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Já de há muito que

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (^António Granjo) (interrompendo): — Agradeço a S. Ex.a o excesso' de elogio!...

ftisos.

O Orador:—Desde êsso acto S. Ex.a deu ao país a certeza que tinha aqueles conhecimentos que podiam modificar a | _ actual situação, porém, se eles falharem j S. Ex.a sulcida-se politicamente, por pouco tempo é certo visto que no nosso país os Governos morrem por pouco tempo, j

O Sr. Brito Camacho (aparte): — Uma morte provisória!

Risos.

O Orador: — S. Ex.a foz osU fanlásLic-a e mirabolante afirmação :x «não há manteiga porque nas ilhas se untam os carros com ela». /

O Sr. Presidente do Ministério e Minis- ' tro da Agricultura (António Granjo) (interrompendo):—Y. Èx.a quer tirar apenas efeitos dessa afirmação, porque eu não disse isso.

Eu disse que nas ilhas havia tal quan- i tidade de manteiga que até se podiam untar os carros!

O Orador: — S. Ex.-a falou-nos também no tabelamento. Mas isso não se faz pela forma que S. Ex.a quer pôr em prática, porque tabelando um género fica a porta aberta para outro e assim tomos o leite tabelado

Ora, o mesmo sucede com todos os outros géneros.

O tabelamento só pode ser para os géneros que escasseiam e os outros não é necessário tabelá-los

Diário da Câmara dos Deputado

O Sr. Raul Tamagnini (interrompendo}: — Como sucedeu com o azeite que foi tabelado mais caro do que se estava vendendo.

O Orador:—Já não há azeite no mercado. Eu desejava saber se o Sr. Presidente do Ministério tem conhecimento de que no país existe azeite.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro de Agricultura (António Granjo) (interrompendo) : —Estou convencido de que há azeite no país.

O Orador: —

Acerca do arroz eu já disse a V. Ex.a qual a maneira de o obter. No Ribatejo tem-se desenvolvido muito a cultura do arroz,, mas .isso tem-se feito sem as cautelas que essa cultura precisa do forma que os desgraçados que vão da Beira para esse trabalho, voltam às suas terras com-pletamente arrumados e muitas vezes morrem. t

Acerca do café, estou convencido que deve haver uma grande abundância visto que o deixamos exportar. ' A situação financeira está inteiramente ligada ao problema das subsistências e eu pregunto £ o que se tem feito para melhorar as finanças do país?

Em S.Tomé e Príncipe, de uma dúzia de indivíduos alguns fizeram fortuna de 13:000 contos sem nada pagarem ao Estado.

Sucedeu "o mesmo que .tinha sucedido no Tratado de Paris em que nós dêmos tudo e ficámos sem nada.

Mas o que eu entendia por absolutamente necessário era o Governo não deixar abastecer os outros países senão em troca de produtos que nos fizessem falta.

O Sr. Cunha Liai:—V. Ex.a pode informar-me qual o destino que tem tido o ouro obtido pela exportação dos nossos produtos coloniais?

O Orador:—A maior parte desse ouro está nas nossas fronteiras para comprar os produtos que nós deixamos sair l