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xepotir quo sobre os lucros da guerra temos uma pujante fonte de receita, que não convêm desprezar.

E necessário, pois, definir atitudes. Ou o Governo está na disposição de fazer •íilgo em proveito da Nação, usando de energia, sem atender a próprios intorês-•sos, ao engrandecimento dos partidos, ou que com liuldade se confesse impotente para, nesse caso, depor o mandato, escoando-se pela porta que forçou para entrar. O tempo urge, o Tesouro está exausto, entrou o desânimo nos espíritos, há que demonstrar ao mundo culto que temos •direito a viver, o, conscqucntemente, é preciso agir com decisão, indo buscar o ouro onde se encontra amontoado e donde -sai às mãos cheias para o desperdício, •escarnecendo e tripudiando da miséria das camadas populares, onde foi colhido por entre os amargores, as maldições e .0.10 lágrimas dos. sacrificados. (Apcàadv*,),

Outrcsòini, reclamo que o Governo rne .-esclareça acerca dos seus intuitos o do .-seu modo de ver a respeito da situação

Trago, há dois meses, nos lábios e no coração essa pregunta instante, que só uião tem sido levada a efeito pelo afastamento voluntário a que me remeti, devido ..aos relatados sucessos 'que directamente sue disseram respeito.

Mas, Sr. Presidente, aproveito a oportunidade de volver aos trabalhos parlamentares o do presente debate, para me elucidar sobre as medidas que o Governo pretende adoptar para a necessária regularização da situação em que se encontram esses denodados defensores da Republica, quo nobilitaram a Pátria, esses galhardos oficiais milicianos que deram ^brilho o vida a um exercito que se cobriu cie glória, colaborando assinalávelmente 110 .triunfo dos direitos do mundo, e que -tain injustamente são esquecidos. (Apoia-••dos],

Não o merecem na verdade, porquanto •souberam erguer as tradições orgulhan-tes da raça, sacrificando-se, abandonando 'Os seus .mesteres, .os .seus lares, para,

Diário da Câmara dos Deputados

cheios cie mocidade o idealismo, se integrarem no sonho cálido do ressurgimento duma Pátria e se baterem como leões, com bravura e com élan, nos campos sagrados da França o nas regiões inóspi-pitas da África, causando o assombro dos exércitos preparados, com o fim de segurar o património legado pelos antepassados, ou defendendo a justiça e a liberdade jlos povos. (Apoiados).

Esses sacrificados oficiais estão esque-' eidos, e nós, nesta hora agitada que passa, que é porventura de equidade, devemos ter na memória que-a justiça, embora tardia, vem sempre a tempo. Desejo, pois, saber do Sr. António Granjo qual a rcsclução quo tem cm mente.

E certo que na declaração ministerial se faz referência directa ao assunto, garantindo que será regularizado em conformidade com as propostas de lei apix sentadas ao í'atiameuio. bômarite conheço uma proposta nesse sentido, que é a do actual Sr. Ministro da Guerra, e essa nem. por um momento posso concordar com ela, pois tais são as deficiências -nela contidas, a imprevidência dos seus fundamentos, as rcGtr-içõco quo impõe e as desigualdades que manifesta,- que à vontade se pode considerar imperfeita e incompleta, e que, aprovada tal como está, levaria a descrença e o desânimo ao espírito e à alma moça desses galhardos portugueses, que, com heroísmo, souberam engrandecer o nome da sua Pátria.

Sr. Presidente: não posso deixar de me referir a outro assunto que considero de importância máxima, que lá fora me tenho abstido de debater, por aguardar a hora própria do o discutir aqui dentro. Não pretendo ferir a sensibilidade dos que formam esta assemblea ilustre, nem qualidades possuo para o alcançar, mas com desassombro o modéstia, que é o reflexo da sinceridade dos humildes, venho preguntar ao .Sr. António Granjo o que pensa sobre a discutida amnistia prometida a monárquicos c conspiradores.