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que pretendia iudicar-lhes caminho benéfico para o meu desiderato, e ansiosamente, evangóJieamonte, estóicamcnte, aguardei a hora indubitável da plena ili-bação, na antecipada certeza de que, neste pleito estranho e singular, os verdadeiros róus seriam os meus detractores. (Apoiados).

Essa hora, tardia é corto, chegou finalmente. Jamais se engana nos seus vaticínios quem tem a alma purificada pola verdude e o coração aberto para o bcin. Durante muito tempo falaram as vozes da maledicência, num à vontade som limites. Agora cabe-me a vçz de falar e de agir, e mio trepidarei em o fazer com aquela olovaçfio que sei pôr oní todos os meus actos.

Sr. Presidente: venho, pois, colaborar neste debate, e, ao encetar as minhas observações, ó uru dever dirigir ao Sr. Presidente do Ministério e a&s demais seus colegas as minhas homenagens de ordem pessoal. Devo sintetizar que tenho pelo Sr. António Granjo aquele carinho o a inclinação afectiva que unem dois corações que vibraram à sombra da capa e batina, romeiro K da mesma jornada académica, nessa mocidade saiidosa, sonhando, fortes de esperança o de fé, o ressurgimento duma Pátria em perigo por moio da implantação da BepúÍDlica em Portugal.

Combatemos, ladrj a lado, polo mesmo ideal através de todos os sacrifícios e dos maiores dissabores; acamaradámos na propagação da purificada doutrina que redimiu um povo escravizado. Oonheço-o e por isso aprecio as suas qualidades nati vás de republicanismo, o que não me -impede dê trazer, em palavras -sinceras, de verdade, com elevação, com correcção o com iudependôncia, a modéstia das minhas opiniões e porventura a jninha crítica reflectida ao debato que se trava em volta do .programa ministerial.

Eu fui daqueles que vieram proposital-mente a esta tJàmata dar o seu voto confiado ao 'Governo que só acaba de substituir. E porquê, Sr. Presidente?!

A resposta é fácil. Esse Governo, que foi arredado daquelas bancadas e do Poder por um. imperdoável :e -qu^çá tremendo 'erro do visão política, que só o/bsecado s e ambiciosos poderão querer justificar, mas que, sob a -tcsponsabOldade da

Diário da Câmara dos

minha impressão pessoal, classifico de gesto anti-patriótico, representava pela sua homogeneidade, poios seus enunciados processos de trabalho, pelas smis disposições de bem servir o País, um Governo de salvação nacional.

Norteado por uma scentelha de apurado republicanismo, organizado cora meticulosidade no respeitante a compctências. vindo a propósito das exigências do momento, extremista sob o ponto de vi sia económico, corno o povo preconizava, foi impenitentemente combatido desde a primeira hora pelos que ora se alcandoraram em seu lugar, com cega fúria que jamais podo sor explicada, sem que se aguardasse, pelo -menos, o que ora natural e lógico, as suas primeiras provas, para delas se inferir da ineficácia do seu trabalho, ou a inanidade da sua energia na regularização do .precário estado financeiro em que o país se debate. (Apoiados).

Afirma o Sr. António Graujo, no seu longo e presumido programa ministerial, que o Governo se dedicará com carinho-e cuidado especiais à manutenção da ordem o garantia dão liberdades públicas.

Sendo assim, eu progunto desde já,. como só explica essa parada militnr, em atitude guerreira, com ares de desafio, tendentes a semear o pavor, que ó o recurso dos fracos que não deparam encosto-nas camadas populares, que se estendem pelo Terreiro do Paço, tomando as arcarias dos Ministérios, quando da posse do-actual Governo? '

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