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Sessão de 21 de Julho de IO:

de elementos, tom demonstrado solidari-%ar com os que propugnam essa medida de clemência para estabelecer a concórdia na família portuguesa.

Todos sabem que fui- eu que iniciei esse memorável debate sobre os tribunais militares, que apaixonou e prendeu as atenções da Câmara durante quatro agitadas sessões, movido pela revolta que invadiu a minha alma do português, o por consequência do sentimental, perante as inconcebíveis disparidades dCsses organismos a quem indevidamente confiámos 'a administração da justiça o da defesa republicana, que uFío souberam compreender nem prezar.

Pesava sensivelmente uo meu coração de meridional que dentro dum regime que proclamávamos de equidade e de justiça se estivessem praticando arbitrariedades afrontosas, que eram outras tantas nódoas que ennegrociam os imaculados pergaminhos do ideal republicano.

Soube-se então, e ainda se tom presente, que, em quanto os scrn culpabilidade de maior, aqueles que haviam"sido arrastados inconscientemente a essa conjura do ignomínia contra a integridade das instituições vigentes, cumprindo ordens que não tinham do discutir, esses inúmeros anónimos, desgraçados sem asa protectora quo lhes mitigasse as dores, jaziam nos antros escuros das pz*isões cruelmente castigados; os que haviam exercido comandos, aquoles que directamente colaboraram, odientos e maldosos, para a restauração monárquica, os nossos inimigos perversos cio toda a hora, os que não desarmam, no objectivo constante de estrangularem a República, eram indignamente absolvidos ou gozavam o sol da liberdade, escarnecendo a fórmula rígida da justiça (Apoiados).

Por consequência eu sou dos que opino pela revisão de processos, mas, entenda--se, para somente se avaliar dos que atri-biliáriamente foram condenados ou absolvidos, isto é,~ uma revisão quo desse em resultado castigar os cheios de rosponsa-bilidades quo ainda andam á solta e que representaram papóis primaciais nas conspirações, cm Monsanto e no norte, estendendo o castigo justo aos que obtiveram sentenças parciais dos tribunais especiais e abrindo de par om par as portas das privõos aos ignorante^ soldados, que ou-

tro Crro não cometeram a não ser obedecerem às vozes do comando, quo não podiam discutir, cmfim, a todas os que sofrem a angústia de não terem tino e patrocínio decisivo e forte dos que ora necessário libertar para uma melhor preparação de aventura futura (Apoiados).

Andam lá por fora os arautos dessa-latitudinária medida de clemência, que os. monárquicos não reconhecerão desse modo,, porque sempre proclamarão que foi um acto de debilidade e do receio da nossa--parte, porfiando esperanças no chefe do-Governo, era virtude das suas afirmações-feítas nesse sentido quando da propaganda que pelo país fez para o arranjo da seu partido político, na antecipada certeza de que ela não contrariará as promessas rasgadas feitas publicamente.

Claro que não ó das atribuições do Poder Executivo o uso de tal faculdade, que, pelos textos fundamentais por que-nos orientamos, só ao legislativo pertence. Mas poderá e deverá ser ouvido o-Sr. Presidente do Ministério acerca da oportunidade de conceder semelhante medida. E, como é inadiável extremarem-se campos, urge que o Sr. António Granjo-sobre o assunto se pronuncie de maneira clara, de modo a não deixar dúvidas no-espírito de pessoa algiyma. (Apoiados],

Não podemos tergiversar no caminho-encetado, nem alterar pareceres ou opiniões constantemente. dia a dia, como, segundo a máxima vulgar, q nem muda de-vestuário.

Aparte do Sr. NÓbrega Quintal que nâ& se ouviu.

O Orador:—Eu tenho a compreonsãcr nítida do lugar que ocupo e sei tratar dos assuntos, com energia, é corto, mas com elevação, independência, correcção o altivez, falando ao Sr. Presidente do Ministério a linguagem serena da verdade, sem-descambar na virulência imprópria do momento e do lugar, para não confundir a minha situação com a que há poucos dias foi assumida daquele lado da Câmara, pe--rauto um Governo nascente, pelos que ora ocupam as bancadas ministeriais.