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Sessão de 3 de Agosto de

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muito tompo os portos de S. Vicente estiveram cheios do carvão, vendendo-se som limites. As nossas colónias têm muito carvão, mas como é do diversa qualidade, será necessário estudar quais as indústrias a que podo ser destinado.

O Sr. Presidente:—-Advirto V. Ex.a de quo ó a hora de só passar à segunda parto da ordem do dia.

Vozes: — Fale, fale!

O Orador: — Agradeço a gentileza da Câmara e vou desde já terminar.

Sobro a questão financeira quero expor também a minha opinião.

As colónias devem exportar 150.000 contos. Hoje não há produtos pobres nem produtos ricos; são todos produtos riquíssimos. Eu posso apontar qual era a situação dos produtos coloniais antes da guerra, e a situação actual. O milho em Angola, valia cada arroba $25 a $30; yende-se hoje por 1$35 a 1$45; a fuoa vendia-sc a $45 e $00 e vende-se hoje por 1$80 a 1$35; os coiros, que se vendiam a $20 e (536, estão hoje a 2$20; o açúcar que se vendia a $40, está a 1$50. Não há, portanto, hoje produtos pobres.

Se o Governo tributasse~o nosso agricultor, sobretudo o'do norte, e deixasse de tributar os argentários praticaria o maior dos crimes. Pode facilmente arranjar duas dezenas de milhares de contos.,

Eu já tive o ensejo de propor uma medida sobre os incultos. Não só compreende que num país que tem 8:874.000 hectares, 3.822:000 estejam incultos. O remédio estava em tributar estes terrenos por forma que ou os proprietários os cultivavam ou seriam distribuídos pelo sistema do casal de família. Eu sei qne sempre que se fala nos incultos as pessoas do Alentejo não gostam . . .

O Sr. Júlio Martins : — Não há terrenos incultos no Alentejo, o que há é o desequilíbrio da cultura!

O Orador: —j Chame-lhe S. Ex.a o que quiser!

Tenho aqui o mapa dos terrenos incultos em cada districto relativamente a 1916. Nós produzimos, em média, oito sementes, quando há países que produ-

zem vinte e mais, como a França e a Inglaterra. A Espanha tem já quinze sementes.

Para não fatigar a atenção da Câmara apenas me referirei ainda a uma outra medida que eu já propus sobre a desamortização dos terrenos da Companhia das Lezírias. Era uma excelente fonte de riqueza para o País.

O tabelamento do trigo foi simplesmente desastroso para os rendeiros. Não é tam fácil como se julga fazer o tabelamento dos trigos, pela grande divergência no preço dos trigos. O tabelamento devia ser acompanhado do qualquer medida que defendesse o rendeiro.

O Sr. João Gonçalves: — Não tinha legislação, para tocar nesse ponto, j Fiz o-que podia fazer!

O Orador: — Tenho dito, Sr. Presidente.

O Sr. Brito Camacho: —Peço a V. Ex.'

que consulte a Câmara sobre se consente que seja prejudicada a segunda parte da ordem do dia para se continuar a discutir este assunto.

O Sr, Ladislau Batalha (sobre o modo de votar): — Não se pode fazer esta votação porque o orador já estava no uso-da palavra.

Apartes.

O Sr. Presidente: — Certamente V. Ex.* não" queria que negasse a palavra para um trequerimento ao Sr. Brito Camacho.

Apartes.

O Sr. Cunha Liai (sobre o modo de votar]: — O Sr. Ladislau Batalha tom razão porque por concessão da Câmara o-Sr. Amaral Reis falou mais alguns minutos já na segunda parte da ordem do dia e assim pergunto, ^como estando-se já na segunda parte da ordem do dia se-pode prorrogar a primeira parte? (Apoia* dos\.

Apartes.