesa: ó quando todos os republicanos estão metidos na cadeiVe os monárquicos andam à rédea solta.

Sr. Presidente: eu não quero tomar mais tempo à Câmara, e por isso apenas direi cslas palavras, aliás cheias do boa fé: quando a República estiver em perigo <_3 que='que' de='de' vendo='vendo' governo='governo' do='do' senão='senão' apoio='apoio' dessa='dessa' se='se' por='por' para='para' sempre='sempre' outros='outros' combater='combater' não='não' meu='meu' república='república' corre='corre' apoiar='apoiar' como='como' a='a' nas='nas' os='os' tantos='tantos' levantam='levantam' defesa='defesa' grande='grande' necessitar='necessitar' o='o' p='p' eu='eu' força='força' osso='osso' filas='filas' perigo='perigo' já='já' isso='isso' estarei='estarei' conselheiros='conselheiros' sua='sua' morto='morto' primeiras='primeiras'>

com a maior veemência, pondo-me ao lado daqueles valentes rapazes que no Porto e cm tantos outros pontos do país fazem manifestações de protesto contra a sua constituição.

E o apoio que V. Ex/% Sr. Presidente do Ministério, tom das classes conservadoras, acredite V. Ex.a que do nada lhe poderá servir; muito mais lhe serviria o apoio caloroso daquelas criaturas republicanas que tudo têm dado à República. . .

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro da Agricultura e, inter-ino, do Interior

(António Granjo) :—Que desejo e.peço!...

Vozes:—Pede, porque não tom. Trocam-se i7iais òpartes.

O Orador : — Sr. Presidente : eu vou terminar, mas quero antes disso registar apenas o seguinte facto: V. Ex.a, Sr. António Granjo, faz-me lembrar, na atitude que tomou para com o Ministério António Maria da Silva, uma ave de rapina, que, depois de matar o adversário, é forçado a beber-lho o sangue para poder singrar. V. Ex.a está bebendo agora o sangue do Partido Democrático para poder viver.

Tenho dito.

Vozes: —Muito bem, muito bem.

O Sr. Nóbrega Quintal: — Sr. Presidente: antes do iniciar as minhas considerações, seja-me permitido estranhar que o Sr. António Granjo, Presidente do Ministério, tivesse hoje, antes da ordem do dia, respondido a vários Srs. Deputados que a interpelaram.

Parece-me que é uma praxe nova; nunca isso sucedeu, pelo menos, no meu tempo deste Parlamento, e, que tenha notícia, nunca tinha sucedido.